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Vingadores: Era de Ultron
Vingadores: Era de Ultron
As reticências em relação ao projeto Marvel já ficaram para trás desde o filme de 2012. Os estúdios provaram que os Vingadores nos cinemas era algo possível. Mais do que isso, seu ambicioso planejamento parece cada vez mais bem arquitetado, unindo filmes solos e séries em um único universo e tornando a reunião dos heróis outro marco para a passagem para a terceira fase. O medo era a expectativa. Felizmente, ela se cumpriu.
Vingadores: Era de Ultron é o que o nome já diz, o nascimento e momento do vilão que nos quadrinhos foi criado pelo Dr. Hank Pym. Mas, como nos cinemas, o Homem-Formiga só chega na terceira fase, aqui, seu pai foi mesmo Tony Stark, que foi seu criador também na animação de 2008, Os Supremos: Os Heróis do Amanhã. O Homem de Ferro criou a inteligência artificial com o intuito de salvar o mundo, trazendo a paz definitiva, mas a máquina chega a conclusão de que a paz só será conquistada com a destruição da humanidade, a começar pelos Vingadores.
Ao contrário do filme de 2012, não precisamos aqui de um espaço para apresentações, nem mesmo reunião da equipe. O filme já começa com eles em ação, buscando o cetro de Loki que está nas mãos da H.I.D.R.A.. É uma sequência longa com belas cenas de ação e um sentimento de união e trabalho de equipe que ainda não tinha sido visto com tanta organização. Apesar das diferenças, dos egos e dos objetivos distintos, os heróis parecem mais à vontade juntos, se importam mais uns com os outros, são uma equipe.
O equilíbrio também é outro ponto que roteiro e direção conseguem realizar com maestria. Não dá para dizer que exista ali um protagonista absoluto, ainda que Tony Stark continue tendo grande destaque, sendo o criador do monstro e administrando sua culpa e responsabilidade. Temos aqui momentos para trabalhar cada um deles, seus medos, suas habilidades, seus desdobramentos. Até o Gavião Arqueiro que parecia sempre o que mais ficava na sombra, tem sequências solo importantes para o desfecho da trama.
A economia dramática é muito bem calculada, pois consegue dosar o aprofundamento dos personagens e suas relações pessoais com as diversas cenas de ação. E o que mais impressiona em Vingadores é que essas não são genéricas, ou mesmo cansativas. Há criatividade nas lutas, na forma de utilizar os poderes de cada um dos heróis e de orquestrar todos juntos em tela, com efeitos especiais bem trabalhados e, inclusive, um 3D extremamente eficiente na composição estética em tela.
O ritmo do filme é bom. Mesmo com 141 minutos de projeção, não há sinais de cansado ou excesso. Tudo é bem trabalhado, tudo é necessário. A criação do problema, a expectativa, o desenvolvimento, a busca por soluções e a conclusão. Tudo parece bem colocado em seu lugar nos fazendo vislumbrar, inclusive, construindo pontes importantes para a terceira fase da Marvel, que, claro, inclui cenas pós-créditos.
O que falta em Vingadores, no entanto, como em boa parte dos filmes da Marvel, é um vilão bem trabalhado. Ultron tinha potencial para muito mais. Em vez de apenas citar em muitos momentos a referência a Pinóquio, dizendo que não tem cordas, o filme poderia trabalhar com mais profundidade essa faceta do vilão, uma espécie de Pinóquio sombrio, em busca de se tornar um ser de carne e osso. As pistas relacionando sua forma de raciocinar com a do seu criador Tony Stark ficam apenas no superficial, nos deixando um adversário quase tolo, principalmente quando surge seu contraponto.
De qualquer maneira, o filme cumpre muito bem o seu papel. É divertido, ainda que em um tom menor que o primeiro. É tenso. E trabalha bem os heróis que tem em mãos. Não por acaso, Stan Lee, um de seus criadores, aparece tão feliz em mais uma das características aparições. Fica uma sensação de satisfação, ainda que sempre possamos querer mais. E o bom, é que a Marvel já planeja nos dar isso e não vai demorar muito.
Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron, 2015 / EUA)
Direção: Joss Whedon
Roteiro: Joss Whedon
Com: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Aaron Taylor-Johnson, Paul Bettany
Duração: 141 min.
Vingadores: Era de Ultron é o que o nome já diz, o nascimento e momento do vilão que nos quadrinhos foi criado pelo Dr. Hank Pym. Mas, como nos cinemas, o Homem-Formiga só chega na terceira fase, aqui, seu pai foi mesmo Tony Stark, que foi seu criador também na animação de 2008, Os Supremos: Os Heróis do Amanhã. O Homem de Ferro criou a inteligência artificial com o intuito de salvar o mundo, trazendo a paz definitiva, mas a máquina chega a conclusão de que a paz só será conquistada com a destruição da humanidade, a começar pelos Vingadores.
Ao contrário do filme de 2012, não precisamos aqui de um espaço para apresentações, nem mesmo reunião da equipe. O filme já começa com eles em ação, buscando o cetro de Loki que está nas mãos da H.I.D.R.A.. É uma sequência longa com belas cenas de ação e um sentimento de união e trabalho de equipe que ainda não tinha sido visto com tanta organização. Apesar das diferenças, dos egos e dos objetivos distintos, os heróis parecem mais à vontade juntos, se importam mais uns com os outros, são uma equipe.
O equilíbrio também é outro ponto que roteiro e direção conseguem realizar com maestria. Não dá para dizer que exista ali um protagonista absoluto, ainda que Tony Stark continue tendo grande destaque, sendo o criador do monstro e administrando sua culpa e responsabilidade. Temos aqui momentos para trabalhar cada um deles, seus medos, suas habilidades, seus desdobramentos. Até o Gavião Arqueiro que parecia sempre o que mais ficava na sombra, tem sequências solo importantes para o desfecho da trama.
A economia dramática é muito bem calculada, pois consegue dosar o aprofundamento dos personagens e suas relações pessoais com as diversas cenas de ação. E o que mais impressiona em Vingadores é que essas não são genéricas, ou mesmo cansativas. Há criatividade nas lutas, na forma de utilizar os poderes de cada um dos heróis e de orquestrar todos juntos em tela, com efeitos especiais bem trabalhados e, inclusive, um 3D extremamente eficiente na composição estética em tela.
O ritmo do filme é bom. Mesmo com 141 minutos de projeção, não há sinais de cansado ou excesso. Tudo é bem trabalhado, tudo é necessário. A criação do problema, a expectativa, o desenvolvimento, a busca por soluções e a conclusão. Tudo parece bem colocado em seu lugar nos fazendo vislumbrar, inclusive, construindo pontes importantes para a terceira fase da Marvel, que, claro, inclui cenas pós-créditos.
O que falta em Vingadores, no entanto, como em boa parte dos filmes da Marvel, é um vilão bem trabalhado. Ultron tinha potencial para muito mais. Em vez de apenas citar em muitos momentos a referência a Pinóquio, dizendo que não tem cordas, o filme poderia trabalhar com mais profundidade essa faceta do vilão, uma espécie de Pinóquio sombrio, em busca de se tornar um ser de carne e osso. As pistas relacionando sua forma de raciocinar com a do seu criador Tony Stark ficam apenas no superficial, nos deixando um adversário quase tolo, principalmente quando surge seu contraponto.
De qualquer maneira, o filme cumpre muito bem o seu papel. É divertido, ainda que em um tom menor que o primeiro. É tenso. E trabalha bem os heróis que tem em mãos. Não por acaso, Stan Lee, um de seus criadores, aparece tão feliz em mais uma das características aparições. Fica uma sensação de satisfação, ainda que sempre possamos querer mais. E o bom, é que a Marvel já planeja nos dar isso e não vai demorar muito.
Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron, 2015 / EUA)
Direção: Joss Whedon
Roteiro: Joss Whedon
Com: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Aaron Taylor-Johnson, Paul Bettany
Duração: 141 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Vingadores: Era de Ultron
2015-04-22T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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