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Invocação do Mal 2
Invocação do Mal 2
James Wan continua acertando, com uma filmografia de causar inveja, tendo a franquia Jogos Mortais, Sobrenatural e Invocação do Mal, ele traz mais uma continuação com boas doses de suspense e susto em uma história envolvente com personagens bem desenvolvidos.
Na verdade, Invocação do Mal 2 não é uma continuação clássica trazendo o mesmo "monstro" ou a mesma família. A ligação aqui é o casal Ed e Lorraine Warren em suas muitas histórias de casos sobrenaturais investigados. O filme se centra naquele que foi conhecido como O poltergeist de Enfield, mas traz também repercussões do Amityville.
Isso é uma escolha perigosa do roteiro, mas que acaba funcionando bem, já que quebra a unidade de ação, mas mantem o clima de suspense crescente. Temos a vida do casal após o famoso caso com repercussão na mídia, enquanto, em paralelo, vemos os primeiros acontecimentos na rua londrina. Como o casal já foi bem trabalhado no primeiro filme, aqui fica mais fácil o público simplesmente reconhecê-lo e já criar empatia. Já a pequena Janet e sua família, precisam de uma apresentação mais cuidadosa.
O jogo de James Wan continua funcionando bem, nos dando doses de expectativa e suposições, quebrando algumas, confirmando outras. Mas sempre com uma tensão intensa e sustos pontuais. Como se trata de um caso baseado na realidade, há muito mais sugestão e sensações que monstros sendo de fato expostos em tela. Ainda que isso também seja uma gradação. O diretor vai construindo a expectativa, nos fazendo querer ver o monstro, ao mesmo tempo que nos dá falsa segurança.
Desestabilizar o famoso casal, sempre acostumado com os casos que acompanha também é uma boa alternativa. Após o caso de Amityville, Lorraine está mais receosa, principalmente por causa de uma premonição que a fragiliza. Isso é um molho a mais para a trama. Termos os "heróis" também em risco, deixa tudo mais imprevisível.
Há alguns clichês e recursos fáceis como a trilha sonora marcada e muitas vezes over. Mas, a verdade é que Invocação do Mal 2 funciona. Conseguimos comprar a ideia e nos envolver com o que vemos em tela, torcendo para as personagens e vibrando com algumas reviravoltas. Tem até um momento de ternura, envolvendo a música "Can't Help Falling In Love".
Muito do sucesso vem da própria imagem do casal Warren e da boa composição de seus intérpretes. Vera Farmiga e Patrick Wilson continuam muito bem em seus papéis, mais à vontade até, além de construir uma ótima química. É fácil acreditar no amor e parceria de ambos que aqui se torna ainda mais importante para a trama.
A possibilidade de ter alguém que acredite em você ao seu lado é fundamental e o filme trabalha isso muito bem. Até porque o caso de O poltergeist de Enfield é um dos mais contestados até hoje.
Pode não ter o mesmo impacto que o primeiro, mas, sem dúvidas, Invocação do Mal 2 cumpre as expectativas depositadas nele. Isso hoje em dia já é uma grande coisa. E temos aqui, mais um belo exemplar do gênero para a filmografia de James Wan.
Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2, 2016 / EUA)
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes, James Wan, David Leslie Johnson
Com: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O'Connor
Duração: 133 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Invocação do Mal 2
2016-06-09T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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