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R.I.P.D. - Agentes do Além
R.I.P.D. - Agentes do Além
Adaptação de um dos quadrinhos da Dark Horse Comics, R.I.P.D - Agentes do Além é uma mistura confusa de M.I.B (Homens de Preto) com Ghost. E é impressionante a quantidade de referências e até imitações que tem de um e de outro.
Ryan Reynolds é Nick Walker, um policial em Boston, que está em crise por causa de uma quantidade de ouro que pegou, mas não quer decepcionar sua esposa. Seu parceiro e melhor amigo vivido por Kevin Bacon, parece lhe dar força, mas algo não acontece como deveria e Nick morre em ação. O fato é que a morte não é o fim, mas o começo de uma nova aventura, onde ele será um policial no outro mundo, caçando mortos-vivos que estão ameaçando a Terra.
A premissa é muito boa. E a apresentação dela também possui uma direção de arte e um cuidado de cena que empolga. Dá até para fazer algum paralelo com a doutrina espírita, onde pessoas morrem e não aceitam largar o planeta, querendo viver por aqui, se tornando energias densas, "apodrecendo" a alma e ameaçando a paz. E tornar isso uma aventura, também é uma boa ideia. Mas, parece que fica apenas nessa boa ideia.
Porque, na verdade, este mundo fantástico por trás do nosso mundo aparente já havia sido explorado com muita eficiência em M.I.B. e não deixa de ser impressionante a forma como eles copiam muito de lá. A coordenadora local e a firma tem um déjà vù imenso. A foma como o departamento funciona, as armas, os disfarces, só não tem a caneta de esquecimento que facilitaria alguns deslizes. Como se não bastasse, ele é o novato recém-recrutado naquele mundo que ganha como parceiro, o agente velho, solitário e rabugento que já teve um caso com a coordenadora.
Ser uma nova versão de M.I.B., no entanto, não seria um problema se o roteiro fosse melhor desenvolvido. A trama do portal e do plano dos mortos-vivos é quase jogada em nossa frente, sem muito tratamento. Tudo acaba sendo pouco trabalhado e a ação desenfreada toma conta de parte do segundo ato e do terceiro ato, deixando a trama pouco palatável, apesar de bons efeitos especiais e algumas cenas empolgantes.
Além disso, os roteiristas, que confesso não saber se da HQ ou do filme, já que não conheço a história original, acharam que a aventura e o mundo fantástico como em M.I.B. era pouco, e resolveram trazer Ghost para a trama. O filme de Jerry Zucker é quase plagiado na subtrama de Ryan Reynolds e Stephanie Szostak, a esposa de Nick. Tudo é muito semelhante, desde o motivo da morte do rapaz, da forma como o "amigo" se aproxima da viúva para tentar descobrir onde o outro guardava o bem valioso (aqui o ouro, lá a senha do banco). A forma como ele tenta avisá-la do perigo e ela não acredita, indo se aconselhar com o canalha. A cena do telefone mesmo, até as falas são quase cópias. Fiquei esperando a cena da moeda para coroar.
E o pior, a trama amorosa também não é tão bem desenvolvida quando deveria, tornando o filme uma tentativa de construções pouco trabalhadas. Mistura ação, comédia e romance de uma maneira pouco hábil, como se estivéssemos vendo apenas resumos de histórias e não uma trama fluida e envolvente. Salva o filme de um fiasco completo os efeitos especiais e a premissa do mundo, o talento de Jeff Bridges, que consegue nos fazer dar algumas risadas, a própria Mary-Louise Parker, que está bem melhor que em RED 2. E os monstros que fazem rir e dão nojo ao mesmo tempo.
R.I.P.D., que é a sigla para "Rest In Peace Department", é um filme com potencial. Porém, que acabou sendo mal trabalhado e pouco desenvolvido, construindo um filme descartável que não consegue ser nem uma boa ação, nem uma boa comédia, muito menos um bom romance. Uma pena, a ideia prometia muito mais.
R.I.P.D. - Agentes do Além (R.I.P.D., 2013 / EUA)
Direção: Robert Schwentke
Roteiro: Phil Hay, Matt Manfredi
Com: Ryan Reynolds, Jeff Bridges, Mary-Louise Parker, Kevin Bacon, Stephanie Szostak
Duração: 96 min.
Ryan Reynolds é Nick Walker, um policial em Boston, que está em crise por causa de uma quantidade de ouro que pegou, mas não quer decepcionar sua esposa. Seu parceiro e melhor amigo vivido por Kevin Bacon, parece lhe dar força, mas algo não acontece como deveria e Nick morre em ação. O fato é que a morte não é o fim, mas o começo de uma nova aventura, onde ele será um policial no outro mundo, caçando mortos-vivos que estão ameaçando a Terra.
A premissa é muito boa. E a apresentação dela também possui uma direção de arte e um cuidado de cena que empolga. Dá até para fazer algum paralelo com a doutrina espírita, onde pessoas morrem e não aceitam largar o planeta, querendo viver por aqui, se tornando energias densas, "apodrecendo" a alma e ameaçando a paz. E tornar isso uma aventura, também é uma boa ideia. Mas, parece que fica apenas nessa boa ideia.
Porque, na verdade, este mundo fantástico por trás do nosso mundo aparente já havia sido explorado com muita eficiência em M.I.B. e não deixa de ser impressionante a forma como eles copiam muito de lá. A coordenadora local e a firma tem um déjà vù imenso. A foma como o departamento funciona, as armas, os disfarces, só não tem a caneta de esquecimento que facilitaria alguns deslizes. Como se não bastasse, ele é o novato recém-recrutado naquele mundo que ganha como parceiro, o agente velho, solitário e rabugento que já teve um caso com a coordenadora.
Ser uma nova versão de M.I.B., no entanto, não seria um problema se o roteiro fosse melhor desenvolvido. A trama do portal e do plano dos mortos-vivos é quase jogada em nossa frente, sem muito tratamento. Tudo acaba sendo pouco trabalhado e a ação desenfreada toma conta de parte do segundo ato e do terceiro ato, deixando a trama pouco palatável, apesar de bons efeitos especiais e algumas cenas empolgantes.
Além disso, os roteiristas, que confesso não saber se da HQ ou do filme, já que não conheço a história original, acharam que a aventura e o mundo fantástico como em M.I.B. era pouco, e resolveram trazer Ghost para a trama. O filme de Jerry Zucker é quase plagiado na subtrama de Ryan Reynolds e Stephanie Szostak, a esposa de Nick. Tudo é muito semelhante, desde o motivo da morte do rapaz, da forma como o "amigo" se aproxima da viúva para tentar descobrir onde o outro guardava o bem valioso (aqui o ouro, lá a senha do banco). A forma como ele tenta avisá-la do perigo e ela não acredita, indo se aconselhar com o canalha. A cena do telefone mesmo, até as falas são quase cópias. Fiquei esperando a cena da moeda para coroar.
E o pior, a trama amorosa também não é tão bem desenvolvida quando deveria, tornando o filme uma tentativa de construções pouco trabalhadas. Mistura ação, comédia e romance de uma maneira pouco hábil, como se estivéssemos vendo apenas resumos de histórias e não uma trama fluida e envolvente. Salva o filme de um fiasco completo os efeitos especiais e a premissa do mundo, o talento de Jeff Bridges, que consegue nos fazer dar algumas risadas, a própria Mary-Louise Parker, que está bem melhor que em RED 2. E os monstros que fazem rir e dão nojo ao mesmo tempo.
R.I.P.D., que é a sigla para "Rest In Peace Department", é um filme com potencial. Porém, que acabou sendo mal trabalhado e pouco desenvolvido, construindo um filme descartável que não consegue ser nem uma boa ação, nem uma boa comédia, muito menos um bom romance. Uma pena, a ideia prometia muito mais.
R.I.P.D. - Agentes do Além (R.I.P.D., 2013 / EUA)
Direção: Robert Schwentke
Roteiro: Phil Hay, Matt Manfredi
Com: Ryan Reynolds, Jeff Bridges, Mary-Louise Parker, Kevin Bacon, Stephanie Szostak
Duração: 96 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
R.I.P.D. - Agentes do Além
2013-09-26T08:00:00-03:00
Amanda Aouad
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