Eu e meu guarda-chuva
Baseado no livro do Titã Branco Mello, Eu e meu guarda-chuva é um belo exemplar de filme infantil nacional. No geral, tem uma produção bem feita, com um bom elenco infantil e uma história envolvente. Claro que as técnicas de produção e cenários deixam um pouco a desejar em vários momentos, principalmente quando o cenário de fundo é claramente um painel pintado, mas ainda assim, Toni Vanzolini conseguiu nos convencer em seu primeiro longametragem. O roteiro de Adriana Falcão, Marcelo Gonçalves e Bernardo Guilherme é muito bem realizado e consegue empolgar as crianças e entreter os adultos com muita fábula e sonho.
A história gira em torno de três amigos, Eugênio, Cebola e Frida, que resolvem explorar a nova escola um dia antes do início das aulas. O local possui uma lenda de ser mal assombrado pelo fantasma do Barão Von Staffen, fundador do colégio que não suporta crianças burras. Ele costumava torturar os alunos com perguntas diversas e teria morrido do coração após enfrentar a criança mais burra que já tinha visto. Eugênio cresceu ouvindo seu avô contar essas histórias, mas agora, com a morte do senhor, ele tinha apenas seu velho guarda-chuva como companheiro nesta jornada.
Com um clima de Castelo Rá Tim Bum, Eu e meu guarda-chuva bebe na fonte de vários contos e lendas infantis. O local onde Cebola e Eugênio encontram Arnaldo Antunes, por exemplo, lembra muito O Pequeno Príncipe em algum daqueles planetas com seus donos enigmáticos. O fato de ser três crianças, uma menina e dois meninos em um colégio mágico contra um vilão também nos dá um quê de Harry Potter. Ainda assim, consegue ser criativo e bem humorado. A única coisa que cansa é a piada da dor de barriga que não apenas é exaustivamente usada como serve de muleta para resolver vários plots do roteiro.
O elenco infantil está bem, convencendo em seus papéis sem nenhuma afetação característica da idade. Mas, o destaque fica mesmo por conta de Daniel Dantas, como o caricato malvado Barão. Transformado como um vilão típico de histórias em quadrinhos, ele mete medo nas crianças com suas aparições fantasmagóricas e perguntas ferinas.
O filme teve ainda cenas na Suécia e República Tcheca, caprichando, no geral, na direção de arte, função original de Vanzolini. Tudo isso, dá esperanças e me deixa bastante feliz com os novos rumos do cinema infantil brasileiro que parece ter engrenado de uma vez. Não dependemos apenas de Xuxas e Trapalhões enfim. Tomara que muitos outros surjam logo e que cada vez mais possamos evoluir no gênero. A estreia no fim de semana véspera do dia das crianças é mais do que propícia. Que os pequenos possam lotar as salas e tornar essa investida um grande sucesso.
A história gira em torno de três amigos, Eugênio, Cebola e Frida, que resolvem explorar a nova escola um dia antes do início das aulas. O local possui uma lenda de ser mal assombrado pelo fantasma do Barão Von Staffen, fundador do colégio que não suporta crianças burras. Ele costumava torturar os alunos com perguntas diversas e teria morrido do coração após enfrentar a criança mais burra que já tinha visto. Eugênio cresceu ouvindo seu avô contar essas histórias, mas agora, com a morte do senhor, ele tinha apenas seu velho guarda-chuva como companheiro nesta jornada.
Com um clima de Castelo Rá Tim Bum, Eu e meu guarda-chuva bebe na fonte de vários contos e lendas infantis. O local onde Cebola e Eugênio encontram Arnaldo Antunes, por exemplo, lembra muito O Pequeno Príncipe em algum daqueles planetas com seus donos enigmáticos. O fato de ser três crianças, uma menina e dois meninos em um colégio mágico contra um vilão também nos dá um quê de Harry Potter. Ainda assim, consegue ser criativo e bem humorado. A única coisa que cansa é a piada da dor de barriga que não apenas é exaustivamente usada como serve de muleta para resolver vários plots do roteiro.
O elenco infantil está bem, convencendo em seus papéis sem nenhuma afetação característica da idade. Mas, o destaque fica mesmo por conta de Daniel Dantas, como o caricato malvado Barão. Transformado como um vilão típico de histórias em quadrinhos, ele mete medo nas crianças com suas aparições fantasmagóricas e perguntas ferinas.
O filme teve ainda cenas na Suécia e República Tcheca, caprichando, no geral, na direção de arte, função original de Vanzolini. Tudo isso, dá esperanças e me deixa bastante feliz com os novos rumos do cinema infantil brasileiro que parece ter engrenado de uma vez. Não dependemos apenas de Xuxas e Trapalhões enfim. Tomara que muitos outros surjam logo e que cada vez mais possamos evoluir no gênero. A estreia no fim de semana véspera do dia das crianças é mais do que propícia. Que os pequenos possam lotar as salas e tornar essa investida um grande sucesso.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Eu e meu guarda-chuva
2010-10-07T08:48:00-03:00
Amanda Aouad
aventura|cinema brasileiro|critica|filme brasileiro|infantil|
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