O Julgamento de Paris
Qual o melhor vinho do mundo? O mais interessante desse filme é a história real da quebra de tradições milenares. O Vale do Loire pode ser lendário em seu cultivo de vinho, mas em uma competição às cegas, foi o vinho feito na Califórnia, nos Estados Unidos, que sagrou-se vencedor. O que prova que nada é tão determinante nesse mundo. Estrelado por Alan Rickman, o filme é um divertido retrato de como persistência e talento podem superar a tradição. Dirigido por Randall Miller, O Julgamento de Paris conta uma trama baseada em uma história real de uma forma bem divertida e interessante.
Alan Rickman é Steven Spurrier, um sommelier dono de uma adega em Paris que tem uma ideia para se aproximar da federação de produtores de vinho. O Estados Unidos estão começando a produzir a bebida na Califórnia e começam os boatos de que o produto é realmente bom. Spurrier se dispõe a ir a Califórnia provar os vinhos, escolhendo os melhores produtores para uma competição às cegas em Paris. Para os franceses é a forma de comprovar que a fama de seus vinhos não é por acaso. Para os californianos é uma oportunidade de serem avaliados sem preconceito.
A história real aconteceu em 24 de maio de 1976 na capital francesa e marcou o mundo. Eram seis vinhos da Califórnia contra quatro franceses em cada categoria. Nos vinhos brancos, a vitória americana foi mais expressiva, como mostra a análise do blog Jornal do Vinho. Aliás, nesse mesmo blog você encontra a pontuação final de cada vinho, retirada do livro de George M. Taber, único jornalista a cobrir o evento, que tem seu artigo original publicado aqui.
A trama se desenvolve de forma interessante mesclando o ponto de vista de Spurrier com a dos produtores californianos. Na verdade, a grande disputa é apenas a cereja do bolo. O filme trata da busca por reconhecimento. É o empresário que quer ser reconhecido pelos iguais. O filho que quer o reconhecimento do pai. O homem que acredita em seu sonho. O rapaz que quer ir além do que sua família sonha. A moça que quer entender tudo sobre vinho.
O grande chamariz dessa história que a torna especial é mesmo o fato de ser verídico. O elenco também ajuda. Além de Alan Rickman, temos Bill Pullman em boa atuação e Chris Pine defendendo bem o herói do filme Bo Barrett. O roteiro de Ross Schwartz com o próprio diretor é bem feliz, nos envolvendo com os personagens americanos e nos fazendo torcer por eles. A narrativa é gostosa de acompanhar e a direção é correta, tornando o filme bastante agradável. Preparem a garrafa de vinho, pois vai dar vontade de experimentar uma boa safra.
Alan Rickman é Steven Spurrier, um sommelier dono de uma adega em Paris que tem uma ideia para se aproximar da federação de produtores de vinho. O Estados Unidos estão começando a produzir a bebida na Califórnia e começam os boatos de que o produto é realmente bom. Spurrier se dispõe a ir a Califórnia provar os vinhos, escolhendo os melhores produtores para uma competição às cegas em Paris. Para os franceses é a forma de comprovar que a fama de seus vinhos não é por acaso. Para os californianos é uma oportunidade de serem avaliados sem preconceito.
A história real aconteceu em 24 de maio de 1976 na capital francesa e marcou o mundo. Eram seis vinhos da Califórnia contra quatro franceses em cada categoria. Nos vinhos brancos, a vitória americana foi mais expressiva, como mostra a análise do blog Jornal do Vinho. Aliás, nesse mesmo blog você encontra a pontuação final de cada vinho, retirada do livro de George M. Taber, único jornalista a cobrir o evento, que tem seu artigo original publicado aqui.
A trama se desenvolve de forma interessante mesclando o ponto de vista de Spurrier com a dos produtores californianos. Na verdade, a grande disputa é apenas a cereja do bolo. O filme trata da busca por reconhecimento. É o empresário que quer ser reconhecido pelos iguais. O filho que quer o reconhecimento do pai. O homem que acredita em seu sonho. O rapaz que quer ir além do que sua família sonha. A moça que quer entender tudo sobre vinho.
O grande chamariz dessa história que a torna especial é mesmo o fato de ser verídico. O elenco também ajuda. Além de Alan Rickman, temos Bill Pullman em boa atuação e Chris Pine defendendo bem o herói do filme Bo Barrett. O roteiro de Ross Schwartz com o próprio diretor é bem feliz, nos envolvendo com os personagens americanos e nos fazendo torcer por eles. A narrativa é gostosa de acompanhar e a direção é correta, tornando o filme bastante agradável. Preparem a garrafa de vinho, pois vai dar vontade de experimentar uma boa safra.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Julgamento de Paris
2011-01-18T08:06:00-03:00
Amanda Aouad
Alan Rickman|Bill Pullman|Chris Pine|comedia|critica|drama|
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