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Thiago Lacerda
Segurança Nacional
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Eu relutei muito em conferir essa bom..., ops, esse filme brasileiro. Mas, é sempre bom ver com os próprios olhos para tirar conclusões próprias. E como já falei várias vezes, a gente aprende mesmo com filme ruim. Queria conferir principalmente para valorizar a iniciativa de um filme tão diferente no Brasil. Estamos acostumados a acompanhar a saga dos super agentes americanos e do presidente dos Estados Unidos salvando o mundo de todo tipo de ameaça. É, no mínimo curioso, ver o presidente brasileiro e nossa força de segurança máxima lutando contra terroristas e a ameaça de duas bombas atômicas em nosso país. Tudo isso por causa da lei do Abate que permite que a FAB derrube qualquer avião suspeito que invada o espaço aéreo brasileiro. A idéia é válida. Mas, o resultado...
O agente Marcos Rocha está investigando um grupo de traficantes colombianos que fazem suas ações na Amazônia e descobre que o grupo de Hector Gasca, na tentativa de fazer o governo brasileiro recuar em relação a lei do abate, planeja atacar a base do SIVAM, Sistema de Vigilância da Amazônia. Essa história que vai do nada a lugar nenhum, nos conduz entre uma apresentação ou outra dos modelos de avião das forças armadas brasileiras, com direito a legenda e tudo. Fica claro que é um filme patrocinado com um objetivo bem definido. Mostrar ao brasileiro que ele também tem seu time de heróis prontos para defender o país a qualquer custo. Poderiam ter caprichado um pouco mais no roteiro e direção.
Roberto Carminati, que dirige e assina o roteiro junto com Bruno Fantini e Daniel Ortiz parece um amador em suas escolhas, mesmo em seu segundo filme e tendo sido bastante elogiado por A Fronteira de 2003. Além dos enquadramentos e erros absurdos, o filme peca na direção atores. Nunca vi tanta atuação ruim, mesmo de atores bons e consagrados como Gracindo Júnior ou Angela Vieira. Até Sônia Lima ressurge das cinzas em uma participação caricata. O único que se salva é mesmo Milton Gonçalves como o presidente brasileiro. Já o galã Thiago Lacerda é ótimo como os italianos da novela das oito, mas como um Jack Bauer tupiniquim é quase uma piada.
Em muitos momentos, lembrando uma telenovela da Rede Record, em outros os filmes dos Trapalhões, Segurança Nacional não chega a ser um cúmulo trash como Cinderela Baiana. O problema é que ele tenta ser sério, mas acaba se tornando cômico entre erros e acertos. E um filme, que se diz de ação, terminar daquela forma na praia chega a ser constrangedor. Uma pena. Torço para que o cinema de gênero no Brasil cresça e consiga ser reconhecido em breve.
O agente Marcos Rocha está investigando um grupo de traficantes colombianos que fazem suas ações na Amazônia e descobre que o grupo de Hector Gasca, na tentativa de fazer o governo brasileiro recuar em relação a lei do abate, planeja atacar a base do SIVAM, Sistema de Vigilância da Amazônia. Essa história que vai do nada a lugar nenhum, nos conduz entre uma apresentação ou outra dos modelos de avião das forças armadas brasileiras, com direito a legenda e tudo. Fica claro que é um filme patrocinado com um objetivo bem definido. Mostrar ao brasileiro que ele também tem seu time de heróis prontos para defender o país a qualquer custo. Poderiam ter caprichado um pouco mais no roteiro e direção.
Roberto Carminati, que dirige e assina o roteiro junto com Bruno Fantini e Daniel Ortiz parece um amador em suas escolhas, mesmo em seu segundo filme e tendo sido bastante elogiado por A Fronteira de 2003. Além dos enquadramentos e erros absurdos, o filme peca na direção atores. Nunca vi tanta atuação ruim, mesmo de atores bons e consagrados como Gracindo Júnior ou Angela Vieira. Até Sônia Lima ressurge das cinzas em uma participação caricata. O único que se salva é mesmo Milton Gonçalves como o presidente brasileiro. Já o galã Thiago Lacerda é ótimo como os italianos da novela das oito, mas como um Jack Bauer tupiniquim é quase uma piada.
Em muitos momentos, lembrando uma telenovela da Rede Record, em outros os filmes dos Trapalhões, Segurança Nacional não chega a ser um cúmulo trash como Cinderela Baiana. O problema é que ele tenta ser sério, mas acaba se tornando cômico entre erros e acertos. E um filme, que se diz de ação, terminar daquela forma na praia chega a ser constrangedor. Uma pena. Torço para que o cinema de gênero no Brasil cresça e consiga ser reconhecido em breve.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Segurança Nacional
2010-10-11T08:35:00-03:00
Amanda Aouad
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