Ainda não fui ao cinema conferir a saga, e algumas críticas não me animam a ter pressa para tanto. Quero falar aqui de uma estratégia interessante que os filmes têm utilizado em sua divulgação. A começar pelos posters personalizados. Afinal, o mundo acabar é algo que traz impacto, mas você, brasileiro, ver um cartaz com o Rio de Janeiro, tendo o Cristo Redentor em primeiro plano sendo levado pela enxurrada, traz muito mais impacto. Não sei ao todo quantas versões foram feitas, na internet só encontrei seis. Sendo que Washington e Los Angeles estão entre elas, mas o que mais me chamou a atenção foi a do Tibet, e ainda trouxe um deja vu engraçado, pois o monge olhando a destruição do alto me lembrou a animação Avatar.
A técnica de divulgação e distribuição é cada vez mais essencial para o sucesso de um filme. Diante de tantos lançamentos semanais, é preciso chamar a atenção, criar a expectativa e levar o maior número de espectadores ao cinema na primeira semana. Promoções, ARGs, divulgações na internet, trailers de grande impacto são sempre boas ferramentas. Agora, nada disso é o suficiente se o filme não corresponde. Vamos ver qual a trajetória de 2012.
Para finalizar, o teaser trailer do filme. Percebam a pressão que é feita. A trilha psicodélica tensa. A intercalação com as cartelas deterministas. O monge correndo, tocando o sino. Afinal, se o topo do mundo está sendo inundado, o que será de nós, pobres mortais em cidades litorâneas? E a frase "descubra a verdade, busque online 2012" é típico para despertar a curiosidade e construir o boca a boca. Eles não dão um site, mandam o espectador procurar a data. É a idéia de: não é apenas um filme, é real. O trailer oficial também começa com uma pressão incrível. "a civilização mais antiga da humanidade nos avisou que essa data chegaria", apesar de os Maias não serem a mais antiga, é uma civilização antiga e merece respeito. Eram calculistas, práticos e inteligentes. Ou seja, o filme pode não ser bom, mas a propaganda foi muito bem feita.