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Harry Potter e a Pedra Filosofal
Harry Potter e a Pedra Filosofal
Dia 15 de julho estreia o último episódio da Série Harry Potter, como até hoje só falei aqui dos dois últimos filmes, resolvi resgatar a cada semana um filme do bruxinho mais querido do mundo. E só poderia começar pelo início. Primeiro devo dizer que foi emocionante rever todos os filmes em sequência, e isso só aumentou a expectativa para o oitavo. É uma viagem pela técnica cinematográfica também, já que a cada filme, visivelmente isto era melhorado. A história e a direção são outros quinhentos. Harry Potter e a Pedra Filosofal foi o início de tudo, é natural que seja, então, o mais simples de todos. Nunca saberemos se J.K. Rowling já tinha em mente o que ele se tornaria após sete anos, mas de fato, muita coisa já está construída ali.
O filme conta o primeiro ano de Harry Potter na escola de magia Hogwarts. Após completar onze anos de idade, apesar das tentativas do tio de não deixar chegar as suas mãos uma carta da escola, Harry recebe a simpática visita de Hagrid, aquele que seria um de seus maiores amigos e protetores na difícil jornada que se iniciaria. O protagonista é o novato que serve para nos explicar como funciona aquele mundo. Vamos conhecendo aos poucos os bruxos, seus hábitos e principalmente sua história. Harry é o garoto que sobreviveu ao ataque daquele que não deve ser nomeado. E apesar de ser bastante didático, temos aqui uma história bem construída.
Começa como sempre na rua dos Alfeneiros, onze anos antes, com Dumbledore, McGonagall e Hagrid depositando o pequeno Harry na casa dos tios. Já aqui vemos que o filme possui uma verba modesta em relação a efeitos especiais. A transformação da professora é feito na sombra para economizar, e já na escola, quando ela se transforma na frente do alunos é de uma forma fraca, sem demonstrar os detalhes. Da mesma forma o Troll que aparece no meio do filme é de uma computação gráfica datada, bem feito para época, mas falso hoje em dia. Agora, os vôos de vassoura são bem feitos, não apenas na aula, como na partida de Quadribol. Outro ponto que demonstra economia é a floresta. Sem detalhes, com planos fechados e poucos espaços demonstrados, parece que foi construída em estúdio.
Por ser o primeiro filme, muita coisa é novidade, inclusive os personagens para os atores. As três crianças protagonistas são muito fracas, principalmente Daniel Radcliffe, que não consegue passar carisma com seu Harry Potter e Emma Watson que nessa primeira aparição tem reações completamente armadas, é visível o quanto ela evoluiu já para o segundo filme. Já Rupert Grint consegue construir aquele menino mala atrapalhado, que é Rony, de uma forma mais natural. Agora, o melhor ator mirim é Tom Felton, que faz o Draco Malfoy. Na ala adulta destaque para Maggie Smith como Minerva McGonagall, Richard Harris com Dumbledore, Robbie Coltrane como Hagrid e principalmente, Alan Rickman como Severus Snape.
O clima é infantil, afinal o protagonista tem apenas 11 anos. Então, os perigos não ficam tão claros, Voldemort é apenas um nome impronunciável que Harry ainda não tem noção do quão maléfico pode ser. Ele ainda não demonstra nutrir a raiva que tem do personagem e chega a convidá-lo para se unir a ele. Neste momento, ele se assemelha a outro vilão clássico, Darth Vader, chegando a repetir as palavras que este disse a Luke: "juntos podemos fazer coisas inimagináveis". A diferença é que Voldemort realmente matou os pais de Harry Potter.
Chris Columbus, responsável pela direção dos dois primeiros filmes, conduz de uma forma bem simples e correta, sem muitas invenções. Ainda assim, há cenas bem elaboradas como quando Harry observa o Espelho de Ojesed e Dumbledore se aproxima. Primeiro vemos a sombra do mago, para só depois cortar para ele. A cena do jogo de xadrez também é muito feliz em sua montagem, conseguindo passar na junção de cenas um resumo interessante de todo o processo de uma forma rápida. Já a cena chave de Harry Potter e Voldemort consegue passar uma boa dose de tensão
Mesmo não sendo um grande filme, Harry Potter e a Pedra Filosofal consegue passar uma boa idéia do que é o mundo criado por J.K Rowlings. Fiel ao livro, que também ainda não demonstrava toda a dimensão da série, apresenta os personagens, constrói uma tensão e curiosidade, além de divertir. Claro que sempre há uma coisa ou outra diferente, como a ausência da prova lógica que Hermione desvenda após o jogo de xadrez e antes de Harry Potter chegar à última etapa. Mas, não há nada aqui que comprometa o resultado final. Serve bem como ponto de partida.
Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcerer Stone: 2001 /EUA, Inglaterra)
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Steven Kloves,
Atores: Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, Richard Harris, Alan Rickman, Maggie Smith, Tom Felton, Robbie Coltrane.
Duração: 152 min
O filme conta o primeiro ano de Harry Potter na escola de magia Hogwarts. Após completar onze anos de idade, apesar das tentativas do tio de não deixar chegar as suas mãos uma carta da escola, Harry recebe a simpática visita de Hagrid, aquele que seria um de seus maiores amigos e protetores na difícil jornada que se iniciaria. O protagonista é o novato que serve para nos explicar como funciona aquele mundo. Vamos conhecendo aos poucos os bruxos, seus hábitos e principalmente sua história. Harry é o garoto que sobreviveu ao ataque daquele que não deve ser nomeado. E apesar de ser bastante didático, temos aqui uma história bem construída.
Começa como sempre na rua dos Alfeneiros, onze anos antes, com Dumbledore, McGonagall e Hagrid depositando o pequeno Harry na casa dos tios. Já aqui vemos que o filme possui uma verba modesta em relação a efeitos especiais. A transformação da professora é feito na sombra para economizar, e já na escola, quando ela se transforma na frente do alunos é de uma forma fraca, sem demonstrar os detalhes. Da mesma forma o Troll que aparece no meio do filme é de uma computação gráfica datada, bem feito para época, mas falso hoje em dia. Agora, os vôos de vassoura são bem feitos, não apenas na aula, como na partida de Quadribol. Outro ponto que demonstra economia é a floresta. Sem detalhes, com planos fechados e poucos espaços demonstrados, parece que foi construída em estúdio.
Por ser o primeiro filme, muita coisa é novidade, inclusive os personagens para os atores. As três crianças protagonistas são muito fracas, principalmente Daniel Radcliffe, que não consegue passar carisma com seu Harry Potter e Emma Watson que nessa primeira aparição tem reações completamente armadas, é visível o quanto ela evoluiu já para o segundo filme. Já Rupert Grint consegue construir aquele menino mala atrapalhado, que é Rony, de uma forma mais natural. Agora, o melhor ator mirim é Tom Felton, que faz o Draco Malfoy. Na ala adulta destaque para Maggie Smith como Minerva McGonagall, Richard Harris com Dumbledore, Robbie Coltrane como Hagrid e principalmente, Alan Rickman como Severus Snape.
O clima é infantil, afinal o protagonista tem apenas 11 anos. Então, os perigos não ficam tão claros, Voldemort é apenas um nome impronunciável que Harry ainda não tem noção do quão maléfico pode ser. Ele ainda não demonstra nutrir a raiva que tem do personagem e chega a convidá-lo para se unir a ele. Neste momento, ele se assemelha a outro vilão clássico, Darth Vader, chegando a repetir as palavras que este disse a Luke: "juntos podemos fazer coisas inimagináveis". A diferença é que Voldemort realmente matou os pais de Harry Potter.
Chris Columbus, responsável pela direção dos dois primeiros filmes, conduz de uma forma bem simples e correta, sem muitas invenções. Ainda assim, há cenas bem elaboradas como quando Harry observa o Espelho de Ojesed e Dumbledore se aproxima. Primeiro vemos a sombra do mago, para só depois cortar para ele. A cena do jogo de xadrez também é muito feliz em sua montagem, conseguindo passar na junção de cenas um resumo interessante de todo o processo de uma forma rápida. Já a cena chave de Harry Potter e Voldemort consegue passar uma boa dose de tensão
Mesmo não sendo um grande filme, Harry Potter e a Pedra Filosofal consegue passar uma boa idéia do que é o mundo criado por J.K Rowlings. Fiel ao livro, que também ainda não demonstrava toda a dimensão da série, apresenta os personagens, constrói uma tensão e curiosidade, além de divertir. Claro que sempre há uma coisa ou outra diferente, como a ausência da prova lógica que Hermione desvenda após o jogo de xadrez e antes de Harry Potter chegar à última etapa. Mas, não há nada aqui que comprometa o resultado final. Serve bem como ponto de partida.
Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcerer Stone: 2001 /EUA, Inglaterra)
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Steven Kloves,
Atores: Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, Richard Harris, Alan Rickman, Maggie Smith, Tom Felton, Robbie Coltrane.
Duração: 152 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Harry Potter e a Pedra Filosofal
2011-06-05T12:44:00-03:00
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