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Transformers: o lado oculto da lua
Transformers: o lado oculto da lua
Após o prólogo promissor, parecia que Transformers: o lado oculto da lua se tornaria mesmo um clássico do gênero, perdoando com sobras o fiasco que foi a construção do segundo filme. Mas, após a fusão genial da engenharia da máquina com o título voltamos aos problemas da franquia dirigida por Michael Bay. Ainda assim, há uma evolução na série, marcada principalmente pela excelência dos efeitos especiais e, agora, o bom uso do 3D.
A história começa com um bom gancho, fazendo um link da corrida espacial com a chegada das máquinas em nosso planeta. A reconstituição de época, as cenas de arquivo misturadas à reconstruções do presidente Kennedy, dos americanos assistindo a partida do Apollo 11, dos russos e dos bastidores da CIA são ótimas. O clima é ágil, bem realizado e a narração em voz over funciona como um bom fio contudor. O problema é que a história bem arquitetada se perde por aí. O que resta para os demais 140 minutos de história é a velha briga entre Autobots e Decepticons, tendo novamente suas vidas cruzadas com Sam Witwicky, agora de namorada nova.
Os efeitos especiais impressionam. Os Transformers estão ainda mais detalhados, ágeis e similares aos humanos. Cada construção, transformação, movimento é bem arquitetado. Um verdeiro primor da computação gráfica. O 3D também é bem utilizado, funcionando como plus para as cenas de ação, principalmente. Muita correria, explosão, adrenalina. Isso faz da franquia um sucesso estrondoso de bilheteria, mesmo no pífio segundo filme. Não tem mesmo como não se impressionar. O problema é que cansa, ainda mais quando temos 157 minutos de projeção. O clímax da história parecia que não ia terminar nunca, por exemplo.
Na verdade, toda a construção da história é frágil e em alguns momentos até mesmo ingênua. Os efeitos utilizados por Michael Bay nas batalhas beiram ao piegas com a música e a chegada triunfal dos heróis em momentos críticos. Isso sem falar na velha máxima dos Estados Unidos salvando o mundo. Interessante é o personagem Sam. Através dele conseguimos construir um elo com aqueles seres extraterrestres que mais nos parecem robôs esquisitos. Afinal, eles são deuses e não máquinas. Para o jovem protagonista, são amigos. Através do olhar deles, acabamos nos tornando também amigos de Optimus Prime, o líder dos Autobots. E por isso, conseguimos sentir a reviravolta que acontece em determinado momento. Ainda assim, é pouco para nos fazer entrar completamente na história, que espremendo não tem mesmo muita consistência.
A saída de Megan Fox não parece ter sido tão sentida. Rosie Huntington-Whiteley funciona bem como a nova namorada de Sam, sendo também uma bela atriz. No elenco humano destaque ainda para John Malkovich, sempre ótimo. Patrick Dempsey esbanjando charme novamente. E Ken Jeong, apelando novamente para o humor sexual, como em Se Beber Não Case. Destaque ainda para a voz do Sentinel Prime, antigo líder dos Autobots que é dublada por Leonard Nimoy.
Transformers: o lado oculto da lua consegue avançar na série, se tornando o melhor dos três filmes. Ele cumpre o proposto, muita ação e efeitos especiais de última tecnologia. Enche os olhos e diverte em vários momentos. Porém, se torna cansativo, não apenas pela longa duração, mas pela fragilidade em seu roteiro que resume tudo a uma velha guerra entre alienígenas que vieram parar em nosso planeta.
Transformers: o lado oculto da lua (Transformers: Dark of the Moon: 2011 /EUA)
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Com: Shia LaBeouf, Rosie Huntington-Whiteley, Josh Duhamel, Patrick Dempsey.
Duração: 157 min
A história começa com um bom gancho, fazendo um link da corrida espacial com a chegada das máquinas em nosso planeta. A reconstituição de época, as cenas de arquivo misturadas à reconstruções do presidente Kennedy, dos americanos assistindo a partida do Apollo 11, dos russos e dos bastidores da CIA são ótimas. O clima é ágil, bem realizado e a narração em voz over funciona como um bom fio contudor. O problema é que a história bem arquitetada se perde por aí. O que resta para os demais 140 minutos de história é a velha briga entre Autobots e Decepticons, tendo novamente suas vidas cruzadas com Sam Witwicky, agora de namorada nova.
Os efeitos especiais impressionam. Os Transformers estão ainda mais detalhados, ágeis e similares aos humanos. Cada construção, transformação, movimento é bem arquitetado. Um verdeiro primor da computação gráfica. O 3D também é bem utilizado, funcionando como plus para as cenas de ação, principalmente. Muita correria, explosão, adrenalina. Isso faz da franquia um sucesso estrondoso de bilheteria, mesmo no pífio segundo filme. Não tem mesmo como não se impressionar. O problema é que cansa, ainda mais quando temos 157 minutos de projeção. O clímax da história parecia que não ia terminar nunca, por exemplo.
Na verdade, toda a construção da história é frágil e em alguns momentos até mesmo ingênua. Os efeitos utilizados por Michael Bay nas batalhas beiram ao piegas com a música e a chegada triunfal dos heróis em momentos críticos. Isso sem falar na velha máxima dos Estados Unidos salvando o mundo. Interessante é o personagem Sam. Através dele conseguimos construir um elo com aqueles seres extraterrestres que mais nos parecem robôs esquisitos. Afinal, eles são deuses e não máquinas. Para o jovem protagonista, são amigos. Através do olhar deles, acabamos nos tornando também amigos de Optimus Prime, o líder dos Autobots. E por isso, conseguimos sentir a reviravolta que acontece em determinado momento. Ainda assim, é pouco para nos fazer entrar completamente na história, que espremendo não tem mesmo muita consistência.
A saída de Megan Fox não parece ter sido tão sentida. Rosie Huntington-Whiteley funciona bem como a nova namorada de Sam, sendo também uma bela atriz. No elenco humano destaque ainda para John Malkovich, sempre ótimo. Patrick Dempsey esbanjando charme novamente. E Ken Jeong, apelando novamente para o humor sexual, como em Se Beber Não Case. Destaque ainda para a voz do Sentinel Prime, antigo líder dos Autobots que é dublada por Leonard Nimoy.
Transformers: o lado oculto da lua consegue avançar na série, se tornando o melhor dos três filmes. Ele cumpre o proposto, muita ação e efeitos especiais de última tecnologia. Enche os olhos e diverte em vários momentos. Porém, se torna cansativo, não apenas pela longa duração, mas pela fragilidade em seu roteiro que resume tudo a uma velha guerra entre alienígenas que vieram parar em nosso planeta.
Transformers: o lado oculto da lua (Transformers: Dark of the Moon: 2011 /EUA)
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Com: Shia LaBeouf, Rosie Huntington-Whiteley, Josh Duhamel, Patrick Dempsey.
Duração: 157 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Transformers: o lado oculto da lua
2011-06-30T08:45:00-03:00
Amanda Aouad
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