Wall-E
Nem Madagascar, nem Bolt, muito menos nosso Grilo Feliz. A animação mais festejada do ano, com certeza é Wall-E. Indicada ao Oscar de melhor animação e melhor roteiro original, a história desse robozinho conquista a todos que a assistem. Aparentemente é mais uma história de robô com emoções humanas que sofre bastante até seu final feliz. Mas, na realidade, Wall-E é uma reflexão sobre a condição humana e o futuro da humanidade como um todo.
Com um roteiro inteligente, baseado praticamente em imagens e ações, poucos são os diálogos, conta a história de um tempo futuro quando o planeta Terra virou um lixão abandonado e apenas um robozinho continua nele fazendo compactação de lixo e guardando tudo que acha interessante. Seu nome, Wall-E é uma abreviação de Waste Allocation Load Lifter Earth Class, ou em português, Empilhadeira de Lixo de Uso Terrestre e sua única companhia é uma barata, que o acompanha em seu serviço e em sua casa. Entre as coisas guardadas por Wall-E está uma fita do musical Hello Dolly, clássico dos anos 60 eternizado por Barbra Streisand, que o robozinho assiste todos os dias, repetindo passos de dança com um chapéu improvisado e sonhando com o toque de mãos com seu par romântico.
Sua rotina é quebrada com a chegada do robô-sonda EVA (Examinadora de Vegetação Alienígena) que não por coincidência tem o mesmo nome da mulher de Adão, por quem o robozinho se apaixona e vive uma aventura para trazê-la de volta ao planeta. Em sua trajetória, irá conhecer a colônia humana, que vive em algum lugar do espaço, na esperança de voltar ao planeta Terra, quando este tiver novamente condições de vida. E nesse momento, o roteiro nos traz a maior reflexão sobre as emoções humanas. Já que os seres que ali vivem perderam as características comuns aos terrestres. Totalmente apáticos e dependentes das máquinas até mesmo para se locomover ou se comunicar com a pessoa que está ao seu lado. É o velho robozinho, que de tanto assistir a filmes, vai mostrar como é viver em comunidade.
Os estúdios Disney se uniram à Pixar para fazer uma animação primorosa. Os detalhes que compõem o filme chegam próximo ao real, com texturas e equilíbrio. Wall-E foi inspirado na luminária símbolo da Pixar e em um binóculo para os olhos, pois segundo seu criador Andrew Stanton, assim eles poderiam dizer tudo através dos olhos do robozinho. E provando que os olhos são a janela da alma, é impressionante como o roteiro consegue nos comover e fazer torcer por um robozinho velho que só fala a palavra EVA o filme todo. Já EVA é baseada no design dos iPod, dizem que a Pixar chegou a pedir assistência ao designer da Apple, Johnny Ive. Apenas quando chegam as formas humanas é que percebemos que o 3D ainda não é perfeito. Tanto que é utilizado um recurso de vídeo para vermos a mensagem do último comandante terrestre ao atual capitão. Mesmo assim, Wall-E impressiona e emociona a todas as idades. Vale a pena embarcar nessa aventura.
Com um roteiro inteligente, baseado praticamente em imagens e ações, poucos são os diálogos, conta a história de um tempo futuro quando o planeta Terra virou um lixão abandonado e apenas um robozinho continua nele fazendo compactação de lixo e guardando tudo que acha interessante. Seu nome, Wall-E é uma abreviação de Waste Allocation Load Lifter Earth Class, ou em português, Empilhadeira de Lixo de Uso Terrestre e sua única companhia é uma barata, que o acompanha em seu serviço e em sua casa. Entre as coisas guardadas por Wall-E está uma fita do musical Hello Dolly, clássico dos anos 60 eternizado por Barbra Streisand, que o robozinho assiste todos os dias, repetindo passos de dança com um chapéu improvisado e sonhando com o toque de mãos com seu par romântico.
Sua rotina é quebrada com a chegada do robô-sonda EVA (Examinadora de Vegetação Alienígena) que não por coincidência tem o mesmo nome da mulher de Adão, por quem o robozinho se apaixona e vive uma aventura para trazê-la de volta ao planeta. Em sua trajetória, irá conhecer a colônia humana, que vive em algum lugar do espaço, na esperança de voltar ao planeta Terra, quando este tiver novamente condições de vida. E nesse momento, o roteiro nos traz a maior reflexão sobre as emoções humanas. Já que os seres que ali vivem perderam as características comuns aos terrestres. Totalmente apáticos e dependentes das máquinas até mesmo para se locomover ou se comunicar com a pessoa que está ao seu lado. É o velho robozinho, que de tanto assistir a filmes, vai mostrar como é viver em comunidade.
Os estúdios Disney se uniram à Pixar para fazer uma animação primorosa. Os detalhes que compõem o filme chegam próximo ao real, com texturas e equilíbrio. Wall-E foi inspirado na luminária símbolo da Pixar e em um binóculo para os olhos, pois segundo seu criador Andrew Stanton, assim eles poderiam dizer tudo através dos olhos do robozinho. E provando que os olhos são a janela da alma, é impressionante como o roteiro consegue nos comover e fazer torcer por um robozinho velho que só fala a palavra EVA o filme todo. Já EVA é baseada no design dos iPod, dizem que a Pixar chegou a pedir assistência ao designer da Apple, Johnny Ive. Apenas quando chegam as formas humanas é que percebemos que o 3D ainda não é perfeito. Tanto que é utilizado um recurso de vídeo para vermos a mensagem do último comandante terrestre ao atual capitão. Mesmo assim, Wall-E impressiona e emociona a todas as idades. Vale a pena embarcar nessa aventura.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Wall-E
2009-02-12T11:06:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|critica|drama|romance|
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