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Revendo Os 12 Macacos
Revendo Os 12 Macacos
Após assistir ao último filme de Heath Ledger, dirigido por Terry Gilliam, me deu saudades de rever Os Doze Macacos, filme que o diretor nos trouxe em 1996 com Bruce Willis e Madelene Stowe. Em uma dessas coincidências do destino na terça-feira ele passou na MGM. O filme é, na verdade uma adaptação de um experimento em foto-relato de 1962, dirigido pelo francês Chris Marker. Confesso que quando assisti "La Jetée" na faculdade tomei um susto. Fotos se sucedem na tela com a narração do protagonista que nos conta sua história inusitada. Ele vive em um futuro apocalíptico e é designado a voltar ao passado para tentar descobrir a cura para um vírus que assola a humanidade.
O formato, no entanto, pode ser cansativo para a maioria das pessoas, apesar de uma belíssima poesia. Por isso, considero Os 12 Macacos uma obra mais do que oportuna. Com uma boa direção, um grande roteiro e interpretações sob medida, o longametragem é uma das ficções científicas que mais me marcou na trajetória cinéfila. Começa da forma mais enigmática possível. Um sonho, uma imagem sem explicação. James Cole acorda e somos apresentados a um futuro apocalíptico. Ele se encontra em uma espécie de prisão subterrânea. Um vírus dizimou 99% da população mundial e para encontrar a cura é preciso voltar ao passado e conseguir uma amostra da fórmula pura. Os cientistas enviam Cole e começa uma trajetória deliciosa de um herói e seu ciclo que se fecha da forma mais inteligente e surpreendente.
A fotografia e os grafismos que compõem a direção de arte dão uma atmosfera interessantíssima tanto ao futuro quanto ao passado. Há um jogo de cores, um paralelo com as épocas. Uma fotografia lavada, sombria, um clima depressivo em toda a trajetória que contrasta com a luz do final. A redenção cíclica do personagem é bonita e profunda. E a questão da validade ou não da raça humana também. Os cientistas do futuro são caricatos, chegando a ser medonhos. Fazendo com que tenhamos a certeza de que eles não valem a pena. Torcemos para que Bruce Willis viva seus pequenos momentos de liberdade.
Tanto o protagonista quanto Madeleine Stowe estão muito bem em seus papéis. A atriz estava em uma fase ótima vinda de O último dos moicanos e Quatro mulheres e um destino. Mas, quem rouba a cena é mesmo Brad Pitt. O ator constrói um louco sádico com uma complexidade incrível. Jeffrey Goines dá medo e nos faz pensar em suas teorias malucas de liberdade de expressão.
Viagem no tempo não é novidade na ficção, roteiros não lineares também. Futuro apocalíptico menos ainda. Ainda assim, Os 12 Macacos tem um ar de inovação. Acrescenta às nossas vidas. Tem drama, humor, suspense, filosofia, romance, tudo envolto por uma idéia genial de um francês que o americano soube reconstruir com maestria. Eu realmente gosto dessa história e do resultado atingido por ela neste filme.
O formato, no entanto, pode ser cansativo para a maioria das pessoas, apesar de uma belíssima poesia. Por isso, considero Os 12 Macacos uma obra mais do que oportuna. Com uma boa direção, um grande roteiro e interpretações sob medida, o longametragem é uma das ficções científicas que mais me marcou na trajetória cinéfila. Começa da forma mais enigmática possível. Um sonho, uma imagem sem explicação. James Cole acorda e somos apresentados a um futuro apocalíptico. Ele se encontra em uma espécie de prisão subterrânea. Um vírus dizimou 99% da população mundial e para encontrar a cura é preciso voltar ao passado e conseguir uma amostra da fórmula pura. Os cientistas enviam Cole e começa uma trajetória deliciosa de um herói e seu ciclo que se fecha da forma mais inteligente e surpreendente.
A fotografia e os grafismos que compõem a direção de arte dão uma atmosfera interessantíssima tanto ao futuro quanto ao passado. Há um jogo de cores, um paralelo com as épocas. Uma fotografia lavada, sombria, um clima depressivo em toda a trajetória que contrasta com a luz do final. A redenção cíclica do personagem é bonita e profunda. E a questão da validade ou não da raça humana também. Os cientistas do futuro são caricatos, chegando a ser medonhos. Fazendo com que tenhamos a certeza de que eles não valem a pena. Torcemos para que Bruce Willis viva seus pequenos momentos de liberdade.
Tanto o protagonista quanto Madeleine Stowe estão muito bem em seus papéis. A atriz estava em uma fase ótima vinda de O último dos moicanos e Quatro mulheres e um destino. Mas, quem rouba a cena é mesmo Brad Pitt. O ator constrói um louco sádico com uma complexidade incrível. Jeffrey Goines dá medo e nos faz pensar em suas teorias malucas de liberdade de expressão.
Viagem no tempo não é novidade na ficção, roteiros não lineares também. Futuro apocalíptico menos ainda. Ainda assim, Os 12 Macacos tem um ar de inovação. Acrescenta às nossas vidas. Tem drama, humor, suspense, filosofia, romance, tudo envolto por uma idéia genial de um francês que o americano soube reconstruir com maestria. Eu realmente gosto dessa história e do resultado atingido por ela neste filme.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Revendo Os 12 Macacos
2010-07-31T10:46:00-03:00
Amanda Aouad
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