Insônia
E já que ontem falei de um remake de um filme dinamarquês, vamos hoje com um remake de norueguês. Americano adora isso, né? Apesar de achar essa mania egocêntrica ao extremo, devo admitir que se não fosse pela direção de Christopher Nolan e a presença de Al Pacino, Robin Williams e Hilary Swank no elenco, eu provavelmente passaria longe desse longametragem. Aliás, tentei encontrar o original depois disso, mas não consegui. Daqueles filmes que ficam perdidos para o resto do mundo, já que é uma produção de 1997 e provavelmente não tem nem cópia em DVD no Brasil.
Al Pacino é Will Dormer, um policial enviado ao Alasca para investigar a morte de uma garota. Lá vários problemas acontecem, a começar pela dificuldade de dormir com o sol a pino. Durante a investigação, ele acaba atirando em seu parceiro Hap Eckhart, vivido por Martin Donovan, que acaba morrendo e, com isso, começa um jogo perigoso como o assassino vivido por Robin Williams. Enquanto isso, a policial vivida por Hilary Swank começa a perceber que as coisas não andam bem e que há furos na investigação. A tensão é grande e ficamos grudados a cada novidade dessa trama.
O filme já nos ganha pela forma intensa como é construído o jogo de suspense e ação. Nolan consegue nos prender na angústia de Al Pacino e a atuação deste nos deixa envolvidos pela sensação de realismo. Como se não bastasse, vemos Robin Williams como um vilão maravilhoso, cheio de nuanças e pontos obscuros. A cena do depoimento mesmo é um show de atuação. Hilary Swank não fica atrás sustentando bem seu vértice no triângulo investigativo com força. Não é fácil estar entre Pacino e Williams, talvez por isso, sua atuação não tenha sido tão destacada pela crítica na época.
O Alasca, personagem importante na crescente desorientação de Dormer, contribui com paisagens belas, cenários tensos como a cabana e um clima aconchegante de cidade do interior abalada pela quebra da rotina. Cenas como a perseguição no meio dos troncos entre Dormer e Finch não poderia ser feito em qualquer lugar. Essa sensação de estranhamento, de se adaptar a um lugar, ajuda na tensão do filme. Assim como, é claro, a insônia do título. Sem ela, Dormer provavelmente iria raciocinar melhor e não ser levado a algumas atitudes extremas.
De qualquer forma, é daqueles filmes que podemos classificar como um bom policial. Não tem o primor de outras obras de Nolan, principalmente na originalidade, mas é bem realizado, com excelentes atuações e uma tensão constante nos envolvendo em todos os segundos da obra.
Vi este filme no Terra Video Store.
Insônia: (Insomnia: 2002 / EUA)
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Hillary Seitz
Com: Al Pacino, Robin Williams, Hilary Swank, Martin Donovan.
Duração: 108 min
Al Pacino é Will Dormer, um policial enviado ao Alasca para investigar a morte de uma garota. Lá vários problemas acontecem, a começar pela dificuldade de dormir com o sol a pino. Durante a investigação, ele acaba atirando em seu parceiro Hap Eckhart, vivido por Martin Donovan, que acaba morrendo e, com isso, começa um jogo perigoso como o assassino vivido por Robin Williams. Enquanto isso, a policial vivida por Hilary Swank começa a perceber que as coisas não andam bem e que há furos na investigação. A tensão é grande e ficamos grudados a cada novidade dessa trama.
O filme já nos ganha pela forma intensa como é construído o jogo de suspense e ação. Nolan consegue nos prender na angústia de Al Pacino e a atuação deste nos deixa envolvidos pela sensação de realismo. Como se não bastasse, vemos Robin Williams como um vilão maravilhoso, cheio de nuanças e pontos obscuros. A cena do depoimento mesmo é um show de atuação. Hilary Swank não fica atrás sustentando bem seu vértice no triângulo investigativo com força. Não é fácil estar entre Pacino e Williams, talvez por isso, sua atuação não tenha sido tão destacada pela crítica na época.
O Alasca, personagem importante na crescente desorientação de Dormer, contribui com paisagens belas, cenários tensos como a cabana e um clima aconchegante de cidade do interior abalada pela quebra da rotina. Cenas como a perseguição no meio dos troncos entre Dormer e Finch não poderia ser feito em qualquer lugar. Essa sensação de estranhamento, de se adaptar a um lugar, ajuda na tensão do filme. Assim como, é claro, a insônia do título. Sem ela, Dormer provavelmente iria raciocinar melhor e não ser levado a algumas atitudes extremas.
De qualquer forma, é daqueles filmes que podemos classificar como um bom policial. Não tem o primor de outras obras de Nolan, principalmente na originalidade, mas é bem realizado, com excelentes atuações e uma tensão constante nos envolvendo em todos os segundos da obra.
Vi este filme no Terra Video Store.
Insônia: (Insomnia: 2002 / EUA)
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Hillary Seitz
Com: Al Pacino, Robin Williams, Hilary Swank, Martin Donovan.
Duração: 108 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Insônia
2011-03-15T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
Al Pacino|critica|Hilary Swank|Robin Williams|suspense|
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