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Capitão América: Guerra Civil
Capitão América: Guerra Civil
Os fãs da DC vão dizer que é perseguição ou preferência, mas o fato é que Capitão América: Guerra Civil consegue lidar melhor com a quantidade de heróis em disputa do que o recente Batman vs Superman. Não é para menos, a Marvel já vem trabalhando seu universo compartilhado a mais tempo. E para além disso, este filme nos mostra não apenas um amadurecimento do estúdio como uma nova página que deixa clara o início da chamada terceira fase.
Na trama principal, Os Vingadores são colocados em cheque. Suas últimas investidas em nome da proteção mundial causaram mais danos do que civis e governos de todo o mundo podem suportar, principalmente pelas mortes de civis. A proposta, então, é um tratado onde todos os heróis passem a ser não apenas cadastrados como controlados por uma comissão da ONU, sendo inclusive responsabilizados por seus atos. Alguns, capitaneados por Tony Stark (Homem de Ferro), aceitam, mas outros, liderados por Steve Rogers (Capitão América) não, gerando um conflito sem precedentes.
Chama a atenção a maneira como o roteiro consegue ter uma ótima economia narrativa. Começa com uma ação em conjunto do grupo, que gera um desastre com morte de diversos civis. Apresenta o viés da culpa em diversos aspectos. Dá a proposta. Instaura o conflito. Introduz novos personagens. Explica os vilões. Tudo de maneira dinâmica e com muitas cenas de lutas bem orquestradas.
Os novos personagens, como Pantera Negra ou Homem Aranha, (novo neste universo, claro), não tomam muito do tempo da narrativa, conseguindo ter os pontos principais indicados com cenas objetivas e funcionais. No caso do Aranha, no entanto, é possível detectar algumas incongruências que talvez sejam explicadas no filme solo do personagem, mas aqui deixam a desejar. Principalmente sobre como Tony Stark o estava acompanhando e o porquê da escolha do herói para compor seu time.
De qualquer maneira, é Peter Parker e Scott Lang, o Homem -Formiga, os responsáveis pelo alívio cômico da trama. E funcionam muito bem, principalmente na batalha do aeroporto, ponto alto da trama onde vemos os heróis em combate de uma maneira satisfatória e criativa. Eles trazem o tom e a dinâmica dos demais filmes da saga que sempre misturam humor com aventura e tem funcionado até o momento.
Isso porque Guerra Civil talvez seja o filme mais sério da Marvel até o momento. Há uma tensão na obra, um peso nos ombros dos heróis que antes não era visto. Nunca vimos Tony Stark, por exemplo, tão sério e introspectivo. Isso porque a estrutura dramática do filme se aproxima muito mais de uma tragédia que de um drama moderno onde o peso das questões em jogo são mais leves.
Há aqui dois lados em oposição. E dois lados que não se convertem em bem vs mal. Cada um tem seus motivos para defender a posição tomada. Estão convictos de que estão fazendo o que é o correto e isso é que deixa tudo ainda mais penoso para todos. Até porque fazem parte de um mesmo grupo, que, fraccionado, sente a dor do racha. Isso eleva o filme a outra dimensão que vai além da própria questão de filmes de super heróis de quadrinhos. Há efeitos diversos sendo conectados e situações bastante delicadas sendo expostas.
Como início da terceira fase do Universo Marvel, Capitão América: Guerra Civil consegue ser, de fato, um marco. Transforma o já visto, eleva o nível tanto da trama quanto dos personagens e expõe situações que modificam todos a partir de agora. É um novo momento não apenas no marco mercadológico, mas dramatúrgico. E nos deixa empolgados para o que vem por aí.
E como a Marvel já nos acostumou, não saia dos cinemas antes do fim do filme. As duas cenas, durante os créditos e pós-créditos acrescentam à experiência e abrem novas expectativas. Talvez sejam as cenas pós-créditos com maior duração até o momento.
Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, 2016)
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Com: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Chadwick Boseman, Paul Rudd, Tom Holland, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Anthony Mackie, Don Cheadle, Jeremy Renner, Emily VanCamp, Marisa Tomei
Duração: 147 min.
Na trama principal, Os Vingadores são colocados em cheque. Suas últimas investidas em nome da proteção mundial causaram mais danos do que civis e governos de todo o mundo podem suportar, principalmente pelas mortes de civis. A proposta, então, é um tratado onde todos os heróis passem a ser não apenas cadastrados como controlados por uma comissão da ONU, sendo inclusive responsabilizados por seus atos. Alguns, capitaneados por Tony Stark (Homem de Ferro), aceitam, mas outros, liderados por Steve Rogers (Capitão América) não, gerando um conflito sem precedentes.
Chama a atenção a maneira como o roteiro consegue ter uma ótima economia narrativa. Começa com uma ação em conjunto do grupo, que gera um desastre com morte de diversos civis. Apresenta o viés da culpa em diversos aspectos. Dá a proposta. Instaura o conflito. Introduz novos personagens. Explica os vilões. Tudo de maneira dinâmica e com muitas cenas de lutas bem orquestradas.
Os novos personagens, como Pantera Negra ou Homem Aranha, (novo neste universo, claro), não tomam muito do tempo da narrativa, conseguindo ter os pontos principais indicados com cenas objetivas e funcionais. No caso do Aranha, no entanto, é possível detectar algumas incongruências que talvez sejam explicadas no filme solo do personagem, mas aqui deixam a desejar. Principalmente sobre como Tony Stark o estava acompanhando e o porquê da escolha do herói para compor seu time.
De qualquer maneira, é Peter Parker e Scott Lang, o Homem -Formiga, os responsáveis pelo alívio cômico da trama. E funcionam muito bem, principalmente na batalha do aeroporto, ponto alto da trama onde vemos os heróis em combate de uma maneira satisfatória e criativa. Eles trazem o tom e a dinâmica dos demais filmes da saga que sempre misturam humor com aventura e tem funcionado até o momento.
Isso porque Guerra Civil talvez seja o filme mais sério da Marvel até o momento. Há uma tensão na obra, um peso nos ombros dos heróis que antes não era visto. Nunca vimos Tony Stark, por exemplo, tão sério e introspectivo. Isso porque a estrutura dramática do filme se aproxima muito mais de uma tragédia que de um drama moderno onde o peso das questões em jogo são mais leves.
Há aqui dois lados em oposição. E dois lados que não se convertem em bem vs mal. Cada um tem seus motivos para defender a posição tomada. Estão convictos de que estão fazendo o que é o correto e isso é que deixa tudo ainda mais penoso para todos. Até porque fazem parte de um mesmo grupo, que, fraccionado, sente a dor do racha. Isso eleva o filme a outra dimensão que vai além da própria questão de filmes de super heróis de quadrinhos. Há efeitos diversos sendo conectados e situações bastante delicadas sendo expostas.
Como início da terceira fase do Universo Marvel, Capitão América: Guerra Civil consegue ser, de fato, um marco. Transforma o já visto, eleva o nível tanto da trama quanto dos personagens e expõe situações que modificam todos a partir de agora. É um novo momento não apenas no marco mercadológico, mas dramatúrgico. E nos deixa empolgados para o que vem por aí.
E como a Marvel já nos acostumou, não saia dos cinemas antes do fim do filme. As duas cenas, durante os créditos e pós-créditos acrescentam à experiência e abrem novas expectativas. Talvez sejam as cenas pós-créditos com maior duração até o momento.
Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, 2016)
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Com: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Chadwick Boseman, Paul Rudd, Tom Holland, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Anthony Mackie, Don Cheadle, Jeremy Renner, Emily VanCamp, Marisa Tomei
Duração: 147 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Capitão América: Guerra Civil
2016-04-30T15:56:00-03:00
Amanda Aouad
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