As férias da minha vida
Queen Latifah dirigida por Wayne Wang em um filme que narra a história de uma mulher que descobre que vai morrer e resolve torrar seus últimos tostões nos Alpes suiços. A primeira reação ao juntar isso é dizer: não obrigada. Mas, eu não canso de falar aqui que mesmo um filme ruim tem a nos ensinar e quem gosta e escreve sobre cinema não pode ter preconceitos. Que bom que eu pensei assim, porque As férias de minha vida não é um filme ruim. É uma história leve e edificante sobre relacionamentos, preconceitos e escolhas de nossas vidas.
Porque as pessoas têm tanto medo de viver? É mesmo preciso estar à beira da morte para ter a coragem de ir em busca de seus sonhos? O livro de possibilidades da protagonista Georgia Byrd me lembrou o de Ellie e Carl em Up, só que a diferença é que o casal da animação colecionava memórias, enquanto que neste filme a personagem colecionava sonhos. Após sofrer um acidente de trabalho, a moça é diagnosticada com uma doença rara, tendo poucos meses de vida. Ela pede demissão, raspa suas economias e vai em busca da realização daqueles sonhos.
No SPA de luxo suíço, Georgia não tem limites nem medos. Nada a assusta ou preocupa, ela só quer viver cada momento, aproveitando ao máximo sua vida. Claro que isso chama a atenção. Uma pessoa sem preocupações é algo a se preocupar e logo todos estão tentando descobrir quem é aquela arqui-milionária sem papas na língua. O roteiro de Jeffrey Price e Peter S. Seaman é feliz ao construir a trama aos poucos, sem que o espectador perceba onde está sendo levado. Ficando até mesmo a dúvida para o final.
O plus é a participação de Gérard Depardieu como um chefe de cozinha encantador. E compõe muito bem a cena junto a Latifah que me surpreendeu. Não há como não se encantar com Georgia. E não é por pena de sua morte eminente, mas sim por seu vigor e paixão pela vida. É interessantíssima cada sequência em que ela pergunta a Deus por que ele lhe deu tudo no momento em que resolve tirar sua vida. Acontece, que esse tudo já estava lá, ela que só teve a coragem de agarrar no momento que achou que ia morrer sem viver o que queria. Quantos de nós passamos pelo mesmo a cada momento?
O ponto fraco é mesmo a direção. Wang tem escolhas primárias e muitas sequências perdem a força porque ele resolveu escolher um enquadramento errado, como o primeiro encontro de Latifah e o chefe Depardieu, ou na cena da sacada do hotel no final. Ainda assim, é um filme válido. Uma comédia romântica diferente.
Porque as pessoas têm tanto medo de viver? É mesmo preciso estar à beira da morte para ter a coragem de ir em busca de seus sonhos? O livro de possibilidades da protagonista Georgia Byrd me lembrou o de Ellie e Carl em Up, só que a diferença é que o casal da animação colecionava memórias, enquanto que neste filme a personagem colecionava sonhos. Após sofrer um acidente de trabalho, a moça é diagnosticada com uma doença rara, tendo poucos meses de vida. Ela pede demissão, raspa suas economias e vai em busca da realização daqueles sonhos.
No SPA de luxo suíço, Georgia não tem limites nem medos. Nada a assusta ou preocupa, ela só quer viver cada momento, aproveitando ao máximo sua vida. Claro que isso chama a atenção. Uma pessoa sem preocupações é algo a se preocupar e logo todos estão tentando descobrir quem é aquela arqui-milionária sem papas na língua. O roteiro de Jeffrey Price e Peter S. Seaman é feliz ao construir a trama aos poucos, sem que o espectador perceba onde está sendo levado. Ficando até mesmo a dúvida para o final.
O plus é a participação de Gérard Depardieu como um chefe de cozinha encantador. E compõe muito bem a cena junto a Latifah que me surpreendeu. Não há como não se encantar com Georgia. E não é por pena de sua morte eminente, mas sim por seu vigor e paixão pela vida. É interessantíssima cada sequência em que ela pergunta a Deus por que ele lhe deu tudo no momento em que resolve tirar sua vida. Acontece, que esse tudo já estava lá, ela que só teve a coragem de agarrar no momento que achou que ia morrer sem viver o que queria. Quantos de nós passamos pelo mesmo a cada momento?
O ponto fraco é mesmo a direção. Wang tem escolhas primárias e muitas sequências perdem a força porque ele resolveu escolher um enquadramento errado, como o primeiro encontro de Latifah e o chefe Depardieu, ou na cena da sacada do hotel no final. Ainda assim, é um filme válido. Uma comédia romântica diferente.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
As férias da minha vida
2010-06-27T08:41:00-03:00
Amanda Aouad
comedia|critica|Gérard Depardieu|Queen Latifah|romance|
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