Star Trek - Um novo começo
Este poderia ser o subtítulo do décimo primeiro filme da franquia mais cultuada da ficção científica. J.J. Abrams se utiliza de sua principal arma em Lost, a viagem no tempo, para embaralhar e reconstruir tudo aquilo que conhecemos e conseguir um feito inédito. Agradar a gregos e troianos. Por quê? Pelo simples fato de que traz o gostinho saudosista aos fãs que vêem seus personagens preferidos personificados em versões juvenis impressionantemente bem caracterizados, mas cria uma história atual, com efeitos visuais, ação e ritmo que empolga a qualquer cinéfilo interessado em ficção científica. Não é a toa que se tornou um midas de Hollywood, fadado ao sucesso.
Bom, como fã da série clássica, e mais uma vez repito, apenas da série clássica já que a nova geração nunca me empolgou, devo confessar que senti falta daqueles roteiros mais inteligentes, onde a trama gerada em torno de enigmas, sem apelar para tantos efeitos especiais. Porém, não sou tola e entendo perfeitamente que os tempos são outros. A linguagem cinematográfica mudou com a tecnologia e não dá mais para criar filmes de ação e ficção científica sem apelar para explosões, lutas, perseguições e cenas surpreendentes. A destruição de um planeta é algo marcante, que jamais seria possível sem a tecnologia atual.
Os personagens estão todos lá, Uhura, Kirk, Scotty, Spock, McCoy, Sulu e Checkov. Mesmo com a mudança no tempo-espaço, a personalidade de todos ficou intacta, dando a sensação do momento histórico que o espectador está presenciando, mesmo que os personagens não tenham a noção disso. Mesmo, Chris Pine não tendo o charme de William Shatner, sua interpretação do eterno capitão arrogante e impulsivo está convincente. Mas, o destaque é mesmo Spock, apesar dos resquícios de Sylar, Zachary Quinto encarna a personalidade turbulenta do meio humano, meio vulcano que está sempre entre a lógica e pequenas manifestações de emoções. Nem mesmo quando Leonard Nimoy surge na tela com a frase: "Eu sou Spock", o que causa emoção em qualquer fã do personagem, Quinto não perde sua vez. Ambos, agora, são Spock.
A história em si é conduzida por uma nave romulana que volta ao passado para uma vingança pessoal e acaba embaralhando a história, alterando fatos e matando personagens décadas antes da hora. Cabe aos tripulantes da Enterprise lutar para que eles também não destruam o planeta Terra, reequilibrando o sistema e conduzindo a nova história. É difícil falar do enredo sem se trair com um pequeno detalhe que possa estragar a surpresa, então, vão ao cinema.
Apenas um comentário final, que acredito não estrague em nada. O filme termina com Leonard Nimoy narrando o texto imortalizado por William Shatner que começava todos os episódios da série clássica. Uma sensação boa de nostalgia que dá abertura para um novo começo de uma saga já imortalizada.
“Espaço, a fronteira final ... estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão para explorar novos e estranhos mundos, para pesquisar novas formas de vida e novas civilizações... Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve!”
Bom, como fã da série clássica, e mais uma vez repito, apenas da série clássica já que a nova geração nunca me empolgou, devo confessar que senti falta daqueles roteiros mais inteligentes, onde a trama gerada em torno de enigmas, sem apelar para tantos efeitos especiais. Porém, não sou tola e entendo perfeitamente que os tempos são outros. A linguagem cinematográfica mudou com a tecnologia e não dá mais para criar filmes de ação e ficção científica sem apelar para explosões, lutas, perseguições e cenas surpreendentes. A destruição de um planeta é algo marcante, que jamais seria possível sem a tecnologia atual.
Os personagens estão todos lá, Uhura, Kirk, Scotty, Spock, McCoy, Sulu e Checkov. Mesmo com a mudança no tempo-espaço, a personalidade de todos ficou intacta, dando a sensação do momento histórico que o espectador está presenciando, mesmo que os personagens não tenham a noção disso. Mesmo, Chris Pine não tendo o charme de William Shatner, sua interpretação do eterno capitão arrogante e impulsivo está convincente. Mas, o destaque é mesmo Spock, apesar dos resquícios de Sylar, Zachary Quinto encarna a personalidade turbulenta do meio humano, meio vulcano que está sempre entre a lógica e pequenas manifestações de emoções. Nem mesmo quando Leonard Nimoy surge na tela com a frase: "Eu sou Spock", o que causa emoção em qualquer fã do personagem, Quinto não perde sua vez. Ambos, agora, são Spock.
A história em si é conduzida por uma nave romulana que volta ao passado para uma vingança pessoal e acaba embaralhando a história, alterando fatos e matando personagens décadas antes da hora. Cabe aos tripulantes da Enterprise lutar para que eles também não destruam o planeta Terra, reequilibrando o sistema e conduzindo a nova história. É difícil falar do enredo sem se trair com um pequeno detalhe que possa estragar a surpresa, então, vão ao cinema.
Apenas um comentário final, que acredito não estrague em nada. O filme termina com Leonard Nimoy narrando o texto imortalizado por William Shatner que começava todos os episódios da série clássica. Uma sensação boa de nostalgia que dá abertura para um novo começo de uma saga já imortalizada.
“Espaço, a fronteira final ... estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão para explorar novos e estranhos mundos, para pesquisar novas formas de vida e novas civilizações... Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve!”
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Star Trek - Um novo começo
2009-05-22T11:50:00-03:00
Amanda Aouad
aventura|critica|ficcao cientifica|Oscar 2010|
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