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Wolverine: Imortal
Wolverine: Imortal
Esqueçam "X-Men Origens: Wolverine", o segundo filme solo do mutante consegue apagar todas as trapalhadas do filme de 2009 e ainda nos deixa com um cronômetro em contagem regressiva para X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Principalmente, por causa da cena pós-créditos que é uma das mais interessantes e funcionais de todas as já utilizadas pela Marvel nos cinemas.
No filme, estamos em um tempo não-definido após a trilogia original dos X-Men. Wolverine está depressivo, vivendo escondido em uma floresta e tendo pesadelos com sua amada Jean Grey, quando uma japonesa o convida a ir ao Japão. Seu avô adotivo está morrendo e aparentemente quer agradecer e se despedir de Logan, pois durante o lançamento da bomba atômica na cidade de Nagasaki, o mutante salvou sua vida. Porém, a trama envolve alguns mistérios que vão sendo revelados aos poucos. E alguns deles não fazem muito sentido, nos deixando alguns incômodos.
Porém, se o roteiro possui algumas resoluções duvidosas, o encadeamento da trama é bastante feliz. O filme não se resume a correrias e lutas, apesar de terem muitas. A construção do clima de tensão, o próprio mistério em torno do império japonês, a perseguição à neta Mariko, a função da japonesa que o escoltou até o local. Todo o clima do filme é envolvente e não cansa, apesar da duração de pouco mais de duas horas.
Hugh Jackman mais uma vez na pele do mutante imortal, está completamente à vontade. O filme permite que ele seja mais do que um animal que se regenera, lhe dando possibilidades de desenvolver a carga emocional necessária para a trajetória. Porque, de fato, Wolverine é um animal, mas um animal ferido. Não por acaso, em determinada cena, quando está vulnerável e aparentemente não se regenerando mais, ele é salvo por um veterinário especialista em animais de grande porte. É forte como um touro, tem garras e, simplesmente, segue. Mas, ele tem sentimentos profundos que o atormentam, como a própria imortalidade.
Nesse ponto, trabalhar a vulnerabilidade do personagem, não apenas física, quando algo acontece, como emocional, é acertada. Porém, a forma como os pesadelos com Jean Grey são inseridos se torna cansativo, e até mesmo, tolo. Como se todo filme precisasse desenvolver a questão amorosa. Mesmo nesse quesito, já há a tensão existente entre Wolverine e Mariko, que desde a primeira troca de olhares dá indícios que vai além de vítima e protetor. Ver Jean Grey, depois da Fênix, de camisola de seda chamando Logan para ficar com ela a cada pausa para um cochilo, é mesmo desnecessário. De qualquer forma, faz um link com a trilogia original, nos deixando mais localizados no tempo e espaço.
Mas, se tem duas pretendentes amorosas, uma real outra fantasma, a verdadeira companheira de Wolverine é a japonesinha Yukio, vivida por Rila Fukushima. A atriz consegue construir uma boa parceria, impondo sua personalidade e sua capacidade para lutar. Tanto que enfrenta todas as batalhas e perseguições, sem maiores problemas. A garota chama a atenção, ao contrário de Svetlana Khodchenkova, que faz a Víbora, em mais uma das levas de vilãs genéricas. Ela só não é mais lamentável que um detalhe revelado no final.
Os efeitos especiais do filme também melhoram sensivelmente. A cena inicial, por exemplo, é de um impacto imenso, e com uma dose de realismo impressionante. Principalmente, quando a gente percebe o que, de fato, está acontecendo. Outras cenas de batalhas também são bem desenvolvidas, apesar de poucos efeitos especiais necessários. Mas, é fato que depois de uma abertura tão impactante, o resto do filme pareça ter um pouco menos de fôlego. Só vai nos surpreender novamente na já citada cena pós-créditos.
No final, Wolverine é um filme bem desenvolvido. Baseado na história em quadrinhos “Eu, Wolverine”, criada por Chris Claremont e Frank Miller, o roteiro de Mark Bomback e Scott Frank tem seus problemas, ainda assim, consegue se transformar em uma boa obra de ação. Principalmente, pela eficiência de James Mangold, diretor que já nos apresentou obras tão diversas como Garota Interrompida e Os Indomáveis. No mundo das HQs, ele consegue imprimir uma marca e deixar o filme envolvente, fluído. Uma forma de redimir esse mutante tão charmoso e assustador ao mesmo tempo.
Wolverine: Imortal (The Wolverine, 2013 / EUA)
Direção: James Mangold
Roteiro: Mark Bomback, Scott Frank
Com: Hugh Jackman, Rila Fukushima, Will Yun Lee, Hiroyuki Sanada, Svetlana Khodchenkova, Famke Janssen e Tao Okamoto
Duração: 126 min.
No filme, estamos em um tempo não-definido após a trilogia original dos X-Men. Wolverine está depressivo, vivendo escondido em uma floresta e tendo pesadelos com sua amada Jean Grey, quando uma japonesa o convida a ir ao Japão. Seu avô adotivo está morrendo e aparentemente quer agradecer e se despedir de Logan, pois durante o lançamento da bomba atômica na cidade de Nagasaki, o mutante salvou sua vida. Porém, a trama envolve alguns mistérios que vão sendo revelados aos poucos. E alguns deles não fazem muito sentido, nos deixando alguns incômodos.
Porém, se o roteiro possui algumas resoluções duvidosas, o encadeamento da trama é bastante feliz. O filme não se resume a correrias e lutas, apesar de terem muitas. A construção do clima de tensão, o próprio mistério em torno do império japonês, a perseguição à neta Mariko, a função da japonesa que o escoltou até o local. Todo o clima do filme é envolvente e não cansa, apesar da duração de pouco mais de duas horas.
Hugh Jackman mais uma vez na pele do mutante imortal, está completamente à vontade. O filme permite que ele seja mais do que um animal que se regenera, lhe dando possibilidades de desenvolver a carga emocional necessária para a trajetória. Porque, de fato, Wolverine é um animal, mas um animal ferido. Não por acaso, em determinada cena, quando está vulnerável e aparentemente não se regenerando mais, ele é salvo por um veterinário especialista em animais de grande porte. É forte como um touro, tem garras e, simplesmente, segue. Mas, ele tem sentimentos profundos que o atormentam, como a própria imortalidade.
Nesse ponto, trabalhar a vulnerabilidade do personagem, não apenas física, quando algo acontece, como emocional, é acertada. Porém, a forma como os pesadelos com Jean Grey são inseridos se torna cansativo, e até mesmo, tolo. Como se todo filme precisasse desenvolver a questão amorosa. Mesmo nesse quesito, já há a tensão existente entre Wolverine e Mariko, que desde a primeira troca de olhares dá indícios que vai além de vítima e protetor. Ver Jean Grey, depois da Fênix, de camisola de seda chamando Logan para ficar com ela a cada pausa para um cochilo, é mesmo desnecessário. De qualquer forma, faz um link com a trilogia original, nos deixando mais localizados no tempo e espaço.
Mas, se tem duas pretendentes amorosas, uma real outra fantasma, a verdadeira companheira de Wolverine é a japonesinha Yukio, vivida por Rila Fukushima. A atriz consegue construir uma boa parceria, impondo sua personalidade e sua capacidade para lutar. Tanto que enfrenta todas as batalhas e perseguições, sem maiores problemas. A garota chama a atenção, ao contrário de Svetlana Khodchenkova, que faz a Víbora, em mais uma das levas de vilãs genéricas. Ela só não é mais lamentável que um detalhe revelado no final.
Os efeitos especiais do filme também melhoram sensivelmente. A cena inicial, por exemplo, é de um impacto imenso, e com uma dose de realismo impressionante. Principalmente, quando a gente percebe o que, de fato, está acontecendo. Outras cenas de batalhas também são bem desenvolvidas, apesar de poucos efeitos especiais necessários. Mas, é fato que depois de uma abertura tão impactante, o resto do filme pareça ter um pouco menos de fôlego. Só vai nos surpreender novamente na já citada cena pós-créditos.
No final, Wolverine é um filme bem desenvolvido. Baseado na história em quadrinhos “Eu, Wolverine”, criada por Chris Claremont e Frank Miller, o roteiro de Mark Bomback e Scott Frank tem seus problemas, ainda assim, consegue se transformar em uma boa obra de ação. Principalmente, pela eficiência de James Mangold, diretor que já nos apresentou obras tão diversas como Garota Interrompida e Os Indomáveis. No mundo das HQs, ele consegue imprimir uma marca e deixar o filme envolvente, fluído. Uma forma de redimir esse mutante tão charmoso e assustador ao mesmo tempo.
Wolverine: Imortal (The Wolverine, 2013 / EUA)
Direção: James Mangold
Roteiro: Mark Bomback, Scott Frank
Com: Hugh Jackman, Rila Fukushima, Will Yun Lee, Hiroyuki Sanada, Svetlana Khodchenkova, Famke Janssen e Tao Okamoto
Duração: 126 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Wolverine: Imortal
2013-07-25T11:03:00-03:00
Amanda Aouad
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