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Os Mercenários 2
Os Mercenários 2
Sylvester Stallone foi ousado ao criar Os Mercenários. Um caça níquel, é verdade, mas não deixa de ser uma reunião divertida. Apesar de um roteiro quase inexistente, muita ação e uma direção irregular, a reunião de astros de filmes de ação dos anos 80 fez sucesso e, claro, garantiu essa continuação que segue uma linha parecida apesar de um upgrade no roteiro e na direção.
O diretor de filmes de ação Simon West (Assassino à Preço Fixo) constrói boas cenas aproveitando o melhor de cada personagem que tem em mãos. E quando falo personagem não é o grupo de mercenários ali presente, mas os ícones que cada um daqueles atores representa no imaginário popular. Então, o vilão de Van Damme vai dar vários chutes, Stallone vai dar muitos murros, Schwarzenegger vai dar tiros com pose de Exterminador, Dolph Lundgren vai estar o tempo inteiro com sua faca na mão e Chuck Norris... Bem, para Chuck Norris é melhor você ver o filme.
O roteiro não é nenhum primor, mas possui alguns arcos com uma definição melhor que o primeiro filme. O engraçado é que, mesmo tendo uma trama sem pé nem cabeça no anterior, os roteiristas (que além do próprio Stallone e Richard Wenk, tem mais quatro creditados na criação da história) aproveitam o gancho, criando a missão a partir da situação deixada no primeiro filme. Bruce Willis volta para cobrar de Sylvester Stallone sua dívida e lhe dar uma nova missão. Ir a uma cidade pegar uma caixinha dentro de um cofre. E para isso precisa levar a tiracolo a personagem Maggie, da chinesa Nan Yu.
O bando sai em missão sem saber o que vão encontrar. E claro que há alguns empecilhos e complicações, inclusive um vilão chamado...Vilain. Surpreendentemente, o arco dramático do filme traz um viés melodramático focado no personagem de Liam Hemsworth, o garoto novato. Toda a preparação dele é feita para criar o ponto de virada da vingança e a resolução derradeira. Ele surge como o atirador de elite, impressiona Stallone, fala que aquela vida não é para ele, diz que vai só completar o mês, fala de sua garota, da experiência na guerra, etc. É o único que tem uma construção emocional, um passado, um envolvimento maior com o ser humano e não apenas músculos e armas. Não deixa de ser uma tentativa de trama, já que o quebra-quebra e a questão do plutônio parecem desculpa para mais ação.
Porque esperar mais do que uma grande farra de Os Mercenários 2 é querer se enganar. O filme já começa com a adrenalina em alta. E em um mundo politicamente correto, não deixa de ser interessante ver tanto sangue jorrando, tanta cabeça rolando, tantos corpos se despedaçando. Os Mercenários 2 não se preocupa muito com isso, possui o espírito dos anos 80, quando o cinema tinha mais liberdade de ação e menos preocupações educacionais. Para os fãs do estilo é um deleite. E o balé é mesmo bem feito, tão bem feito que a gente sabe que só pode ser mentiroso, como quando vemos uma moto derrubar um helicóptero, por exemplo.
E claro que o melhor do filme são as piadas internas. A reunião de tantos ícones de ação é mesmo uma grande farra. É uma diversão ver Arnold Schwarzenegger dizer "I´m back", Dolph Lundgren ser zoado por ser químico, eles se apresentando como "americanos" e Chuck Norris ... Bom, Chuck Norris todos já sabem. Fora que não deixa de ser icônico assistir a uma cena onde Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone correm atirando juntos. Isso sem falar no confronto entre Stallone e Van Damme. E tudo isso com uma trilha sonora marcada e eletrizante.
Claro que há momentos tolos e o roteiro continua cheio de furos. Ainda assim, é uma diversão garantida, uma homenagem, uma brincadeira. Quem vai assistir Os Mercenários 2 não está mesmo preocupado com a fotografia, os enquadramentos, a lógica de tudo aquilo, nem mesmo com as interpretações. É pura adrenalina e algumas boas "trollagens". Se você estiver preparado, aperte o cinto e boa viagem.
Os Mercenários 2 (The Expendables 2, 2012 / EUA)
Direção: Simon West
Roteiro: Richard Wenk e Sylvester Stallone
Com: Sylvester Stallone, Liam Hemsworth, Randy Couture, Jet Li, Jason Statham, Dolph Lundgren, Chuck Norris, Jean-Claude Van Damme, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Terry Crews e Nan Yu.
Duração: 103 min.
O diretor de filmes de ação Simon West (Assassino à Preço Fixo) constrói boas cenas aproveitando o melhor de cada personagem que tem em mãos. E quando falo personagem não é o grupo de mercenários ali presente, mas os ícones que cada um daqueles atores representa no imaginário popular. Então, o vilão de Van Damme vai dar vários chutes, Stallone vai dar muitos murros, Schwarzenegger vai dar tiros com pose de Exterminador, Dolph Lundgren vai estar o tempo inteiro com sua faca na mão e Chuck Norris... Bem, para Chuck Norris é melhor você ver o filme.
O roteiro não é nenhum primor, mas possui alguns arcos com uma definição melhor que o primeiro filme. O engraçado é que, mesmo tendo uma trama sem pé nem cabeça no anterior, os roteiristas (que além do próprio Stallone e Richard Wenk, tem mais quatro creditados na criação da história) aproveitam o gancho, criando a missão a partir da situação deixada no primeiro filme. Bruce Willis volta para cobrar de Sylvester Stallone sua dívida e lhe dar uma nova missão. Ir a uma cidade pegar uma caixinha dentro de um cofre. E para isso precisa levar a tiracolo a personagem Maggie, da chinesa Nan Yu.
O bando sai em missão sem saber o que vão encontrar. E claro que há alguns empecilhos e complicações, inclusive um vilão chamado...Vilain. Surpreendentemente, o arco dramático do filme traz um viés melodramático focado no personagem de Liam Hemsworth, o garoto novato. Toda a preparação dele é feita para criar o ponto de virada da vingança e a resolução derradeira. Ele surge como o atirador de elite, impressiona Stallone, fala que aquela vida não é para ele, diz que vai só completar o mês, fala de sua garota, da experiência na guerra, etc. É o único que tem uma construção emocional, um passado, um envolvimento maior com o ser humano e não apenas músculos e armas. Não deixa de ser uma tentativa de trama, já que o quebra-quebra e a questão do plutônio parecem desculpa para mais ação.
Porque esperar mais do que uma grande farra de Os Mercenários 2 é querer se enganar. O filme já começa com a adrenalina em alta. E em um mundo politicamente correto, não deixa de ser interessante ver tanto sangue jorrando, tanta cabeça rolando, tantos corpos se despedaçando. Os Mercenários 2 não se preocupa muito com isso, possui o espírito dos anos 80, quando o cinema tinha mais liberdade de ação e menos preocupações educacionais. Para os fãs do estilo é um deleite. E o balé é mesmo bem feito, tão bem feito que a gente sabe que só pode ser mentiroso, como quando vemos uma moto derrubar um helicóptero, por exemplo.
E claro que o melhor do filme são as piadas internas. A reunião de tantos ícones de ação é mesmo uma grande farra. É uma diversão ver Arnold Schwarzenegger dizer "I´m back", Dolph Lundgren ser zoado por ser químico, eles se apresentando como "americanos" e Chuck Norris ... Bom, Chuck Norris todos já sabem. Fora que não deixa de ser icônico assistir a uma cena onde Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone correm atirando juntos. Isso sem falar no confronto entre Stallone e Van Damme. E tudo isso com uma trilha sonora marcada e eletrizante.
Claro que há momentos tolos e o roteiro continua cheio de furos. Ainda assim, é uma diversão garantida, uma homenagem, uma brincadeira. Quem vai assistir Os Mercenários 2 não está mesmo preocupado com a fotografia, os enquadramentos, a lógica de tudo aquilo, nem mesmo com as interpretações. É pura adrenalina e algumas boas "trollagens". Se você estiver preparado, aperte o cinto e boa viagem.
Os Mercenários 2 (The Expendables 2, 2012 / EUA)
Direção: Simon West
Roteiro: Richard Wenk e Sylvester Stallone
Com: Sylvester Stallone, Liam Hemsworth, Randy Couture, Jet Li, Jason Statham, Dolph Lundgren, Chuck Norris, Jean-Claude Van Damme, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Terry Crews e Nan Yu.
Duração: 103 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Os Mercenários 2
2012-08-29T22:07:00-03:00
Amanda Aouad
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