Home
Amanda Seyfried
critica
Gael Garcia Bernal
romance
Vanessa Redgrave
Todas as cartas de amor são ridículas
Todas as cartas de amor são ridículas
"Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, têm de ser Ridículas. Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são Ridículas."
Com os versos de Fernando Pessoa em seu heterônimo Álvaro de Campos, começo meu post sobre o filme Cartas para Julieta. Porque é a mais pura verdade. O sentimento mais nobre e procurado por todos os seres humanos soa ridículo aos olhos e ouvidos alheios. E o personagem de Christopher Egan é o estereótipo desse sentimento ao criticar a atitude impensada de sua avó e de uma menina, para ele "maluca", que responde a uma carta cinquenta anos depois dela ter sido escrita para Julieta Capuleto.
A trama se baseia no mito do amor eterno, representado tão bem pela peça de Shakespeare. Mulheres de todas as idades e nacionalidades colam cartas no muro da "Casa de Julieta" em Verona e funcionárias do estado recolhem para respondê-las. Elas se intitulam as secretárias de Julieta. É quando Sophie, que está na cidade em uma malfadada lua de mel prévia, se junta a essas mulheres e resolve responder a uma carta esquecida há cinquenta anos ali. Sua atitude faz com que a autora, agora com 65 anos, volte à Itália em busca de seu grande amor do passado, gerando uma aventura interessante.
A direção de Gary Winick é básica, sem grandes inovações, mas bastante funcional, assim como o roteiro de Jose Rivera e Tim Sullivan. A trama "água com açúçar" cheia de clichês, músicas italianas e palavras melosas é leve e divertida, não faltando nem a clássica cena do balcão. O que importa ali é o sentimento eterno e o sonho que nos guia. Para isso, temos personagens bem construídos e interpretados. Destaque para Amanda Seyfried, que vem crescendo a cada dia, e Vanessa Redgrave, como Claire, a senhora em busca de seu grande amor. Gael García Bernal está subaproveitado como o noivo de Sophie, Victor que vai a Verona apenas para conseguir fornecedores para o restaurante que está montando.
A estreia não podia ser em data mais propícia no Brasil, véspera do Dia dos Namorados. Sem grandes expectativas, a trama pode surpreender e divertir os casais apaixonados. A idéia é mostrar que um amor verdadeiro não tem idade, não acaba com o tempo e não tem hora para recomeçar. Então, amemos. Inspirados pelos românticos exarcebados, italianos ou não.
Com os versos de Fernando Pessoa em seu heterônimo Álvaro de Campos, começo meu post sobre o filme Cartas para Julieta. Porque é a mais pura verdade. O sentimento mais nobre e procurado por todos os seres humanos soa ridículo aos olhos e ouvidos alheios. E o personagem de Christopher Egan é o estereótipo desse sentimento ao criticar a atitude impensada de sua avó e de uma menina, para ele "maluca", que responde a uma carta cinquenta anos depois dela ter sido escrita para Julieta Capuleto.
A trama se baseia no mito do amor eterno, representado tão bem pela peça de Shakespeare. Mulheres de todas as idades e nacionalidades colam cartas no muro da "Casa de Julieta" em Verona e funcionárias do estado recolhem para respondê-las. Elas se intitulam as secretárias de Julieta. É quando Sophie, que está na cidade em uma malfadada lua de mel prévia, se junta a essas mulheres e resolve responder a uma carta esquecida há cinquenta anos ali. Sua atitude faz com que a autora, agora com 65 anos, volte à Itália em busca de seu grande amor do passado, gerando uma aventura interessante.
A direção de Gary Winick é básica, sem grandes inovações, mas bastante funcional, assim como o roteiro de Jose Rivera e Tim Sullivan. A trama "água com açúçar" cheia de clichês, músicas italianas e palavras melosas é leve e divertida, não faltando nem a clássica cena do balcão. O que importa ali é o sentimento eterno e o sonho que nos guia. Para isso, temos personagens bem construídos e interpretados. Destaque para Amanda Seyfried, que vem crescendo a cada dia, e Vanessa Redgrave, como Claire, a senhora em busca de seu grande amor. Gael García Bernal está subaproveitado como o noivo de Sophie, Victor que vai a Verona apenas para conseguir fornecedores para o restaurante que está montando.
A estreia não podia ser em data mais propícia no Brasil, véspera do Dia dos Namorados. Sem grandes expectativas, a trama pode surpreender e divertir os casais apaixonados. A idéia é mostrar que um amor verdadeiro não tem idade, não acaba com o tempo e não tem hora para recomeçar. Então, amemos. Inspirados pelos românticos exarcebados, italianos ou não.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Todas as cartas de amor são ridículas
2010-06-10T09:22:00-03:00
Amanda Aouad
Amanda Seyfried|critica|Gael Garcia Bernal|romance|Vanessa Redgrave|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais populares do site
-
King Richard: Criando Campeãs (2021), dirigido por Reinaldo Marcus Green , é mais do que apenas uma cinebiografia : é um retrato emocionalm...
-
Cinema Sherlock Homes O filme de destaque atualmente é esta releitura do clássico do mistério pelas mãos de Guy Ritchie. O ex de Madonna p...
-
Eletrizante é a melhor palavra para definir esse filme de Tony Scott . Que o diretor sabe fazer filmes de ação não é novidade, mas uma tra...
-
O Soterópolis programa cultural da TVE Bahia, fez uma matéria muito interessante sobre blogs baianos. Esta que vos fala deu uma pequena con...
-
Clint Eastwood me conquistou aos poucos. Ele sabe como construir um filme que emociona e, agora, parece ter escolhido Matt Damon como seu ...
-
Olhando para A Múmia (1999), mais de duas décadas após seu lançamento, é fácil perceber como o filme se tornou um marco do final dos anos ...
-
Amor à Queima Roupa (1993), dirigido por Tony Scott e roteirizado por Quentin Tarantino , é um daqueles filmes que, ao longo dos anos, se...
-
Fui ao cinema sem grandes pretensões. Não esperava um novo Matrix, nem mesmo um grande filme de ação. Difícil definir Gamer, que recebeu du...
-
O CinePipocaCult adverte: se você sofre de claustrofobia, síndrome do pânico ou problemas cardíacos é melhor evitar esse filme. Brincadeiras...