Metrô 123
Deja vu, essa é a sensação que temos ao assistir o novo filme de Tony Scott. E não é por tratar-se de uma refilmagem de 1974, o fato é que O Sequestro do Metrô 1 2 3 é mais do mesmo. O que salva a experiência é as boas atuações de Denzel Washington e John Travolta e os efeitos de edição, que dão um ritmo interessante à história e localiza, de forma criativa, a situação.
A história é bem simples, Ryder (John Travolta), reúne um grupo em um plano para sequestrar o metrô que sai às 1h23 da estação de Pelham, no Brooklyn, em direção a Manhatan. Ao parar em um ponto estratégico, ele entra em contato com a central para pedir o resgate de 10 milhões de dólares. Se em determinado tempo, o dinheiro não chegar, ele vai matar um refém por minuto. É aí que entra o personagem de Denzel Washington, Walter Garber, um controlador de tráfego que acaba se transformando no negociador da trama.
O filme se sustenta nesse diálogo. Os dois atores estão muito bem caracterizados e à vontade nas peles de seus respectivos personagens. O bate-bola, então, funciona muito bem. Porém, não é suficiente. Principalmente porque, em determinado momento, o roteirista Brian Helgeland resolve mexer nessa situação confortável, transformando o personagem de Washington em uma espécie de Jack Bauer, tornando o desfecho forçado e inverossímil. O principal erro foi a construção de Ryder, personagem de Travolta, que tinha uma motivação diferente da que parecia inicialmente, até aí tudo bem, mas que acaba tomando uma atitude sem sentido ao final, descaracterizando toda a sua construção inicial.
A direção e edição, em contrapartida, é muito boa e coerente com o gênero de ação. Tem uma boa fotografia, bons planos e uma montagem equilibrada, onde os momentos de maior tensão são bem conduzidos. Ainda assim, parece que falta algo que realmente surpreenda. O filme tem momentos cansativos, onde nos pegamos olhando para o relógio para ver quanto tempo falta. E outros eletrizantes, onde nos deixamos envolver pela ação. O riso também é constante, em situações quase ridículas. Em um balanço geral é um bom divertimento. Mas, sem grandes expectativas. Melhor até, esperar o DVD sair, para ver em casa, tranquilo, comendo pipoca com a família.
A história é bem simples, Ryder (John Travolta), reúne um grupo em um plano para sequestrar o metrô que sai às 1h23 da estação de Pelham, no Brooklyn, em direção a Manhatan. Ao parar em um ponto estratégico, ele entra em contato com a central para pedir o resgate de 10 milhões de dólares. Se em determinado tempo, o dinheiro não chegar, ele vai matar um refém por minuto. É aí que entra o personagem de Denzel Washington, Walter Garber, um controlador de tráfego que acaba se transformando no negociador da trama.
O filme se sustenta nesse diálogo. Os dois atores estão muito bem caracterizados e à vontade nas peles de seus respectivos personagens. O bate-bola, então, funciona muito bem. Porém, não é suficiente. Principalmente porque, em determinado momento, o roteirista Brian Helgeland resolve mexer nessa situação confortável, transformando o personagem de Washington em uma espécie de Jack Bauer, tornando o desfecho forçado e inverossímil. O principal erro foi a construção de Ryder, personagem de Travolta, que tinha uma motivação diferente da que parecia inicialmente, até aí tudo bem, mas que acaba tomando uma atitude sem sentido ao final, descaracterizando toda a sua construção inicial.
A direção e edição, em contrapartida, é muito boa e coerente com o gênero de ação. Tem uma boa fotografia, bons planos e uma montagem equilibrada, onde os momentos de maior tensão são bem conduzidos. Ainda assim, parece que falta algo que realmente surpreenda. O filme tem momentos cansativos, onde nos pegamos olhando para o relógio para ver quanto tempo falta. E outros eletrizantes, onde nos deixamos envolver pela ação. O riso também é constante, em situações quase ridículas. Em um balanço geral é um bom divertimento. Mas, sem grandes expectativas. Melhor até, esperar o DVD sair, para ver em casa, tranquilo, comendo pipoca com a família.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Metrô 123
2009-10-02T08:24:00-03:00
Amanda Aouad
aventura|critica|Denzel Washington|John Travolta|Tony Scott|
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