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Sex and the City 2
Sex and the City 2
Quando a série Sex and the City foi lançada em 1998 era apontada como um destaque na programação por colocar a mulher no foco da narrativa de uma forma diferente. Não era mais a mocinha frágil em busca do seu príncipe encantado. Era a mulher ativa, pensante, trabalhadora, cansada de ser renegada a papel secundário na sociedade. Carrie Bradshaw, Samantha Jones, Charlotte York e Miranda Hobbes são quatro amigas com objetivos definidos e personalidades bem diferentes, que provavelmente se completam. Isso é interessante e fez com que a série fizesse tanto sucesso sendo cultuada até hoje, seis anos após seu término.
O primeiro filme que chegou aos cinema em 2008 centrou em resolver uma questão que ficou em aberto: o relacionamento de Big e Carrie. Seu tom é, então, bem diferente da série, com uma história quase linear com começo, meio e fim. Seu roteiro seguia a estrutura clássica e bem concisa do cinema e cumpre um papel correto ao transportar o universo de uma série televisiva para as grandes telas. Fez algum sentido ao meu ver, mas os fãs não ficaram tão satisfeitos.
Agora, chega esse segundo filme e uma sensação estranha me veio ao sair da sala de projeção. Parece que é uma obra de sobrevida, o último sopro daqueles que não querem largar aquilo que já terminou. É divertido, é muito parecido com a série, os mesmos conflitos, as mesmas discussões e a mesma irmandade presente, porém fica um vazio. Essa fase já havia sido superada, ou não? Parece que das quatro, apenas Miranda conseguiu crescer, sempre prática, sua vida está condizente com sua idade, ao contrário das outras três que parecem ter congelado no tempo em suas inseguranças e desejos.
Michael Patrick King se esforçou para fazer uma direção agradável, mas o roteiro vai do nada ao lugar nenhum. Ao contrário do primeiro filme, em que havia um motivo, nesse segundo, como já falei é apenas uma vontade de prolongar aquele universo e aquelas personagens que viveram de 1998 a 2004. É interessante colocar essas quatro mulheres sempre em busca do futuro e do papel da mulher agora em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde a mulher é menos que um objeto, sem voz ou direitos. Principalmente Samantha, que está cada vez mais estereotipada em sua fome de sexo.
Tem cenas engraçadas, tem momentos muito felizes e algumas surpresas como Liza Minnelli (quem não viu e quiser conferir essa inusitada participação veja aqui), Penélope Cruz e Miley Cyrus. Percebe-se também um cuidado com a direção de arte, principalmente no casamento e no hotel dos Emirados Árabes, além claro, do figurino que faz Carrie parecer sempre uma extravagante modelo nas passarelas. É um filme para fãs matarem saudades, mas espero que percebam que tudo tem um fim. E da própria vez que quiserem rever Carrie Bradshaw, Samantha Jones, Charlotte York e Miranda Hobbes aluguem ou comprem os DVDs das seis temporadas.
O primeiro filme que chegou aos cinema em 2008 centrou em resolver uma questão que ficou em aberto: o relacionamento de Big e Carrie. Seu tom é, então, bem diferente da série, com uma história quase linear com começo, meio e fim. Seu roteiro seguia a estrutura clássica e bem concisa do cinema e cumpre um papel correto ao transportar o universo de uma série televisiva para as grandes telas. Fez algum sentido ao meu ver, mas os fãs não ficaram tão satisfeitos.
Agora, chega esse segundo filme e uma sensação estranha me veio ao sair da sala de projeção. Parece que é uma obra de sobrevida, o último sopro daqueles que não querem largar aquilo que já terminou. É divertido, é muito parecido com a série, os mesmos conflitos, as mesmas discussões e a mesma irmandade presente, porém fica um vazio. Essa fase já havia sido superada, ou não? Parece que das quatro, apenas Miranda conseguiu crescer, sempre prática, sua vida está condizente com sua idade, ao contrário das outras três que parecem ter congelado no tempo em suas inseguranças e desejos.
Michael Patrick King se esforçou para fazer uma direção agradável, mas o roteiro vai do nada ao lugar nenhum. Ao contrário do primeiro filme, em que havia um motivo, nesse segundo, como já falei é apenas uma vontade de prolongar aquele universo e aquelas personagens que viveram de 1998 a 2004. É interessante colocar essas quatro mulheres sempre em busca do futuro e do papel da mulher agora em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde a mulher é menos que um objeto, sem voz ou direitos. Principalmente Samantha, que está cada vez mais estereotipada em sua fome de sexo.
Tem cenas engraçadas, tem momentos muito felizes e algumas surpresas como Liza Minnelli (quem não viu e quiser conferir essa inusitada participação veja aqui), Penélope Cruz e Miley Cyrus. Percebe-se também um cuidado com a direção de arte, principalmente no casamento e no hotel dos Emirados Árabes, além claro, do figurino que faz Carrie parecer sempre uma extravagante modelo nas passarelas. É um filme para fãs matarem saudades, mas espero que percebam que tudo tem um fim. E da própria vez que quiserem rever Carrie Bradshaw, Samantha Jones, Charlotte York e Miranda Hobbes aluguem ou comprem os DVDs das seis temporadas.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Sex and the City 2
2010-06-13T09:21:00-03:00
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