

Baseado nos livros infantis da série Guardians of Ga’Hoole, de Kathryn Lasky, o filme conta a história de Soren e Kludd, duas jovens corujas irmãs que são raptadas por uma raça de corujas que pretende dominar o mundo com uma raça de corujas puras. Soren, sempre sonhador, tenta fugir em busca dos Guardiões, heróis lendários que ele sempre acompanhou nas histórias que seu pai contava, mas que ninguém sabe se são reais. Já Kludd que sempre desdenhou dos sonhos do irmão, vê no local a oportunidade de se destacar de alguma forma. Nessa guerra entre o bem e o mal, o mundo das corujas irá se dividir e batalhas serão travadas. O roteiro de John Orloff e Emil Stern não prima pela criatividade, como vocês podem perceber, mas a história nos envolve. Até porque utiliza todos os passos da jornada do herói, em uma passagem quase didática para roteiristas iniciantes. Está tudo lá. E é incrível como funciona.

“Não é a fantasia de toda criança tornar-se personagem da sua história favorita?”, pergunta o diretor Zack Snyder. Pois é. Isso é que conquista na história, embarcar no sonho da corujinha. No início do filme vemos Soren e sua irmãzinha Eglantine brincando de batalha e a pequena reclama que era a vez dela ser Ezylryb, o grande herói daquela batalha. Enquanto isso, Kludd faz comentários maldosos para acabar com a brincadeira. Todos esses detalhes são importantes para o que está por vir. Agora, ainda assim, tem muita coisa forçada e alguns furos. O que não tira o charme do geral.


A Lenda dos Guardiões é daqueles filmes para sentar na sala de cinema e curtir o espetáculo. Sem muito senso crítico, nem ficar procurando entender por que eles fizeram isso e não aquilo, como se juntaram ou aprenderam determinadas coisas tão rápidas, ou como uma cobra pode ser babá de uma coruja. Esqueçam os detalhes racionais e embarquem nessa aventura com o mesmo afã sonhador de Soren. Ela será inesquecível.