A arte da dublagem
No post de sexta-feira, reclamei de terem escolhido Luciano Huck para dublar Flynn Rider em Enrolados. Queria deixar claro que não tenho nada contra o apresentador da Rede Globo. Acho até seu programa interessante. "Bem feitinho", como ele brincou com o CQC. O problema é que existem tantos bons dubladores no Brasil que não dá para entender o porquê de escolherem famosos como se isso fosse atrair público. O mais importante é funcionar na história.
Para homenagear os profissionais da dublagem brasileira, coloco aqui o documentário "Eu conheço essa voz", produzido por alunos da PUC visando divulgar essa profissão tão desvalorizada. Crescemos ouvindo essas vozes, seus trejeitos, sotaques. Assistir filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, mas no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu charme, afinal, mesmo o original é uma dublagem. A diferença é que, com a evolução da tecnologia, cada vez mais as dublagens originais são trabalhadas para casar perfeitamente com o movimento de boca e expressões do personagem. Além disso, alguns efeitos sonoros se perdem, por mais que os estúdios enviem as cópias com vários canais de áudio separados.
Ainda assim, esses talentosos profissionais brasileiros fazem de tudo para entregar o melhor trabalho, como tive o prazer de ver ano passado aqui em Salvador na sessão de dublagem ao vivo. Por mais que muitos, incluindo eu, prefiram ver o filme no original a função dessa profissão para a conquista de público é importantíssima, principalmente em um filme infantil, onde a criançada ainda não consegue acompanhar legendas. Por isso, faço quase um apelo aos produtores locais. Vamos valorizar a dublagem brasileira. Não chamem pessoas famosas achando que isso vai valorizar seu filme, pois pode acabar se revertendo em algo muito ruim. Já vi diversas manifestações contra Luciano Huck em Enrolados na internet.
Vejam a primeira parte do documentário "Eu conheço essa voz", são quatro no total e estão todas neste canal, e digam se não tenho razão de levantar minha voz em favor desses profissionais.
Para homenagear os profissionais da dublagem brasileira, coloco aqui o documentário "Eu conheço essa voz", produzido por alunos da PUC visando divulgar essa profissão tão desvalorizada. Crescemos ouvindo essas vozes, seus trejeitos, sotaques. Assistir filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, mas no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu charme, afinal, mesmo o original é uma dublagem. A diferença é que, com a evolução da tecnologia, cada vez mais as dublagens originais são trabalhadas para casar perfeitamente com o movimento de boca e expressões do personagem. Além disso, alguns efeitos sonoros se perdem, por mais que os estúdios enviem as cópias com vários canais de áudio separados.
Ainda assim, esses talentosos profissionais brasileiros fazem de tudo para entregar o melhor trabalho, como tive o prazer de ver ano passado aqui em Salvador na sessão de dublagem ao vivo. Por mais que muitos, incluindo eu, prefiram ver o filme no original a função dessa profissão para a conquista de público é importantíssima, principalmente em um filme infantil, onde a criançada ainda não consegue acompanhar legendas. Por isso, faço quase um apelo aos produtores locais. Vamos valorizar a dublagem brasileira. Não chamem pessoas famosas achando que isso vai valorizar seu filme, pois pode acabar se revertendo em algo muito ruim. Já vi diversas manifestações contra Luciano Huck em Enrolados na internet.
Vejam a primeira parte do documentário "Eu conheço essa voz", são quatro no total e estão todas neste canal, e digam se não tenho razão de levantar minha voz em favor desses profissionais.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
A arte da dublagem
2011-01-09T15:12:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|aventura|Especial|infantil|materias|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais populares do site
-
Steven Spielberg sempre foi um mestre em capturar o imaginário do público e Contatos Imediatos do Terceiro Grau é um exemplo brilhante de ...
-
Eletrizante é a melhor palavra para definir esse filme de Tony Scott . Que o diretor sabe fazer filmes de ação não é novidade, mas uma tra...
-
E na nossa cobertura do FICI - Festival Internacional de Cinema Infantil , mais uma vez pudemos conferir uma sessão de dublagem ao vivo . Ou...
-
O CinePipocaCult adverte: se você sofre de claustrofobia, síndrome do pânico ou problemas cardíacos é melhor evitar esse filme. Brincadeiras...
-
Clint Eastwood me conquistou aos poucos. Ele sabe como construir um filme que emociona e, agora, parece ter escolhido Matt Damon como seu ...
-
Entre os dias 24 e 28 de julho, Salvador respira cinema com a sétima edição da Mostra Lugar de Mulher é no Cinema. E nessa edição, a propost...
-
A adaptação cinematográfica de O Fantasma da Ópera (2004), dirigida por Joel Schumacher , transporta o icônico musical de Andrew Lloyd Webb...
-
Quando Twister chegou às telas em 1996, trouxe consigo um turbilhão de expectativas e adrenalina. Sob a direção de Jan de Bont , conhecido ...
-
Metallica Through The Never não é um documentário , nem mesmo um show filmado, muito menos um filme de ficção . É uma mistura psicodélica...