Christian Bale, um vencedor
Reclamei muito de Melissa Leo, desde sua indicação, seu favoritismo e consagração com aquele discurso ensaiado de surpresa que não convenceu a ninguém. Mas, tenho que reconhecer que a força do filme O Vencedor está nas interpretações. Nada mais justo, então, do que resgatar alguns momentos da carreira do melhor ator na minha opinião deste filme. Christian Bale rouba a cena como o irmão mais velho, ex-boxer, viciado em crack e com uma vida atribulada. Um ator versátil, daqueles raros atores mirins que continuam a carreira de forma vitoriosa e que já teve as maiores mudanças de manequim que já presenciei em um ator, basta comparar Batman com O Operário, e que teve seu lugar reconhecido com o Oscar de ator coadjuvante. Aqui, alguns filmes que chamam a atenção em sua filmografia.
Império do Sol (1987)
Não dá para falar de Christian Bale sem falar dessa obra sensível de Steven Spielberg. Um menino ainda, mas com uma atução marcante que consegue segurar essa difícil história. Acostumado a um alto padrão de vida, Jim se vê preso em um campo de concentração, passando por diversas privações. Pode não ser a melhor coisa que ele já fez na vida, mas é daqueles filmes que marcam a quem assiste, ainda mais se você também é uma menina, como eu era na época.
Psicopata Americano (2000)
Como esquecer de Patrick Bateman e seu olhar cínico. Christian Bale consegue nos envolver e o tememos ao mesmo tempo em que admiramos. Sua construção nos dá emoções controversas e a forma como termina acaba nos incomodando, mas ao mesmo tempo, não seria isso que queríamos?
Equilibrium (2002)
Nunca vou esquecer a capa desse DVD com os dizeres "Esqueça Matrix". Esqueça mesmo, porque o filme de Kurt Wimmer nada tem a ver com o dos irmãos Wachowski. Só que é futurista e que os seres humanos vivem presos e vigiados. Até aí, parece mais com 1984. De qualquer forma, apesar da propaganda oportunista, Christian Bale faz um personagem interessante, mesmo que clichê, o operário padrão, vingador da ordem que um dia se volta contra ela.
O Operário (2004)
Uma transforção física incrível, uma construção psicológia impressionante. Christian Bale é Trevor Reznik um operário que não consegue dormir há um ano. Sua mente começa a ficar perturbada com coisas que ele não sabe se são alucinações ou realidade. Talvez, um complô para enlouquecê-lo. Sua interpretação nos envolve e colamos junto a ele nessa loucura. Quando tudo se explica, o roteiro fica ainda mais brilhante e a atuação de Bale coroada.
Batman Begins (2005)
Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)
Quando Christopher Nolan assumiu a história do homem-morcego com a proposta de tornar o personagem mais realista, precisava de um ator que o encarasse desta mesma forma. Christian Bale surgiu como a escolha certa, um bom ator, com capacidade de convencer em qualquer papel e construir um físico capaz de torná-lo um herói. A voz rouca criada para o personagem não agradou muito, mas a complexidade da personalidade de Bruce Wayne caiu como uma luva para o ator. Verdade seja dita, no entanto, que o nome dessa série será sempre Heath Ledger com seu enlouquecido Coringa.
O Vencedor (2010)
E finalmente o papel que lhe deu o Oscar, Globo de Ouro e SAG, além da indicaçãou ao BAFTA. Dicky Ecklund é um personagem que nos dá raiva, compaixão, admiração ao mesmo tempo. É ele o grande vencedor daquela história. E Christian Bale rouba a cena sempre que aparece na tela. Mereceu todas as indicações e prêmios.
Império do Sol (1987)
Não dá para falar de Christian Bale sem falar dessa obra sensível de Steven Spielberg. Um menino ainda, mas com uma atução marcante que consegue segurar essa difícil história. Acostumado a um alto padrão de vida, Jim se vê preso em um campo de concentração, passando por diversas privações. Pode não ser a melhor coisa que ele já fez na vida, mas é daqueles filmes que marcam a quem assiste, ainda mais se você também é uma menina, como eu era na época.
Psicopata Americano (2000)
Como esquecer de Patrick Bateman e seu olhar cínico. Christian Bale consegue nos envolver e o tememos ao mesmo tempo em que admiramos. Sua construção nos dá emoções controversas e a forma como termina acaba nos incomodando, mas ao mesmo tempo, não seria isso que queríamos?
Equilibrium (2002)
Nunca vou esquecer a capa desse DVD com os dizeres "Esqueça Matrix". Esqueça mesmo, porque o filme de Kurt Wimmer nada tem a ver com o dos irmãos Wachowski. Só que é futurista e que os seres humanos vivem presos e vigiados. Até aí, parece mais com 1984. De qualquer forma, apesar da propaganda oportunista, Christian Bale faz um personagem interessante, mesmo que clichê, o operário padrão, vingador da ordem que um dia se volta contra ela.
O Operário (2004)
Uma transforção física incrível, uma construção psicológia impressionante. Christian Bale é Trevor Reznik um operário que não consegue dormir há um ano. Sua mente começa a ficar perturbada com coisas que ele não sabe se são alucinações ou realidade. Talvez, um complô para enlouquecê-lo. Sua interpretação nos envolve e colamos junto a ele nessa loucura. Quando tudo se explica, o roteiro fica ainda mais brilhante e a atuação de Bale coroada.
Batman Begins (2005)
Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)
Quando Christopher Nolan assumiu a história do homem-morcego com a proposta de tornar o personagem mais realista, precisava de um ator que o encarasse desta mesma forma. Christian Bale surgiu como a escolha certa, um bom ator, com capacidade de convencer em qualquer papel e construir um físico capaz de torná-lo um herói. A voz rouca criada para o personagem não agradou muito, mas a complexidade da personalidade de Bruce Wayne caiu como uma luva para o ator. Verdade seja dita, no entanto, que o nome dessa série será sempre Heath Ledger com seu enlouquecido Coringa.
O Vencedor (2010)
E finalmente o papel que lhe deu o Oscar, Globo de Ouro e SAG, além da indicaçãou ao BAFTA. Dicky Ecklund é um personagem que nos dá raiva, compaixão, admiração ao mesmo tempo. É ele o grande vencedor daquela história. E Christian Bale rouba a cena sempre que aparece na tela. Mereceu todas as indicações e prêmios.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Christian Bale, um vencedor
2011-03-03T08:25:00-03:00
Amanda Aouad
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