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Sharlto Copley
Não existe plano B
Não existe plano B
Não se preocupe, não estou criticando o filme com Jennifer Lopez, mas acho que o subtítulo do longa de Joe Carnahan baseado na clássica série Esquadrão Classe A, é mais do que oportuno. Afinal, para esses quatro soldados não existe outro plano, ele têm que dar certo. Eles estão sempre apostando todas as fichas. E apesar de serem competentes no que fazem, a mim não convencem. Mas eu não sou, definitivamente, a espectadora-modelo desse filme.
No anos 80 e 90, quando a série passava no Brasil, nunca tive a curiosidade de acompanhar. Olhava algumas poucas cenas e não me atraía. A figura de Mr. T interpretando o BA ficou emblemática em minha mente, assim como George Peppard com seu charuto. Ainda assim, preferia as milarabolices de MacGyver, as piadas de Super Gatas ou as confusões da Gata e o Rato. Então, fui ver o filme, tentando não me irritar com cenas de luta e explosões mentirosas, além das piadas que não me agradam. Ação e comédia juntos, nessa sátira exagerada, soa estranho aos meus olhos e ouvidos.
Independente disso, o filme não chega perto da série. Por um motivo muito simples, ele apenas transporta a história para o Iraque e para tela grande, não há um motivo especial para se tornar um longa-metragem. Coronel Hannibal, Cara-de-pau, Murdock e BA são acusados injustamente de um crime e tentam provar sua inocência a todo custo. Pronto. Essa é a história. O resto é composto por correria, tiro, explosões, planos de ação, vôos catastróficos e muita palhaçada para o riso fácil. Adorei a cena do lago com o casal de idosos, mas no geral não consigo rir de tudo isso.
Não se pode negar, no entanto, a feliz mão de Joe Carnahan em conduzir a ação. As montagens em paralelo do plano e da ação, são dinâmicas e muito interessantes. Os enquadramentos ajudam na composição das lutas e os efeitos especiais são muito bons. Há algumas sacadas ótimas no roteiro assinado por Michael Brandt, Derek Haas, Skip Woods, como a cena do hospício com a abertura da série no telão (e o que acontece depois) ou a brincadeira com Coração Valente.
Quanto aos atores, é chover no molhado dizer que o lutador Quinton 'Rampage' Jackson não chega aos pés de Mr. T, nosso eterno BA. Bradley Cooper é o gato da vez, com seus músculos à mostra a maior parte do tempo, não que eu reclame de ver, mas não precisava ser uma apelação tão explícita para compor seu Cara-de-Pau. Assim como Jessica Biel, que é apenas Jessica Biel. Já Liam Neeson compõe um bom coronel Hannibal, com seu charuto tradicional. É verdade, que o objeto não está em sua boca o tempo todo como era na série, mas representa bem, em vários momentos, inclusive na forma como foge da cadeia. Agora, quem rouba o filme é Sharlto Copley, com um engraçado Capitão Murdock, tem tiradas hilárias e uma imersão fantástica no universo do personagem. Se tem uma coisa que eu gostei no filme, foi da interpretação dele.
Esquadrão Classe A, é um filme para fãs do gênero. Com um ritmo alucinante, som ensurdecedor e muita piada. Eu, pessoalmente não gosto, mas você pode gostar. E se é fã mesmo, aguarde que tem uma ceninha surpresa após os créditos.
E só pra lembrar, a abertura do seriado original.
No anos 80 e 90, quando a série passava no Brasil, nunca tive a curiosidade de acompanhar. Olhava algumas poucas cenas e não me atraía. A figura de Mr. T interpretando o BA ficou emblemática em minha mente, assim como George Peppard com seu charuto. Ainda assim, preferia as milarabolices de MacGyver, as piadas de Super Gatas ou as confusões da Gata e o Rato. Então, fui ver o filme, tentando não me irritar com cenas de luta e explosões mentirosas, além das piadas que não me agradam. Ação e comédia juntos, nessa sátira exagerada, soa estranho aos meus olhos e ouvidos.
Independente disso, o filme não chega perto da série. Por um motivo muito simples, ele apenas transporta a história para o Iraque e para tela grande, não há um motivo especial para se tornar um longa-metragem. Coronel Hannibal, Cara-de-pau, Murdock e BA são acusados injustamente de um crime e tentam provar sua inocência a todo custo. Pronto. Essa é a história. O resto é composto por correria, tiro, explosões, planos de ação, vôos catastróficos e muita palhaçada para o riso fácil. Adorei a cena do lago com o casal de idosos, mas no geral não consigo rir de tudo isso.
Não se pode negar, no entanto, a feliz mão de Joe Carnahan em conduzir a ação. As montagens em paralelo do plano e da ação, são dinâmicas e muito interessantes. Os enquadramentos ajudam na composição das lutas e os efeitos especiais são muito bons. Há algumas sacadas ótimas no roteiro assinado por Michael Brandt, Derek Haas, Skip Woods, como a cena do hospício com a abertura da série no telão (e o que acontece depois) ou a brincadeira com Coração Valente.
Quanto aos atores, é chover no molhado dizer que o lutador Quinton 'Rampage' Jackson não chega aos pés de Mr. T, nosso eterno BA. Bradley Cooper é o gato da vez, com seus músculos à mostra a maior parte do tempo, não que eu reclame de ver, mas não precisava ser uma apelação tão explícita para compor seu Cara-de-Pau. Assim como Jessica Biel, que é apenas Jessica Biel. Já Liam Neeson compõe um bom coronel Hannibal, com seu charuto tradicional. É verdade, que o objeto não está em sua boca o tempo todo como era na série, mas representa bem, em vários momentos, inclusive na forma como foge da cadeia. Agora, quem rouba o filme é Sharlto Copley, com um engraçado Capitão Murdock, tem tiradas hilárias e uma imersão fantástica no universo do personagem. Se tem uma coisa que eu gostei no filme, foi da interpretação dele.
Esquadrão Classe A, é um filme para fãs do gênero. Com um ritmo alucinante, som ensurdecedor e muita piada. Eu, pessoalmente não gosto, mas você pode gostar. E se é fã mesmo, aguarde que tem uma ceninha surpresa após os créditos.
E só pra lembrar, a abertura do seriado original.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Não existe plano B
2010-06-11T12:49:00-03:00
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