Ao som de O Bolero de Ravel, bailarinos, cantores, músicos e maestro se reúnem para celebrar a vida. Na platéia outros personagens daquela história, assim como a repórter que cobre o evento e outros que assistem pela televisão. Acho que é o final de filme mais emblemático que tenho lembranças. Forte, emocionante, significativo. Destaque ainda para aparição quase relâmpago de Sharon Stone como a moça ao lado de James Caan no quarto do hotel. Essa figuração foi a primeira participação da atriz no cinema.
Jorge Donn é a maior estrela do número, dançando o Bolero de uma forma incrível e marcante. Seu corpo segue o compasso da música. Agora, a voz de Geraldine Chaplin também merece destaque, dando um charme a mais na execução da obra, acompanhada do timbre de Manuel Gélin numa belíssima performace.
Em termos de direção, construção de cena ou roteiro há pouco a se analisar. A música rege a cena, a câmera apenas busca registrar as expressões de cada personagem e a composição geral do evento, dando a dimensão exata do que aquilo representa. Melhor ficarem com a cena. E que 2011 chegue em grande estilo.