O mundo de Andy
Quando fiz a retrospectiva dos papéis de Jim Carrey, boa parte dos comentários reclamava a ausência de O mundo de Andy. Confesso que Andy Kaufman nunca atraiu minha atenção. Seu humor sui generis que vivia de pregar peças nos outros, balançou os Estados Unidos a ponto de fazer com que ninguém acreditasse em sua doença e morte. Aqui no Brasil, quase não teve repercussão. Apenas com o filme de Milos Forman que o comediante passou a ser conhecido por aqui. Eu acho pirraça algo de mau gosto, mas não dá para negar que o artista tinha um talento incrível. Era um gênio incompreendido, digamos assim. E Jim Carrey consegue se transformar nesse homem com um frescor inigualável.
O Mundo de Andy tenta resgatar as principais façanhas do comediante que quase enlouqueceu os Estados Unidos. Principalmente a piada com a luta livre e o personagem Tony Clifton. A forma como começa já é genial. Se a gente fosse realmente embora depois dos falsos créditos já teria valido a pena. O grande mérito da história é a interpretação de Jim Carrey, a construção corporal, a voz, as imitações, ele consegue se transformar de uma forma impressionante. Vemos Andy na tela.
O roteiro de Scott Alexander e Larry Karaszewski é bem construído e passa para o público leigo a exata noção do que foi o comediante e o que causou nos Estados Unidos. Seu início em bares, a ida para televisão numa sitcom chamada Taxi e o sucesso instantâneo. A negação desse sucesso, procurando se reinventar e pregar peças em seus espectadores. A doença, a esposa, a família, a tentativa de último ato fazendo as pazes com todos. Tudo é bem encadeado, honesto e interessante. Não chega a ser um filme chapa branca, apesar de tender a mostrar a genialidade do comediante.
A trilha sonora é outro ponto positivo, destaque para "Man on the Moon" do R.E.M., que dá o nome original ao filme. Totalmente ignorado pelas premiações cinematográficas, Jim Carrey e Milos Forman conseguiram render uma ótima homenagem a um comediante quase desconhecido para o resto do mundo, mas que se tornou uma lenda nos Estados Unidos. Tal qual Elvis, tem muita gente que afirma que ele não morreu e vive até hoje sobre a alcunha de Tony Clifton. rs.
Fiquem com o início do filme que, como falei, já diz tudo.
O Mundo de Andy tenta resgatar as principais façanhas do comediante que quase enlouqueceu os Estados Unidos. Principalmente a piada com a luta livre e o personagem Tony Clifton. A forma como começa já é genial. Se a gente fosse realmente embora depois dos falsos créditos já teria valido a pena. O grande mérito da história é a interpretação de Jim Carrey, a construção corporal, a voz, as imitações, ele consegue se transformar de uma forma impressionante. Vemos Andy na tela.
O roteiro de Scott Alexander e Larry Karaszewski é bem construído e passa para o público leigo a exata noção do que foi o comediante e o que causou nos Estados Unidos. Seu início em bares, a ida para televisão numa sitcom chamada Taxi e o sucesso instantâneo. A negação desse sucesso, procurando se reinventar e pregar peças em seus espectadores. A doença, a esposa, a família, a tentativa de último ato fazendo as pazes com todos. Tudo é bem encadeado, honesto e interessante. Não chega a ser um filme chapa branca, apesar de tender a mostrar a genialidade do comediante.
A trilha sonora é outro ponto positivo, destaque para "Man on the Moon" do R.E.M., que dá o nome original ao filme. Totalmente ignorado pelas premiações cinematográficas, Jim Carrey e Milos Forman conseguiram render uma ótima homenagem a um comediante quase desconhecido para o resto do mundo, mas que se tornou uma lenda nos Estados Unidos. Tal qual Elvis, tem muita gente que afirma que ele não morreu e vive até hoje sobre a alcunha de Tony Clifton. rs.
Fiquem com o início do filme que, como falei, já diz tudo.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O mundo de Andy
2010-12-12T09:10:00-03:00
Amanda Aouad
comedia|critica|drama|Jim Carrey|Paul Giamatti|
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