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Homem-Formiga
Homem-Formiga
Desde que a Marvel iniciou a sua jornada cinematográfica, impressiona a capacidade de conectar suas obras em um mesmo universo de maneira harmônica e divertida. Homem-Formiga, filme que fecha a segunda fase, não é diferente.
Na verdade, ele deveria ter vindo antes, afinal, nos quadrinhos é essencial para a formação dos Vingadores. Nele também estaria a origem de Ultron, inimigo do segundo filme do grupo. Mas, problemas de produção foram adiando a obra que só agora chega aos cinemas, então, tudo mudou. Mas uma coisa continua a mesma, o clima descontraído e a capacidade de rir de si mesmo.
Afinal, como levar a sério um herói que diminui de tamanho, ficando menor que uma formiga, usando-a como cavalo e, pra completar, se chama Homem-Formiga? As situações inusitadas que geram tal capacidade são construídas sempre de maneira cômica, ainda que haja muita ação e um certo melodrama na obra.
Ao contrário da Warner, que vem tentando construir com os personagens da DC um universo realista, denso e catastrófico, a Marvel busca um clima de quadrinhos mais leve, abusando da imaginação e intervindo em nosso mundo com humor, ainda que destrua cidades e acuse muito prejuízo.
O filme de Peyton Reed já parte do universo atual, onde o Dr. Hank Pym, primeiro Homem-Formiga está em busca de seu substituto e encontra no ex-presidiário Scott Lang o sucessor perfeito. Junto com sua filha Hope Van Dyne, eles tentarão impedir o empresário Darren Cross de levar adiante o seu projeto intitulado Yellowjacket que pode levar à destruição do mundo.
É interessante a forma como o filme ressalta as similaridades da trajetória de Dr. Pym e Lang, principalmente em relação a seus sentimentos pela filha, a forma como encaram o mundo e as motivações para cada ato. Michael Douglas e Paul Rudd conseguem trazer verdade a seus personagens, sem perder a capacidade de rir de si mesmos. Isso torna tudo mais crível.
Já Evangeline Lilly leva sua personagem Hope Van Dyne mais a sério, da mesma maneira que Corey Stoll o seu vilão Darren Cross. Mas, isso não chega a ser um problema, criando apenas um contraste de personalidades que traz ainda mais graça quando em embates de objetivos e interesses. O humor é algo tão central na narrativa que as duas principais lutas entre vilão e mocinho são também as mais engraçadas por envolverem uma certa maleta e um cenário infantil.
Há ainda em Homem-Formiga, talvez, o maior número de referências ao universo Marvel, tendo inclusive uma sequência inteira que o deixa completamente dentro da linha cronológica atual. Vale a pena observar todos os detalhes, desde a primeira cena com a presença da Agente Carter, até as duas cenas pós-créditos que nos dão vislumbres de futuro. E, claro, uma sempre divertida participação de Stan Lee.
Ou seja, enquanto estrutura fílmica, o filme traz alguns problemas, sendo o roteiro quase tolo em alguns pontos, ressaltando, por exemplo, personagens estereotipados como os três amigos de Lang ou o policial padrasto de sua filha, interpretado por Bobby Cannavale. É clichê no melodrama quando envolve a pequena Cassie. Mas, ainda assim consegue entregar uma aventura divertida e que cumpre o seu principal objetivo que é apresentar esse personagem tão importante para o Universo Marvel. Vamos aguardar pelo que vem por aí.
Homem-Formiga (Ant-Man, 2015 / EUA)
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Edgar Wright, Joe Cornish, Adam McKay,Paul Rudd
Com: Paul Rudd, Michael Douglas, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Bobby Cannavale, Michael Peña
Duração: 117 min.
Na verdade, ele deveria ter vindo antes, afinal, nos quadrinhos é essencial para a formação dos Vingadores. Nele também estaria a origem de Ultron, inimigo do segundo filme do grupo. Mas, problemas de produção foram adiando a obra que só agora chega aos cinemas, então, tudo mudou. Mas uma coisa continua a mesma, o clima descontraído e a capacidade de rir de si mesmo.
Afinal, como levar a sério um herói que diminui de tamanho, ficando menor que uma formiga, usando-a como cavalo e, pra completar, se chama Homem-Formiga? As situações inusitadas que geram tal capacidade são construídas sempre de maneira cômica, ainda que haja muita ação e um certo melodrama na obra.
Ao contrário da Warner, que vem tentando construir com os personagens da DC um universo realista, denso e catastrófico, a Marvel busca um clima de quadrinhos mais leve, abusando da imaginação e intervindo em nosso mundo com humor, ainda que destrua cidades e acuse muito prejuízo.
O filme de Peyton Reed já parte do universo atual, onde o Dr. Hank Pym, primeiro Homem-Formiga está em busca de seu substituto e encontra no ex-presidiário Scott Lang o sucessor perfeito. Junto com sua filha Hope Van Dyne, eles tentarão impedir o empresário Darren Cross de levar adiante o seu projeto intitulado Yellowjacket que pode levar à destruição do mundo.
É interessante a forma como o filme ressalta as similaridades da trajetória de Dr. Pym e Lang, principalmente em relação a seus sentimentos pela filha, a forma como encaram o mundo e as motivações para cada ato. Michael Douglas e Paul Rudd conseguem trazer verdade a seus personagens, sem perder a capacidade de rir de si mesmos. Isso torna tudo mais crível.
Já Evangeline Lilly leva sua personagem Hope Van Dyne mais a sério, da mesma maneira que Corey Stoll o seu vilão Darren Cross. Mas, isso não chega a ser um problema, criando apenas um contraste de personalidades que traz ainda mais graça quando em embates de objetivos e interesses. O humor é algo tão central na narrativa que as duas principais lutas entre vilão e mocinho são também as mais engraçadas por envolverem uma certa maleta e um cenário infantil.
Há ainda em Homem-Formiga, talvez, o maior número de referências ao universo Marvel, tendo inclusive uma sequência inteira que o deixa completamente dentro da linha cronológica atual. Vale a pena observar todos os detalhes, desde a primeira cena com a presença da Agente Carter, até as duas cenas pós-créditos que nos dão vislumbres de futuro. E, claro, uma sempre divertida participação de Stan Lee.
Ou seja, enquanto estrutura fílmica, o filme traz alguns problemas, sendo o roteiro quase tolo em alguns pontos, ressaltando, por exemplo, personagens estereotipados como os três amigos de Lang ou o policial padrasto de sua filha, interpretado por Bobby Cannavale. É clichê no melodrama quando envolve a pequena Cassie. Mas, ainda assim consegue entregar uma aventura divertida e que cumpre o seu principal objetivo que é apresentar esse personagem tão importante para o Universo Marvel. Vamos aguardar pelo que vem por aí.
Homem-Formiga (Ant-Man, 2015 / EUA)
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Edgar Wright, Joe Cornish, Adam McKay,Paul Rudd
Com: Paul Rudd, Michael Douglas, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Bobby Cannavale, Michael Peña
Duração: 117 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Homem-Formiga
2015-07-15T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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