O Exterminador do Futuro vs Transformers
Este post vai ser longo, mas não vi outra forma de escrever sobre estes dois filmes. Em 1984, James Cameron assustou o mundo com um filme onde um robô volta ao passado para exterminar a personagem da frágil Linda Hamilton. Era um filme com ares dos anos 80, quase trash, com uma atmosfera insólita. Quando a câmera ficava subjetiva na visão do exterminador Arnold Schwarzenegger, todos se sentiam dentro de um vídeo game, mas sua implacável perseguição assustava. Seria mais um filme estranho daquela década se não fosse sua continuação. Doze anos depois, com tecnologia suficiente para dar vazão a um exterminador mais ágil e assustador, James Cameron conseguiu fazer com que um quase esquecido filme virasse um blockbuster.
O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final é o filme definitivo. Com um bom roteiro, grandes cenas de ação e efeitos especiais impressionantes para época, o filme conseguiu arrebatar milhares de fãs e elevou The Terminator a um clássico cinematográfico. Mais do que isso, ele conseguiu dar um final satisfatório àquele futuro aterrorizante, sem ser piegas e apontando para uma esperança. Vale ressaltar que foi nesse filme que o exterminador de Schwarzenegger aprendeu sua famosa frase: Hasta la vista, baby.
Se até mesmo o personagem de Schwarzenegger disse "precisa terminar aqui", qual o sentido de existir um terceiro filme? O dinheiro falou mais alto e em 2003, veio o erro. A rebelião das máquinas é um filme que merece ser esquecido. Além de ter sido ruim, abriu caminho para novas investidas da saga no cinema. O que resultou em O exterminador do futuro, a salvação, primeiro da série sem o ator Arnold Schwarzenegger, atual governador da Califórnia e que aparece apenas como uma animação, na melhor cena do filme.
Por todos os motivos descritos, fui assistir ao quarto filme da série com má vontade. Claro que pior do que o terceiro era impossível de ser, mas ainda assim a sensação de desnecessário pairava no ar. Fui surpreendida por uma boa aventura, com muitos efeitos especiais e uma história razoável. Apesar de todo o esforço de Sarah Connor no passado e John Connor no futuro, vimos no terceiro filme que a Skynet foi criada, atacou os humanos e construiu sua série de exterminadores. Este filme é o primeiro em que a narrativa acontece depois da guerra. Aqui, John Connor se depara com algo para o qual sua mãe não o havia preparado, Marcus Wright, um ciborgue com orgãos humanos. Não é spoiler, pois o trailer já fez questão de estragar, então, a grande questão de Connor é se pode ou não confiar nesse meio homem, quando está diante de uma ação decisiva contra a Skynet. Vemos aqui, também o personagem Kyle Reese, ainda adolescente e um dos furos do filme é entender como a Skynet estava querendo destruí-lo, se ainda não sabia que Reese seria o pai de Connor? Só anos depois, ele é mandado ao passado (mais precisamente ao primeiro filme), e as testemunhas disso já estão mortas ou ainda não presenciaram a cena. Mas, a pior coisa do filme, foi mesmo a sua resolução. Além de não terminar nada, então, podem ir se preparando para o Exterminador 5, 6, 7, 8... consegue ser mais piegas que melodrama barato de novela mexicana. Ah, e eu nem quis entrar no mérito da interpretação de Christian Bale com sua voz de Batman.
Agora o maior motivo para eu achar que O quarto Exterminador do Futuro é até um filme legal foi ter assistido ao segundo Transformers. A antiga série animada já não foi grande coisa no primeiro filme, nesse segundo consegue ser ainda pior. Não posso comentar sobre a história, porque simplesmente não há uma trama plausível. É o tipo de filme que existe apenas para exibir tecnologia e efeitos especiais. E o pior, mesmo ela, acaba sendo cansativa diante da repetição de técnicas. Claro que não se pode esperar muito de um filme claramente comercial, mas foi por isso que o comparei ao Exterminador, nele, pelo menos havia uma tentativa de fazer um filme. Transformers, nem sei se pode ser classificado assim. Lamentável. É a melhor coisa que tenho a dizer sobre este filme.
E como fiquei nostálgica depois desse resgate histórico, vai o maior ícone do Exterminador do Futuro, o clipe de You Could Be Mine, na época em que Guns N' Roses era sinônimo de boa banda de rock, até o Axl conseguir destruir tudo isso.
Antes que esqueça, no quarto filme há uma homenagem a esse momento, quando John Connor coloca em um velho gravador a música para atrair as máquinas. É, sem dúvidas, o outro grande momento do filme (junto com a aparição do T-800).
O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final é o filme definitivo. Com um bom roteiro, grandes cenas de ação e efeitos especiais impressionantes para época, o filme conseguiu arrebatar milhares de fãs e elevou The Terminator a um clássico cinematográfico. Mais do que isso, ele conseguiu dar um final satisfatório àquele futuro aterrorizante, sem ser piegas e apontando para uma esperança. Vale ressaltar que foi nesse filme que o exterminador de Schwarzenegger aprendeu sua famosa frase: Hasta la vista, baby.
Se até mesmo o personagem de Schwarzenegger disse "precisa terminar aqui", qual o sentido de existir um terceiro filme? O dinheiro falou mais alto e em 2003, veio o erro. A rebelião das máquinas é um filme que merece ser esquecido. Além de ter sido ruim, abriu caminho para novas investidas da saga no cinema. O que resultou em O exterminador do futuro, a salvação, primeiro da série sem o ator Arnold Schwarzenegger, atual governador da Califórnia e que aparece apenas como uma animação, na melhor cena do filme.
Por todos os motivos descritos, fui assistir ao quarto filme da série com má vontade. Claro que pior do que o terceiro era impossível de ser, mas ainda assim a sensação de desnecessário pairava no ar. Fui surpreendida por uma boa aventura, com muitos efeitos especiais e uma história razoável. Apesar de todo o esforço de Sarah Connor no passado e John Connor no futuro, vimos no terceiro filme que a Skynet foi criada, atacou os humanos e construiu sua série de exterminadores. Este filme é o primeiro em que a narrativa acontece depois da guerra. Aqui, John Connor se depara com algo para o qual sua mãe não o havia preparado, Marcus Wright, um ciborgue com orgãos humanos. Não é spoiler, pois o trailer já fez questão de estragar, então, a grande questão de Connor é se pode ou não confiar nesse meio homem, quando está diante de uma ação decisiva contra a Skynet. Vemos aqui, também o personagem Kyle Reese, ainda adolescente e um dos furos do filme é entender como a Skynet estava querendo destruí-lo, se ainda não sabia que Reese seria o pai de Connor? Só anos depois, ele é mandado ao passado (mais precisamente ao primeiro filme), e as testemunhas disso já estão mortas ou ainda não presenciaram a cena. Mas, a pior coisa do filme, foi mesmo a sua resolução. Além de não terminar nada, então, podem ir se preparando para o Exterminador 5, 6, 7, 8... consegue ser mais piegas que melodrama barato de novela mexicana. Ah, e eu nem quis entrar no mérito da interpretação de Christian Bale com sua voz de Batman.
Agora o maior motivo para eu achar que O quarto Exterminador do Futuro é até um filme legal foi ter assistido ao segundo Transformers. A antiga série animada já não foi grande coisa no primeiro filme, nesse segundo consegue ser ainda pior. Não posso comentar sobre a história, porque simplesmente não há uma trama plausível. É o tipo de filme que existe apenas para exibir tecnologia e efeitos especiais. E o pior, mesmo ela, acaba sendo cansativa diante da repetição de técnicas. Claro que não se pode esperar muito de um filme claramente comercial, mas foi por isso que o comparei ao Exterminador, nele, pelo menos havia uma tentativa de fazer um filme. Transformers, nem sei se pode ser classificado assim. Lamentável. É a melhor coisa que tenho a dizer sobre este filme.
E como fiquei nostálgica depois desse resgate histórico, vai o maior ícone do Exterminador do Futuro, o clipe de You Could Be Mine, na época em que Guns N' Roses era sinônimo de boa banda de rock, até o Axl conseguir destruir tudo isso.
Antes que esqueça, no quarto filme há uma homenagem a esse momento, quando John Connor coloca em um velho gravador a música para atrair as máquinas. É, sem dúvidas, o outro grande momento do filme (junto com a aparição do T-800).
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Exterminador do Futuro vs Transformers
2009-07-01T12:32:00-03:00
Amanda Aouad
aventura|critica|ficcao cientifica|
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