Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles
Não tem como falar de Batalha de Los Angeles sem falar na tecnologia 4k da Sony. Primeiro filme que chega ao Brasil com essa tecnologia que nos dá mais definição de imagem já que tem 4906 linhas horizontais por 2160 verticais (a Full HD tem 1080 linhas horizontais por 1920 verticais). A diferença é nítida já na vinheta do cinema, dá pra ver a textura em detalhes, a tela fica mais clara, mais nítida. Uma beleza. A Sony também foi muito feliz ao estrear com um filme de ação, onde os efeitos especiais são o forte e detalhes nos cenários são bem apreciados. Em termos de visual não temos muito o que reclamar de Batalha de Los Angeles. Já a história... o único outro roteiro da vida de Christopher Bertolini foi A filha do General, adaptação do livro de Nelson DeMille, e pelo visto seu portfólio vai continuar bem fraco.
A história se parece com muitas que você já viu por aí. Uma chuva de meteoros que chega a Terra logo se revela uma invasão alienígena. O exército é convocado e Los Angeles é palco da principal batalha desta guerra. Dentro do pelotão está o sargento Michael Nantz, vivido por Aaron Eckhart, veterano, traumatizado com um incidente em sua última missão, mas um dos mais confiáveis para enfrentar esse inimigo estranho. Ele vai com seu grupo e aí vemos muita explosão, correria, briga, estratégia, lutas, e tudo que tem direito. A própria trama do sargento que perdeu sua tropa e tem que pedir desculpas por estar vivo é fraca, não dá para se identificar com aquilo.
O filme começa tentando nos fazer simpatizar com os personagens centrais. Simulando um documentário, apresenta cada integrante com sua família, similar ao início de Distrito 9. A princípio, pode parecer interessante, mas são muitos personagens e a mistura de ficção e documentário aqui nem de longe se assemelha a do filme Neill Blomkamp. Fica cansativo, como aliás é todo o filme, longo demais para pouca história e o pior, o clímax vai se aproximando e a gente não tem nenhuma pista de como aquilo pode terminar, parece que lutaremos eternamente. É daquelas obras que nos vencem pelo cansaço. Uma das poucas coisas interessantes é a participação de Michelle Rodriguez em uma sargento boa de briga.
Se a história não convence a ninguém, além de já ter irritado pelo tema clichê e repetitivo, a ação envolve. Tem muita correria, tensão, explosões, estratégias e tudo muito bem feito. Os efeitos especiais também são bons e mesmo a coerência é plausível dentro do universo. Claro que há furos de continuidade como eles entrarem de noite em um bueiro e sair com sol alto. Soluções milagrosas também tem aos montes. Mas, o que mais incomoda é o tom melodramático em excesso, apelando para a honra dos soldados, pela perseverança dos fuzileiros, além, claro, daqueles sacrifícios básicos. A melhor frase do filme é do garotinho que pergunta porque os ETs tem que ser inimigos? Não seria mais fácil conversar?
Pois é, sempre sobra para os ETs esse papel de maus por natureza, só que dessa vez temos um especialista comentando suas atitudes e analisando o fato de serem colonizadores, e nós, os colonizados. Pela forma como o filme se desenvolve, acredito que até o maior fã de filme catástrofe vai cansar em algum momento. Quase não temos novidade. Além de Distrito 9, lembramos de Falcão Negro em Perigo, Independence Day, Guerra dos Mundos, etc. E o pior é terminar com a sensação de que isso foi apenas uma batalha, a guerra ainda vai durar muito tempo. Mas, se não é o blockbuster do ano, também não chega a ser uma bomba completa como Skyline ou 2012. Apenas uma pipoca um pouco mais salgada.
Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles: (Battle: Los Angeles / 2011: EUA)
Direção: Jonathan Liebesman
Roteiro: Christopher Bertolini
Com: Aaron Eckhart, Michelle Rodriguez, Michael Peña, Bridget Moynahan.
Duração: 106 min
A história se parece com muitas que você já viu por aí. Uma chuva de meteoros que chega a Terra logo se revela uma invasão alienígena. O exército é convocado e Los Angeles é palco da principal batalha desta guerra. Dentro do pelotão está o sargento Michael Nantz, vivido por Aaron Eckhart, veterano, traumatizado com um incidente em sua última missão, mas um dos mais confiáveis para enfrentar esse inimigo estranho. Ele vai com seu grupo e aí vemos muita explosão, correria, briga, estratégia, lutas, e tudo que tem direito. A própria trama do sargento que perdeu sua tropa e tem que pedir desculpas por estar vivo é fraca, não dá para se identificar com aquilo.
O filme começa tentando nos fazer simpatizar com os personagens centrais. Simulando um documentário, apresenta cada integrante com sua família, similar ao início de Distrito 9. A princípio, pode parecer interessante, mas são muitos personagens e a mistura de ficção e documentário aqui nem de longe se assemelha a do filme Neill Blomkamp. Fica cansativo, como aliás é todo o filme, longo demais para pouca história e o pior, o clímax vai se aproximando e a gente não tem nenhuma pista de como aquilo pode terminar, parece que lutaremos eternamente. É daquelas obras que nos vencem pelo cansaço. Uma das poucas coisas interessantes é a participação de Michelle Rodriguez em uma sargento boa de briga.
Se a história não convence a ninguém, além de já ter irritado pelo tema clichê e repetitivo, a ação envolve. Tem muita correria, tensão, explosões, estratégias e tudo muito bem feito. Os efeitos especiais também são bons e mesmo a coerência é plausível dentro do universo. Claro que há furos de continuidade como eles entrarem de noite em um bueiro e sair com sol alto. Soluções milagrosas também tem aos montes. Mas, o que mais incomoda é o tom melodramático em excesso, apelando para a honra dos soldados, pela perseverança dos fuzileiros, além, claro, daqueles sacrifícios básicos. A melhor frase do filme é do garotinho que pergunta porque os ETs tem que ser inimigos? Não seria mais fácil conversar?
Pois é, sempre sobra para os ETs esse papel de maus por natureza, só que dessa vez temos um especialista comentando suas atitudes e analisando o fato de serem colonizadores, e nós, os colonizados. Pela forma como o filme se desenvolve, acredito que até o maior fã de filme catástrofe vai cansar em algum momento. Quase não temos novidade. Além de Distrito 9, lembramos de Falcão Negro em Perigo, Independence Day, Guerra dos Mundos, etc. E o pior é terminar com a sensação de que isso foi apenas uma batalha, a guerra ainda vai durar muito tempo. Mas, se não é o blockbuster do ano, também não chega a ser uma bomba completa como Skyline ou 2012. Apenas uma pipoca um pouco mais salgada.
Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles: (Battle: Los Angeles / 2011: EUA)
Direção: Jonathan Liebesman
Roteiro: Christopher Bertolini
Com: Aaron Eckhart, Michelle Rodriguez, Michael Peña, Bridget Moynahan.
Duração: 106 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles
2011-03-17T13:03:00-03:00
Amanda Aouad
Aaron Eckhart|acao|aventura|critica|ficcao cientifica|
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