Rio vem aí
Sexta-feira estreia Rio, filme de animação dirigido pelo carioca Carlos Saldanha que teve Avant-premiere especial repleta de astros e estrelas de Hollywood como Anne Hathaway e Jamie Foxx. A estreia se tornou um acontecimento tão esperado que estreia em 1008 salas brasileiras, um recorde. É natural tanta expectativa gerada pela volta do filho pródigo, já que após o sucesso da trilogia A Era do Gelo, Saldanha virou uma espécie de referência no mundo de animação. O próprio diretor afirmou que a idéia de fazer Rio surgiu da falta de animações sobre ou no Brasil, junto com a vontade de homenagear sua cidade natal. Mas, exatamente por ser brasileiro, as cobranças com a veracidade dos fatos é maior e algumas pessoas esquecem da licença poética do estilo. Na revista Época dessa semana, um biólogo aponta doze erros do desenho que vão desde o fato da ararinha azul não ser natural do Rio e sim de cidades ribeirinhas da Bahia ao detalhe da pata que está faltando um dedo. Nenhum desenho precisa ser uma aula de biologia ou geografia, tudo está a serviço da história, da arte e da diversão. O próprio biólogo afirma depois que, apesar dos erros, o filme é divertido e bem realizado. Então...
Mas, é bastante compreensível a preocupação em relação a imagem do nosso país, já que a maioria dos filmes norte-americanos que citam o Brasil estarem sempre com uma visão estereotipada do nosso dia a dia. Por isso, o susto ao ver os dois minutos iniciais de Rio que foi divulgado em janeiro. Prestem atenção:
Surreal, não? Mas, temos que levar em consideração que é a abertura do filme. Essas apresentações musicais com milhares de licenças poéticas é natural. As imagens psicodélicas formadas com as penas dos pássaros é uma mistura de parada Disney com o carnaval carioca. Pelo menos temos uma cuíca bem tocada e bichinhos sambando de verdade. É claro que o filme não deve ser todo nesse ritmo. Então, é possível relevar tantos pássaros sambando nas árvores cariocas e toda a mistura de fauna e flora que vemos nesse início. O que não podemos negar é a beleza das imagens. O cenário é lindo por si só, só aquela abertura já com o amanhecer já vale. Imagine na tela grande?
Fora isso, Carlos Saldanha já demonstrou ser um ótimo diretor de animações. Trabalhando na equipe de A Era do Gelo, e de Robôs, Saldanha conseguiu dirigir sozinho um curta-metragem com A Aventura Perdida de Scrat que rendeu uma indicação ao Oscar. O feito chamou tanta atenção que ele assumiu a direção das duas continuações da série. Confesso que não gosto muito do roteiro de nenhum dos dois longametragens seguintes, mas ambos tem qualidade de produção inegáveis. Por isso, desde o anúncio do filme Rio, a curiosidade foi crescente.
Sempre afirmo que a expectativa nunca é uma boa companheira dos filmes. Mas, no caso de Rio, não há como não tê-la. Mexe não apenas com a curiosidade e gosto por animação, mas com nosso patriotismo. Só resta esperar dia 08 de abril para conferir se ele é tudo isso mesmo. Tomara que sim.
Pra terminar, uma reportagem do TeleCine com Carlos Saldanha:
Mas, é bastante compreensível a preocupação em relação a imagem do nosso país, já que a maioria dos filmes norte-americanos que citam o Brasil estarem sempre com uma visão estereotipada do nosso dia a dia. Por isso, o susto ao ver os dois minutos iniciais de Rio que foi divulgado em janeiro. Prestem atenção:
Surreal, não? Mas, temos que levar em consideração que é a abertura do filme. Essas apresentações musicais com milhares de licenças poéticas é natural. As imagens psicodélicas formadas com as penas dos pássaros é uma mistura de parada Disney com o carnaval carioca. Pelo menos temos uma cuíca bem tocada e bichinhos sambando de verdade. É claro que o filme não deve ser todo nesse ritmo. Então, é possível relevar tantos pássaros sambando nas árvores cariocas e toda a mistura de fauna e flora que vemos nesse início. O que não podemos negar é a beleza das imagens. O cenário é lindo por si só, só aquela abertura já com o amanhecer já vale. Imagine na tela grande?
Fora isso, Carlos Saldanha já demonstrou ser um ótimo diretor de animações. Trabalhando na equipe de A Era do Gelo, e de Robôs, Saldanha conseguiu dirigir sozinho um curta-metragem com A Aventura Perdida de Scrat que rendeu uma indicação ao Oscar. O feito chamou tanta atenção que ele assumiu a direção das duas continuações da série. Confesso que não gosto muito do roteiro de nenhum dos dois longametragens seguintes, mas ambos tem qualidade de produção inegáveis. Por isso, desde o anúncio do filme Rio, a curiosidade foi crescente.
Sempre afirmo que a expectativa nunca é uma boa companheira dos filmes. Mas, no caso de Rio, não há como não tê-la. Mexe não apenas com a curiosidade e gosto por animação, mas com nosso patriotismo. Só resta esperar dia 08 de abril para conferir se ele é tudo isso mesmo. Tomara que sim.
Pra terminar, uma reportagem do TeleCine com Carlos Saldanha:
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Rio vem aí
2011-04-05T08:50:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|Anne Hathaway|Especial|Jesse Eisenberg|materias|
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