Home
cinema brasileiro
comedia
Especial
Flávio Bauraqui
Frank Menezes
Irandhir Santos
Luis Miranda
materias
Paulo José
Sérgio Machado
Vladimir Brichta
Noite de Festa: Revendo Quincas
Noite de Festa: Revendo Quincas
Após a pré-estreia para blogueiros, esta semana o filme Quincas Berro D´Água teve sua pré-estreia oficial em noite de festa. Boa parte do meio cinematográfico, imprensa e classe artística em geral se reuniu, lotando os 1.500 lugares do Teatro Castro Alves e aplaudiu com entusiasmo o novo filme de Sérgio Machado. Entre os convidados, pessoas como Edgar Navarro, Pola Ribeiro, Sílvia Abreu, prestigiando o cineasta que saiu da Bahia, para trabalhar como colaborador de Walter Salles e logo seguiu rumo próprio.
Como declarou o próprio diretor, foi Jorge Amado quem primeiro acreditou em seu talento, então, este filme era uma espécie de retribuição. Sérgio contou ainda que na época em que Cidade Baixa ganhou um prêmio em Cannes (Prêmio da Juventude), recebeu um e-mail de Zélia Gattai dizendo que a árvore onde estavam as cinzas de Jorge Amado amanheceu com frutos, o que, para ela, significava que ele estava feliz. E que agora, ele esperava que tanto Jorge quanto Zélia estivessem satisfeitos com a homenagem.
Toda essa introdução é apenas para tentar passar um pouco do clima que percebi no TCA na noite de quarta-feira em relação a esse filme, totalmente rodado aqui e utilizando muitos profissionais da terra, apesar de ter também boa parte vinda do Rio. Todo o elenco baiano estava presente, mesmo os que não moram mais aqui como Vladimir Brichta. Veio também Paulo José, que apesar das limitações de sua doença, esteve sempre disponível para imprensa, falou no palco e ficou um bom tempo após a sessão tirando fotos e falando com o público em geral. As ausências ficaram por conta de Mariana Ximenes, Walderez de Barros e Marieta Severo, representadas em uma brincadeira por Luiz Miranda, Frank Menezes e Vladimir Brichta, respectivamente.
Quanto ao filme em si, diferente da primeira sessão apenas para blogueiros, a cópia apresentada agora era finalizada e modificações significativas puderam ser percebidas, principalmente em um elemento que eu havia chamado a atenção na crítica do filme. Todas as sequências onde era possível perceber Paulo José respirando foram trocadas, não é mais possível ver a cena da carótida logo no início, nem a flor em cima do caixão subindo e descendo. O que mostra que a primeira sessão serviu também como revisão final.
O grande problema dessa exibição, no entanto, foi o local. O Teatro Castro Alves foi escolhido por seu tamanho, nenhum cinema baiano conseguiria contemplar tantos convidados. Mas, é um teatro. Logo a acústica é ruim para um filme, ficando o áudio bastante prejudicado. Só não foi pior do que a pré-estreia de Ó Paí Ó na Concha Acústica.
Mas, em geral, a impressão do filme continua a mesma. Não é uma obra-prima, digna de grandes prêmios, que fique claro, para que a empolgação não gere uma expectativa além do que o filme permite. Mas, é um ótimo filme, a cara da Bahia, sem estereótipos e sem linguagem televisiva comum à Globo Filmes. É Jorge Amado bem feito, divertido e popular, com grandes possibilidades de boas bilheterias.
Outras fotos você pode conferir no portifólio do fotógrafo Peterson Sitônio ou site oficial do filme.
Como declarou o próprio diretor, foi Jorge Amado quem primeiro acreditou em seu talento, então, este filme era uma espécie de retribuição. Sérgio contou ainda que na época em que Cidade Baixa ganhou um prêmio em Cannes (Prêmio da Juventude), recebeu um e-mail de Zélia Gattai dizendo que a árvore onde estavam as cinzas de Jorge Amado amanheceu com frutos, o que, para ela, significava que ele estava feliz. E que agora, ele esperava que tanto Jorge quanto Zélia estivessem satisfeitos com a homenagem.
Toda essa introdução é apenas para tentar passar um pouco do clima que percebi no TCA na noite de quarta-feira em relação a esse filme, totalmente rodado aqui e utilizando muitos profissionais da terra, apesar de ter também boa parte vinda do Rio. Todo o elenco baiano estava presente, mesmo os que não moram mais aqui como Vladimir Brichta. Veio também Paulo José, que apesar das limitações de sua doença, esteve sempre disponível para imprensa, falou no palco e ficou um bom tempo após a sessão tirando fotos e falando com o público em geral. As ausências ficaram por conta de Mariana Ximenes, Walderez de Barros e Marieta Severo, representadas em uma brincadeira por Luiz Miranda, Frank Menezes e Vladimir Brichta, respectivamente.
Quanto ao filme em si, diferente da primeira sessão apenas para blogueiros, a cópia apresentada agora era finalizada e modificações significativas puderam ser percebidas, principalmente em um elemento que eu havia chamado a atenção na crítica do filme. Todas as sequências onde era possível perceber Paulo José respirando foram trocadas, não é mais possível ver a cena da carótida logo no início, nem a flor em cima do caixão subindo e descendo. O que mostra que a primeira sessão serviu também como revisão final.
O grande problema dessa exibição, no entanto, foi o local. O Teatro Castro Alves foi escolhido por seu tamanho, nenhum cinema baiano conseguiria contemplar tantos convidados. Mas, é um teatro. Logo a acústica é ruim para um filme, ficando o áudio bastante prejudicado. Só não foi pior do que a pré-estreia de Ó Paí Ó na Concha Acústica.
Mas, em geral, a impressão do filme continua a mesma. Não é uma obra-prima, digna de grandes prêmios, que fique claro, para que a empolgação não gere uma expectativa além do que o filme permite. Mas, é um ótimo filme, a cara da Bahia, sem estereótipos e sem linguagem televisiva comum à Globo Filmes. É Jorge Amado bem feito, divertido e popular, com grandes possibilidades de boas bilheterias.
Outras fotos você pode conferir no portifólio do fotógrafo Peterson Sitônio ou site oficial do filme.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Noite de Festa: Revendo Quincas
2010-05-01T13:02:00-03:00
Amanda Aouad
cinema brasileiro|comedia|Especial|Flávio Bauraqui|Frank Menezes|Irandhir Santos|Luis Miranda|materias|Paulo José|Sérgio Machado|Vladimir Brichta|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais populares do site
-
King Richard: Criando Campeãs (2021), dirigido por Reinaldo Marcus Green , é mais do que apenas uma cinebiografia : é um retrato emocionalm...
-
Cinema Sherlock Homes O filme de destaque atualmente é esta releitura do clássico do mistério pelas mãos de Guy Ritchie. O ex de Madonna p...
-
Olhando para A Múmia (1999), mais de duas décadas após seu lançamento, é fácil perceber como o filme se tornou um marco do final dos anos ...
-
Clint Eastwood me conquistou aos poucos. Ele sabe como construir um filme que emociona e, agora, parece ter escolhido Matt Damon como seu ...
-
Eletrizante é a melhor palavra para definir esse filme de Tony Scott . Que o diretor sabe fazer filmes de ação não é novidade, mas uma tra...
-
O Soterópolis programa cultural da TVE Bahia, fez uma matéria muito interessante sobre blogs baianos. Esta que vos fala deu uma pequena con...
-
Com previsão de lançamento para maio desse ano, Estranhos , primeiro longa do diretor Paulo Alcântara terá pré-estreia (apenas convidados) ...
-
Fui ao cinema sem grandes pretensões. Não esperava um novo Matrix, nem mesmo um grande filme de ação. Difícil definir Gamer, que recebeu du...
-
O CinePipocaCult adverte: se você sofre de claustrofobia, síndrome do pânico ou problemas cardíacos é melhor evitar esse filme. Brincadeiras...