Incontrolável
Eletrizante é a melhor palavra para definir esse filme de Tony Scott. Que o diretor sabe fazer filmes de ação não é novidade, mas uma trama baseada em uma história real sempre tem um lado fácil e outro difícil. Você não pode ser acusado de algo incrível, mas pode ser de ter exagerado ou distorcido o real. O fato é que um trem descontrolado, com uma carga explosiva passeando por cidades populosas é algo que nos deixa grudados na tela, torcendo por um desfecho feliz.
Frank, vivido por Denzel Washington, é um engenheiro ferroviário veterano que está duplando com o novato Will, vivido por Chris Pine. Ambos não sabem que se envolverão até o final do dia em uma história que poderá torná-los heróis ou vítimas de uma tragédia. Em um ponto do Estado, um funcionário faz uma grande besteira ao sair do trem para mudar o curso do trilho. Sem conseguir voltar à cabine, acaba disparando uma bomba sem destino, já que a carga do trem é composta por materiais inflamáveis e tóxicos.
O roteiro de Mark Bomback é bastante feliz ao apresentar a situação em poucos minutos, construindo a tensão aos poucos. Primeiro vemos o trem ser desgarrado, depois percebemos que está desgovernado até saber a carga que ele leva. A forma como os dois protagonistas são apresentados e vão aos poucos sendo envolvidos na trama principal é também interessante. Mas, tanto Bomback, quanto Scott sabem a história que têm nas mãos e que o público quer mesmo é estar com a adrenalina em alta. Então, abusam das cenas de tensão, de iminência de tragédia, de expectativa. As crianças cantarolando no trem que está prestes a cruzar com o 777 possui uma irritante boa progressão. As pessoas acompanhando as notícias de diversos pontos cumprem seu papel. E os familiares de Frank e Will são o ponto melodramático necessário para compor o drama humano.
O filme se concentra no trem e em três personagens chaves nessa trama. Os já citados Will e Frank, além de Connie Hooper, vivida por Rosario Dawson, que fica monitorando a dupla na cabine de controle. O trio se entende bem na tela, construindo uma cumplicidade interessante diante da tragédia iminente. Os diálogos através do rádio, as situações construídas, os paralelos com as famílias dos dois. As interpretações são corretas, sem muitos destaques, afinal, o que importa ali é a ação.
Por ser baseado em uma história real, a trama ganha um colorido extra e a conclusão não fica mentirosa. Pelo contrário, mesmo com cenas espetaculares, o filme possui um clima realista. Nos vemos torcendo por aqueles dois pulando em um trem a 120km por hora. É o típico blockbuster bem realizado. Um filme de ação sem maiores compromissos. E é sempre bom ver Denzel Washington na tela. Daqueles que funciona como uma luva para quem gosta do gênero.
Frank, vivido por Denzel Washington, é um engenheiro ferroviário veterano que está duplando com o novato Will, vivido por Chris Pine. Ambos não sabem que se envolverão até o final do dia em uma história que poderá torná-los heróis ou vítimas de uma tragédia. Em um ponto do Estado, um funcionário faz uma grande besteira ao sair do trem para mudar o curso do trilho. Sem conseguir voltar à cabine, acaba disparando uma bomba sem destino, já que a carga do trem é composta por materiais inflamáveis e tóxicos.
O roteiro de Mark Bomback é bastante feliz ao apresentar a situação em poucos minutos, construindo a tensão aos poucos. Primeiro vemos o trem ser desgarrado, depois percebemos que está desgovernado até saber a carga que ele leva. A forma como os dois protagonistas são apresentados e vão aos poucos sendo envolvidos na trama principal é também interessante. Mas, tanto Bomback, quanto Scott sabem a história que têm nas mãos e que o público quer mesmo é estar com a adrenalina em alta. Então, abusam das cenas de tensão, de iminência de tragédia, de expectativa. As crianças cantarolando no trem que está prestes a cruzar com o 777 possui uma irritante boa progressão. As pessoas acompanhando as notícias de diversos pontos cumprem seu papel. E os familiares de Frank e Will são o ponto melodramático necessário para compor o drama humano.
O filme se concentra no trem e em três personagens chaves nessa trama. Os já citados Will e Frank, além de Connie Hooper, vivida por Rosario Dawson, que fica monitorando a dupla na cabine de controle. O trio se entende bem na tela, construindo uma cumplicidade interessante diante da tragédia iminente. Os diálogos através do rádio, as situações construídas, os paralelos com as famílias dos dois. As interpretações são corretas, sem muitos destaques, afinal, o que importa ali é a ação.
Por ser baseado em uma história real, a trama ganha um colorido extra e a conclusão não fica mentirosa. Pelo contrário, mesmo com cenas espetaculares, o filme possui um clima realista. Nos vemos torcendo por aqueles dois pulando em um trem a 120km por hora. É o típico blockbuster bem realizado. Um filme de ação sem maiores compromissos. E é sempre bom ver Denzel Washington na tela. Daqueles que funciona como uma luva para quem gosta do gênero.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Incontrolável
2011-01-05T08:40:00-03:00
Amanda Aouad
acao|Chris Pine|critica|Denzel Washington|oscar 2011|Rosario Dawson|Tony Scott|
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