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Transformers: A Era da Extinção
Transformers: A Era da Extinção
Olhar para o relógio no meio de uma projeção não é bom sinal. E em Transformers: A Era da Extinção dá vontade de olhar por diversas vezes. Não que isso signifique que o filme seja totalmente ruim, mas é cansativo ao extremo por quase não desenvolver histórias e focar em cenas de ação intermináveis.
A trama se passa anos depois do último filme, quando o governo dos Estados Unidos está "caçando" os Autobots para não passar novamente pelos acontecimentos de Chicago. Paralelo a isso, o fazendeiro Cade, vivido por Mark Wahlberg, tenta sustentar sua filha criando invenções tecnológicas diversas, até que encontra um caminhão velho que, na verdade, é Optimus Prime disfarçado. A partir daí sua vida, de sua filha e do namorado dela ficam na mira das autoridades norte-americanas. E eles ainda vão se envolver em uma batalha alienígena.
No cinema onde Cade encontra o caminhão tem uma das frases que melhor definem Transformers. O velho senhor, dono do local, diz para os demais que cinema perdeu a graça. Antes os filmes eram bons, tinham qualidade, hoje só fazem remakes e continuações. Perderam a criatividade. Parece até uma metalinguagem daquilo que estamos vendo. O roteiro de Ehren Kruger não tem muita consistência, porque não tem um foco, não concentra o desenvolvimento de uma trama boa. Temos diversas questões mal explicadas em meio a batalhas.
O plot principal é do personagem de Mark Wahlberg e família. Mas, temos a questão da fábrica do personagem de Stanley Tucci, o agente vivido por Kelsey Grammer que não explica muito bem suas motivações, o drama dos Autobots e a história do alienígena que está verdadeiramente caçando os Autobots e, principalmente, Optimus Prime. E depois ainda vem a questão dos antigos guerreiros. Ou seja, é muita coisa e pouco desenvolvimento.
Talvez por isso, Michael Bay concentre tanto nas cenas de ação, que são muitas e ficam cansativas devido a longa duração do filme, com quase três horas de duração. Aqui não temos tantos cortes rápidos, como é característica do diretor, mas muita coreografia, piruetas e câmeras "ziguezagueando". Muita coisa precisaria estar em câmera lenta para a gente conseguir compreender tudo que aconteceu na sequência. Mas, também dá a sensação de grandiosidade.
Não se pode negar, no entanto, que as cenas sejam mal feitas. São bem orquestradas, os efeitos especiais são bons e até o 3D funciona a contento. É um bom espetáculo, mas que fica cansativo após uma hora e meia de show. Tudo começa a ficar parecido, repetitivo, sem fôlego para tantas horas de projeção.
Os atores não chegam a comprometer a trama, nem se sobressaem, estão ali como mais algumas peças a exemplo de cada robô gigante. Não há grandes emoções a serem exploradas, nem personagem extremamente bem desenvolvidos. Tudo fica meio solto. Na verdade, o personagem melhor desenvolvido é o líder dos Autobots Optimus Prime. Ele tem uma carga dramática que os realizadores não tem a coragem de aprofundar construindo uma trama focada nele e não nos humanos.
Transformers: A Era da Extinção é, então, mais do mesmo. Só que um mesmo ainda mais grandioso e cansativo. Onde a tecnologia esbanja talento e o drama passa distante. Talvez com uma hora a menos, fosse uma diversão garantida. Com 165 minutos de duração, se torna cansativo demais.
Transformers: A Era da Extinção (Transformers: Age of Extinction, 2014 / EUA)
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Com: Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Jack Reynor, Stanley Tucci, Kelsey Grammer
Duração: 165 min.
A trama se passa anos depois do último filme, quando o governo dos Estados Unidos está "caçando" os Autobots para não passar novamente pelos acontecimentos de Chicago. Paralelo a isso, o fazendeiro Cade, vivido por Mark Wahlberg, tenta sustentar sua filha criando invenções tecnológicas diversas, até que encontra um caminhão velho que, na verdade, é Optimus Prime disfarçado. A partir daí sua vida, de sua filha e do namorado dela ficam na mira das autoridades norte-americanas. E eles ainda vão se envolver em uma batalha alienígena.
No cinema onde Cade encontra o caminhão tem uma das frases que melhor definem Transformers. O velho senhor, dono do local, diz para os demais que cinema perdeu a graça. Antes os filmes eram bons, tinham qualidade, hoje só fazem remakes e continuações. Perderam a criatividade. Parece até uma metalinguagem daquilo que estamos vendo. O roteiro de Ehren Kruger não tem muita consistência, porque não tem um foco, não concentra o desenvolvimento de uma trama boa. Temos diversas questões mal explicadas em meio a batalhas.
O plot principal é do personagem de Mark Wahlberg e família. Mas, temos a questão da fábrica do personagem de Stanley Tucci, o agente vivido por Kelsey Grammer que não explica muito bem suas motivações, o drama dos Autobots e a história do alienígena que está verdadeiramente caçando os Autobots e, principalmente, Optimus Prime. E depois ainda vem a questão dos antigos guerreiros. Ou seja, é muita coisa e pouco desenvolvimento.
Talvez por isso, Michael Bay concentre tanto nas cenas de ação, que são muitas e ficam cansativas devido a longa duração do filme, com quase três horas de duração. Aqui não temos tantos cortes rápidos, como é característica do diretor, mas muita coreografia, piruetas e câmeras "ziguezagueando". Muita coisa precisaria estar em câmera lenta para a gente conseguir compreender tudo que aconteceu na sequência. Mas, também dá a sensação de grandiosidade.
Não se pode negar, no entanto, que as cenas sejam mal feitas. São bem orquestradas, os efeitos especiais são bons e até o 3D funciona a contento. É um bom espetáculo, mas que fica cansativo após uma hora e meia de show. Tudo começa a ficar parecido, repetitivo, sem fôlego para tantas horas de projeção.
Os atores não chegam a comprometer a trama, nem se sobressaem, estão ali como mais algumas peças a exemplo de cada robô gigante. Não há grandes emoções a serem exploradas, nem personagem extremamente bem desenvolvidos. Tudo fica meio solto. Na verdade, o personagem melhor desenvolvido é o líder dos Autobots Optimus Prime. Ele tem uma carga dramática que os realizadores não tem a coragem de aprofundar construindo uma trama focada nele e não nos humanos.
Transformers: A Era da Extinção é, então, mais do mesmo. Só que um mesmo ainda mais grandioso e cansativo. Onde a tecnologia esbanja talento e o drama passa distante. Talvez com uma hora a menos, fosse uma diversão garantida. Com 165 minutos de duração, se torna cansativo demais.
Transformers: A Era da Extinção (Transformers: Age of Extinction, 2014 / EUA)
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Com: Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Jack Reynor, Stanley Tucci, Kelsey Grammer
Duração: 165 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Transformers: A Era da Extinção
2014-07-11T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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