Uma linda Mulher
Não há como negar, foi com esse filme que Julia Roberts se tornou uma estrela de primeira grandeza. O título do filme virou quase um apelido da atriz, sendo referência em todos os seus trabalhos futuros. O filme de Garry Marshall é uma típica comédia romântica baseada no argumento de Cinderela. A transformação da prostituta Vivian através do amor de Edward Lewis é um conto de fadas inspirador. Como não lembrar de cenas clássicas a exemplo dela na loja de roupas, quando faz sua transformação ao som da música de Roy Orbison. E claro, a cena final.
Um Lugar chamado Notting Hill
Adoro as comédias românticas inglesas. Tem um charme e inteligência especial, principalmente as protagonizadas por Hugh Grant. Acho que esse filme não chega a superar Quatro Casamentos e um Funeral, mas é simpaticamente cativante, principalmente em seus detalhes. Roger Mitchell soube explorar bem a situação de uma grande estrela de cinema apaixonada por um cidadão inglês comum. Julia Roberts é Anna Scott, essa atriz famosa que esbarra quase por acaso com o pacato William e vivem um estranho romance. Cenas como a primeira vez em que ela visita a casa da família dele ou ele entrevistando o elenco do filme por engano, além do maluco amigo posando para a multidão de fotógrafos apenas de cuecas são ótimas. Temos também momentos românticos como ela dizendo ser "apenas uma mulher na frente de um homem, pedindo para ser amada". E claro o final, que é uma das soluções mais inteligentes e bem dirigidas de comédias românticas naquela coletiva de imprensa.
Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento
E claro, não poderia deixar de entrar na lista o filme que deu o Oscar a Julia Roberts. Como disse na crítica do filme, mais do que um filme sobre uma mulher de talento, Erin Brockovich dirigido por Steven Soderbergh em 2000 é uma lição de vida, um alerta para o cuidado com o meio ambiente e, o mais importante, baseado em uma história real. Uma mulher que fica desempregada, cheia de dívidas e resolve estagiar no escritório do seu advogado acaba se envolvendo na maior ação do país, lutando contra a intoxicação por Cromo 6.
A Mexicana
Juntar Julia Roberts e Brad Pitt é sucesso garantido, certo? Errado. Lançado para ser um sucesso, o filme de Gore Verbinski foi um fracasso estrondoso de bilheteria, e hoje está quase esquecido na memória cinéfila. Não chega a ser um filme ruim, talvez o diretor pouco experiente tenha deixado o caldo desandar. Mas, o fato é que ele é uma mistura de comédia, policial, romance em uma história meio absurda. Afinal, Brad Pitt é um gângster que precisa ir ao México para resgatar uma pistola chamada "A Mexicana", que possui uma espécie de maldição. Enquanto isso, sua esposa, vivida por Julia Roberts que o pressionava a largar essa vida, é mantida como prisioneira do chefe até que ele volte com a missão cumprida. Precisa explicar mais?
Prêt-à-Porter
Antes de mais nada, devo dizer que eu adoro esse filme de Robert Altman. O humor negro do diretor / roteirista, a forma como ele conduz a história, o desfecho no desfile e aquela cena final ao som de La Vie en Rose, me empolgaram. Agora, o que Julia Roberts fez nesse filme? Ficou em um quarto de hotel bebendo champanhe e tendo relações sexuais com um desconhecido vivido por Tim Robbins. É tão desconectado do restante da trama que nem são citados na sinopse oficial.
Noiva em Fuga
Lamentável, é como posso definir a idéia que Garry Marshall teve de reunir novamente o casal emblemático de seu sucesso Uma linda mulher. Toda a história do filme é uma grande besteira. Uma mulher conhecida por fugir de casamentos é alvo de um jornalista machista. Porque ela foge de casamentos, nem ela mesma sabe explicar, mas quando os dois vão se enfrentar o resultado é o mais óbvio possível. Com uma reviravolta ou outra engraçada, não dá mesmo para considerar esse um bom filme.