
De Harry Potter e Percy Jackson tem algo muito claro na sinopse, um adolescente comum que descobre pertencer a um mundo "mágico" que está camuflado em nossos tempos atuais. Porém, a protagonista aqui é uma moça e não um rapaz, e, talvez por isso, o romance também tenha grande força na trama, tal qual Crepúsculo, Dezesseis Luas e A Hospedeira.


A direção de arte e os efeitos especiais, no entanto, conseguem chamar a atenção com uma construção de mundo bastante crível, mesmo com demônios estranhos. A cena em que Clary os pára com um símbolo tatuado na mão, por exemplo, é muito bem construída visualmente. E as lutas também são bem coreografadas, trazendo boas sequências de ação para a trama. Algumas até com pistas bem construídas anteriormente.

Apesar de ter ação e romance dosados, no entanto, Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, acaba sendo uma mistura confusa que resulta em quase nada. Não dá para entender a motivação do vilão, por exemplo, ainda que explicada didaticamente. Muita coisa não faz sentido nesse mundo de sombras por trás de nossa realidade. Mas, são questões que talvez remetam à sua origem, nos livros. O filme consegue construir uma trama com começo, meio e fim, apresentando seus personagens e o objetivo da aventura, com bons efeitos especiais e direção correta. Os fãs dos livros devem ficar satisfeitos.
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos (The Mortal Instruments: City of Bones, 2013 / EUA)
Direção: Harald Zwart
Roteiro: Jessica Postigo
Com: Lily Collins, Jamie Campbell Bower, Jemima West
Duração: 130 min.