"Eu poderia contar a minha história de duas formas: Chorando ou vendendo lenços."
A história de Roberto Carlos Ramos ganha as telas do cinema a partir de 07 de agosto. Com a direção de Luiz Villaça, o filme narra a trajetória desse mineiro que tem o dom de contar histórias e fez de seu talento uma forma de superar as dificuldades. Caçula de doze irmãos, aos seis anos ele foi deixado na Febem pela mãe, que considerava aquele um lugar seguro, com casa e comida.
Acontece que a realidade na instituição é diferente do que se promovia pela propaganda na televisão e Roberto, aos poucos, perde a esperança de uma boa vida. Tentou fugir várias vezes, sofreu maus tratos, cheirou cola, fumou maconha, viveu na rua e, aos treze anos, foi classificado como irrecuperável, nas palavras da diretora da entidade. Foi então que conheceu a pedagoga francesa Margherit Duvas que percebeu o talento do garoto e resolveu ajudá-lo. Adotado por ela, e tendo estudado na França, Roberto Carlos conseguiu mudar a sua vida, começou a trabalhar na Febem e hoje é autor de vários livros ajudando diversos jovens.
O Contador de Histórias foi rodado em Belo Horizonte, São Paulo, Paulinia e Portugal. A atriz franco-portuguesa Maria de Medeiros interpreta Margherit. Roberto Carlos é interpretado pelos atores Marco Ribeiro (6 anos), Paulinho Mendes (13 anos) e Clayton Santos (20 anos). Denise Fraga assina a produção com Francisco Ramalho Jr.
No blog do Governo de Minas, tem uma sessão que chama Orgulho de Minas, claro que o destaque desse mês é o contador de histórias. Achei interessante o foco dado pelo blog, que tem uma entrevista com esse exemplo de pessoa. Bem interessante e os mineiros ainda podem indicar os próximos homenageados.
Sendo mineiro ou não, Roberto Carlos Ramos é um brasileiro que só nos traz orgulho. Venceu através do seu talento, não se deslumbrou com o sucesso e ajuda pessoas com seu exemplo e trabalho. É muito bom ver que o cinema nacional está abrindo espaço para pessoas como ele e não apenas para exemplos trágicos ou cômicos. É aguardar para ver se o filme é tão bom quanto a trajetória de quem o inspirou.