Aventura e suspense são bem dosados no roteiro, com uma produção impressionante para o ano de 1985. O filme chegou a ser indicado ao Oscar de efeitos especiais, tendo sito o primeiro a introduzir um personagem em computação gráfica no cenário real. Há vários momentos interessantes nesse intuito, principalmente nas alucinações que as vítimas têm antes de cometerem o ato insano contra a vida. O ponto negativo fica por conta da interpretação extremamente caricatural de Susan Fleetwood na parte final do filme. No geral, mesmo os jovens conseguem dosar bem o tom.
Feito nos tempos de hoje, com certeza o longa teria continuações podendo se tornar uma saga de sucesso. Mas na época era apenas mais um filme a ser passado na Sessão da Tarde. Interessante como a indústria cinematográfica mudou com o passar do tempo. Mal contabilizou a primeira semana da bilheteria e lá vem anúncio da parte dois. Não dá para saber até que ponto isso é bom ou ruim. Afinal, a saga do jovem Sherlock Holmes tinha tudo para dar certo. Há um clima divertido, inteligente, sagaz no texto, misturando fatos históricos com aventura, bem ao sabor da Saga de Harry Potter, como já foi dito. Gostaria de ter visto uma continuação dos mesmos autores, ainda que fosse em formato de seriado, a exemplo de Smallville. O que parece que vem por aí é uma série de livros que, se fizer sucesso, pode voltar em forma de filmes. Só nos resta aguardar.
Em tempo, o nome O Enigma da Pirâmide foi acrescido ao original, The Young Sherlock Holmes, para aproveitar o sucesso de Indiana Jones e o Templo da Perdição lançado no ano anterior. Aliás, a cena da pirâmide, lembra muito as cenas do templo, com os fanáticos cantando, um ritual medonho acontecendo e os heróis escondidos assistindo do alto.