Em Nome do Pai
Forte e arrebatador são os adjetivos para explicar o filme do irlandês Jim Sheridan de 1993. Baseado no livro autobiográfico Proved Innocent, de Gerry Conlon, conta a história de um grupo de irlandeses presos pela polícia inglesa acusados injustamente de terroristas. Sem ser partidário, a co-produção Inglaterra, Irlanda e Estados Unidos, expõe a violência extrema da justiça inglesa contra inocentes em busca de saciar a ira da população.
Gerry Conlon é um rebelde irlandês que não aceita a postura conformista do pai em relação à vida. Sua família teme pelo futuro dessa rebeldia, principalmente pela guerrilha em que vivem Inglaterra e Irlanda. Para afastá-lo das lutas, seus pais o enviam para viver com uma tia inglesa. É quando uma bomba do IRA explode em um pub inglês matando vários jovens. Não apenas Conlon e seus amigos são presos e acusados, como toda a família do rapaz, incluindo seu pai, que passa a ser seu colega de cela.
Revoltado com a injustiça que caiu sob sua família, Gerry Conlon fará de tudo para provar sua inocência e limpar o nome de seu pai. Para isso, conta com a ajuda de uma corajosa advogada, Gareth Peirce, vivida por Emma Thompson. A história é narrada em flashback, o que nesse caso torna tudo mais interessante. Já sabemos da inocência do rapaz e nos revoltamos junto com ele por aquilo tudo. Além disso, Em Nome do Pai é a representação da mudança de relação entre pai e filho. Na cadeia, com seu amadurecimento, Gerry aprende não apenas a amar e respeitar seu pai, aprende a demonstrar todo o orgulho e gratidão por aquele lhe colocou no mundo.
Emma Thompson está muito bem como a advogada Peirce. Forte, determinada, justa, expõe ao mundo toda a revolta daquele caso. Pete Postlethwaite dá uma boa carga de emoção a Giuseppe Conlon. Mas, se o filme tem um nome, este é Daniel Day-Lewis. O ator que já havia trabalhado com Sheridan em Meu Pé Esquerdo, outra interpretação fenomenal, consegue trazer toda a angústia interna de um homem injustiçado. Gerry Conlon é o perfeito anti-herói que amamos apesar dos defeitos. E a composição de Day-Lewis é a maior responsável por isso.
Aclamado por todos, o filme só não teve mais prêmios pela infelicidade de ter sido lançado no mesmo ano de A Lista de Schindler. Ainda assim, levou Urso de Ouro em Berlim e melhor filme estrangeiro na Itália - Prêmio David di Donatello. Daniel Day-Lewis foi considerado melhor ator no Prêmio BSFC e Emma Thompson melhor atriz coadjuvante no Prêmio KCFCC. Imparcial, sem sentimentalismo ou panfletagem, Em Nome do Pai é uma lição de cinema e atitude. Daqueles filmes que não envelhecem, se renovam.
Gerry Conlon é um rebelde irlandês que não aceita a postura conformista do pai em relação à vida. Sua família teme pelo futuro dessa rebeldia, principalmente pela guerrilha em que vivem Inglaterra e Irlanda. Para afastá-lo das lutas, seus pais o enviam para viver com uma tia inglesa. É quando uma bomba do IRA explode em um pub inglês matando vários jovens. Não apenas Conlon e seus amigos são presos e acusados, como toda a família do rapaz, incluindo seu pai, que passa a ser seu colega de cela.
Revoltado com a injustiça que caiu sob sua família, Gerry Conlon fará de tudo para provar sua inocência e limpar o nome de seu pai. Para isso, conta com a ajuda de uma corajosa advogada, Gareth Peirce, vivida por Emma Thompson. A história é narrada em flashback, o que nesse caso torna tudo mais interessante. Já sabemos da inocência do rapaz e nos revoltamos junto com ele por aquilo tudo. Além disso, Em Nome do Pai é a representação da mudança de relação entre pai e filho. Na cadeia, com seu amadurecimento, Gerry aprende não apenas a amar e respeitar seu pai, aprende a demonstrar todo o orgulho e gratidão por aquele lhe colocou no mundo.
Emma Thompson está muito bem como a advogada Peirce. Forte, determinada, justa, expõe ao mundo toda a revolta daquele caso. Pete Postlethwaite dá uma boa carga de emoção a Giuseppe Conlon. Mas, se o filme tem um nome, este é Daniel Day-Lewis. O ator que já havia trabalhado com Sheridan em Meu Pé Esquerdo, outra interpretação fenomenal, consegue trazer toda a angústia interna de um homem injustiçado. Gerry Conlon é o perfeito anti-herói que amamos apesar dos defeitos. E a composição de Day-Lewis é a maior responsável por isso.
Aclamado por todos, o filme só não teve mais prêmios pela infelicidade de ter sido lançado no mesmo ano de A Lista de Schindler. Ainda assim, levou Urso de Ouro em Berlim e melhor filme estrangeiro na Itália - Prêmio David di Donatello. Daniel Day-Lewis foi considerado melhor ator no Prêmio BSFC e Emma Thompson melhor atriz coadjuvante no Prêmio KCFCC. Imparcial, sem sentimentalismo ou panfletagem, Em Nome do Pai é uma lição de cinema e atitude. Daqueles filmes que não envelhecem, se renovam.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Em Nome do Pai
2010-08-04T08:25:00-03:00
Amanda Aouad
critica|Daniel Day Lewis|drama|Emma Thompson|
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