A Origem de Wolverine
Após resistir a versão que vazou na internet ainda sem efeitos especiais finais, fui ontem para pré-estreia de X-Men Origins, que estreia amanhã em todo Brasil. Devo confessar que sou fã do personagem, com seu humor sarcástico, estilo bonachão, o bad boy que sempre se dá mal. Não é a toa que ficou em primeiro na lista de Top 200 personagens dos quadrinhos de todos os tempos da Wizard Magazine (em maio de 2008) e em quarto na lista de 50 maiores personagens dos quadrinhos da Empire Magazine em julho de 2008. Wolverine é especial. Talvez por isso o filme deixe a desejar. Afinal, é complicado explicar em duas horas o que significa toda sua complexidade.
Wolverine surgiu nos quadrinhos em 1974, no gibi The Incredible Hulk n.180. E só depois Len Wein o levou para os X-Men, quando uma nova leva de mutantes é convocada para salvar os antigos que estavam presos em uma ilha. O nome Wolverine vem de um animal típico do Canadá, um pequeno mamifero também conhecido como carcaju, possui cerca de 40cm e que possui fortes garras que ficam escondidas. Conta uma lenda indígena canadense que ele seja imortal devido a sua força e coragem.
Por ter grande poder de cura e nenhuma memória, ficava difícil entender de onde havia surgido o personagem. As primeiras pinceladas do seu passado foram explicadas no quadrinho Arma X, em 1991. Essa história já tinha sido explicada em parte, no segundo filme da série. Apenas com a série limitada Origens, foi explicado seu longínquo passado e todos os seus dramas pessoais que estão expostos no filme.
Nascido James Howlett e normalmente conhecido como Logan, Wolverine é um mutante, possuidor de sentidos aguçados, habilidades físicas superiores, garras retráteis e um fator de cura que permite lhe recuperar-se de praticamente qualquer dano, doença ou toxina, também permitindo-lhe viver mais do que o tempo de vida normal. Junto com seu irmão Victor Creed, ele passa por diversas guerras até se alistar na chamada equipe X, liderada por Cel. William Striker (o mesmo do segundo filme) que comanda diversos mutantes em missões de caráter duvidoso.
Não li a série Origens, é verdade, então não sei dizer até que ponto é fiel. Percebo apenas personagens que não deveriam estar ali, como Gambit e explicações estranhas para o nome Wolverine e a sua perda de memória. Mas, o que mais me incomodou foi a tensão constante. A história é dark demais. Senti falta do jeito bonachão do personagem, que fica de lado em seu drama pessoal. De fato, sua história é pesada demais para piadas. Com pequenas exceções como quando vai parar, completamente nu, em um celeiro de um casal idoso bastante simpático.
Após o pífio X-Men 3, a saga merecia algo melhor para ser lembrado pelos fãs, e nisso, Wolverine consegue seu intento. Há muita cena de ação bem feita, mutantes melhores desenvolvidos e uma história com começo, meio e fim coerentes. Dentes-de-Sabre também foi redimido após sua triste aparição no primeiro filme, em que apenas rosnava. Contando a história de Wolverine, conhecemos também a história de seu arqui-inimigo, que afinal, era seu irmão.
Não tem a pretensão de ser a melhor adaptação de todos os tempos, nem de um grande filme. Vale pela diversão, para matar saudade de Hugh Jackman em seu melhor papel e para acender o pavio da continuação com a origem dos X-Men. Ah, se não tiver pressa de sair do cinema, após os créditos há uma pequena cena extra. Nada demais, nem revelador, mas vale como bônus.
Wolverine surgiu nos quadrinhos em 1974, no gibi The Incredible Hulk n.180. E só depois Len Wein o levou para os X-Men, quando uma nova leva de mutantes é convocada para salvar os antigos que estavam presos em uma ilha. O nome Wolverine vem de um animal típico do Canadá, um pequeno mamifero também conhecido como carcaju, possui cerca de 40cm e que possui fortes garras que ficam escondidas. Conta uma lenda indígena canadense que ele seja imortal devido a sua força e coragem.
Por ter grande poder de cura e nenhuma memória, ficava difícil entender de onde havia surgido o personagem. As primeiras pinceladas do seu passado foram explicadas no quadrinho Arma X, em 1991. Essa história já tinha sido explicada em parte, no segundo filme da série. Apenas com a série limitada Origens, foi explicado seu longínquo passado e todos os seus dramas pessoais que estão expostos no filme.
Nascido James Howlett e normalmente conhecido como Logan, Wolverine é um mutante, possuidor de sentidos aguçados, habilidades físicas superiores, garras retráteis e um fator de cura que permite lhe recuperar-se de praticamente qualquer dano, doença ou toxina, também permitindo-lhe viver mais do que o tempo de vida normal. Junto com seu irmão Victor Creed, ele passa por diversas guerras até se alistar na chamada equipe X, liderada por Cel. William Striker (o mesmo do segundo filme) que comanda diversos mutantes em missões de caráter duvidoso.
Não li a série Origens, é verdade, então não sei dizer até que ponto é fiel. Percebo apenas personagens que não deveriam estar ali, como Gambit e explicações estranhas para o nome Wolverine e a sua perda de memória. Mas, o que mais me incomodou foi a tensão constante. A história é dark demais. Senti falta do jeito bonachão do personagem, que fica de lado em seu drama pessoal. De fato, sua história é pesada demais para piadas. Com pequenas exceções como quando vai parar, completamente nu, em um celeiro de um casal idoso bastante simpático.
Após o pífio X-Men 3, a saga merecia algo melhor para ser lembrado pelos fãs, e nisso, Wolverine consegue seu intento. Há muita cena de ação bem feita, mutantes melhores desenvolvidos e uma história com começo, meio e fim coerentes. Dentes-de-Sabre também foi redimido após sua triste aparição no primeiro filme, em que apenas rosnava. Contando a história de Wolverine, conhecemos também a história de seu arqui-inimigo, que afinal, era seu irmão.
Não tem a pretensão de ser a melhor adaptação de todos os tempos, nem de um grande filme. Vale pela diversão, para matar saudade de Hugh Jackman em seu melhor papel e para acender o pavio da continuação com a origem dos X-Men. Ah, se não tiver pressa de sair do cinema, após os créditos há uma pequena cena extra. Nada demais, nem revelador, mas vale como bônus.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
A Origem de Wolverine
2009-04-29T13:01:00-03:00
Amanda Aouad
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