Piores de 2012
E lá vamos nós para a polêmica lista de piores filmes do ano. Confesso que não gosto muito de uma eleição assim, até porque cada filme é pior ou melhor de acordo com a perspectiva de cada um. E filmes ruins sempre nos ensinam algo. Mas, por outro lado, é bom também lembrar daqueles filmes que nos desagradaram durante o ano, até para se divertir um pouco. Ou não. Até por isso, preferi não colocar um ranking, mas apenas citar os dez mais (ou menos). A ordem está de lançamento no Brasil.
Seja por trollagem ou merecimento, esse foi o filme que bateu todos os recordes do Framboesa de Ouro. Não poderia deixar de ser citado. O filme é uma vergonha a começar pela escolha de colocar Adam Sandler como sua irmã gêmea. Tem algumas piadas interessantes até, como a participação de Johnny Depp com a camisa de Crepúsculo, ou o Oscar de Al Pacino. Mas, não foge muito a regra de besteirol. A frase mais sensata talvez tenha sido a do próprio Al Pacino: Queimem tudo!
Se cada um tem a gêmea que merece. Nós temos o nosso filme-bomba de início do ano. Essa comédia protagonizada por Grazi Massafera e seu porquinho "falante", é mesmo uma das piores coisas que vi esse ano. Nem por culpa da moça, coitada, é mais pela trama mesmo que mistura favela, apostas e falsos milagreiros em uma comédia surreal e problemática.
Esse é polêmico, eu sei. Muita gente gostou. Mas, não deu para mim. Não passa de uma mistura de gêneros indigesta. Extremamente clichê, com roteiro fraco e que acaba não sendo bom pela ação, pelo romance ou pelas cenas engraçadas.
Um filme vazio. Traz de volta a bela vampira Selene, em uma trama rasa, quase esquecendo a mitologia, mas com muita ação para distrair qualquer pensamento crítico em relação ao filme. Diante de tanta correria, explosões e adrenalina fica difícil até raciocinar sobre o que estamos vendo. Não deixa de ser um recurso. Mas, no final, não fica muito mesmo dessa nova aventura da guerra mítica entre vampiros e lycans.
Outra daquelas comédias sem sal. Na época eu disse que o filme era um anti-gênero que não cumpre o que promete. E acho que não tem mesmo melhor definição. Um filme de ação, cuja cena com maior adrenalina é a cena final do caminhão. Um filme de comédia, em que piadas sem graça não nos levam ao riso em nenhum momento. E um filme de romance sem um único beijo ou momento mais quente.
Alguns podem defender os efeitos especiais e as cenas de ação aqui, mas um filme baseado no jogo Batalha Naval não poderia mesmo sair grande coisa. A ideia é só um ponto de partida, claro, uma batalha no mar. Mas, acaba gerando uma trama tola de heróis vazios. Uma grande desculpa para criar mais batalhas mirabolantes entre terráqueos e alienígenas, demonstrando a força de nosso povo guerreiro que não deixará de defender o próprio planeta.
Esse tá na lista pela memória afetiva. Gostava muito do seriado dos anos 80 e essa comédia pastelão destruiu muito do clima honrado que aquela turma tinha. Ainda que tivesse humor e muitos fossem atrapalhados, nada se compara ao que vemos nesse filme. Diverte até, em alguns momentos, mas é daqueles filmes facilmente esquecíveis.
Esse dá pena de colocar na lista, pois a intenção é boa. Mas essa animação é uma das coisas mais frágeis que vi esse ano. A trama é extremamente infantil e tola. E a animação em si também é problemática. As paisagens estáticas soam mal feitas, a simulação da iluminação é pouco cuidada. Assim como os enquadramentos e distribuição em tela. É até divertida, mas...
Aqui Paul W.S. Anderson esquece o cinema e nos apresenta uma simulação de um jogo. Resident Evil 5 é um entretenimento bem feito, pensado para aproximar ao máximo da plataforma dos games. Mas, que falha enquanto filme e avanço da história. É pobre de espírito, cansativo e totalmente descartável.
Esse entra na lista pela expectativa que criou. E até levanta algumas questões interessantes sobre política, honestidade e caráter. Mas, acabou se mostrando uma comédia morna, que requenta muitas ideias e logo sai de sua mente.
Seja por trollagem ou merecimento, esse foi o filme que bateu todos os recordes do Framboesa de Ouro. Não poderia deixar de ser citado. O filme é uma vergonha a começar pela escolha de colocar Adam Sandler como sua irmã gêmea. Tem algumas piadas interessantes até, como a participação de Johnny Depp com a camisa de Crepúsculo, ou o Oscar de Al Pacino. Mas, não foge muito a regra de besteirol. A frase mais sensata talvez tenha sido a do próprio Al Pacino: Queimem tudo!
Se cada um tem a gêmea que merece. Nós temos o nosso filme-bomba de início do ano. Essa comédia protagonizada por Grazi Massafera e seu porquinho "falante", é mesmo uma das piores coisas que vi esse ano. Nem por culpa da moça, coitada, é mais pela trama mesmo que mistura favela, apostas e falsos milagreiros em uma comédia surreal e problemática.
Esse é polêmico, eu sei. Muita gente gostou. Mas, não deu para mim. Não passa de uma mistura de gêneros indigesta. Extremamente clichê, com roteiro fraco e que acaba não sendo bom pela ação, pelo romance ou pelas cenas engraçadas.
Um filme vazio. Traz de volta a bela vampira Selene, em uma trama rasa, quase esquecendo a mitologia, mas com muita ação para distrair qualquer pensamento crítico em relação ao filme. Diante de tanta correria, explosões e adrenalina fica difícil até raciocinar sobre o que estamos vendo. Não deixa de ser um recurso. Mas, no final, não fica muito mesmo dessa nova aventura da guerra mítica entre vampiros e lycans.
Outra daquelas comédias sem sal. Na época eu disse que o filme era um anti-gênero que não cumpre o que promete. E acho que não tem mesmo melhor definição. Um filme de ação, cuja cena com maior adrenalina é a cena final do caminhão. Um filme de comédia, em que piadas sem graça não nos levam ao riso em nenhum momento. E um filme de romance sem um único beijo ou momento mais quente.
Alguns podem defender os efeitos especiais e as cenas de ação aqui, mas um filme baseado no jogo Batalha Naval não poderia mesmo sair grande coisa. A ideia é só um ponto de partida, claro, uma batalha no mar. Mas, acaba gerando uma trama tola de heróis vazios. Uma grande desculpa para criar mais batalhas mirabolantes entre terráqueos e alienígenas, demonstrando a força de nosso povo guerreiro que não deixará de defender o próprio planeta.
Esse tá na lista pela memória afetiva. Gostava muito do seriado dos anos 80 e essa comédia pastelão destruiu muito do clima honrado que aquela turma tinha. Ainda que tivesse humor e muitos fossem atrapalhados, nada se compara ao que vemos nesse filme. Diverte até, em alguns momentos, mas é daqueles filmes facilmente esquecíveis.
Esse dá pena de colocar na lista, pois a intenção é boa. Mas essa animação é uma das coisas mais frágeis que vi esse ano. A trama é extremamente infantil e tola. E a animação em si também é problemática. As paisagens estáticas soam mal feitas, a simulação da iluminação é pouco cuidada. Assim como os enquadramentos e distribuição em tela. É até divertida, mas...
Aqui Paul W.S. Anderson esquece o cinema e nos apresenta uma simulação de um jogo. Resident Evil 5 é um entretenimento bem feito, pensado para aproximar ao máximo da plataforma dos games. Mas, que falha enquanto filme e avanço da história. É pobre de espírito, cansativo e totalmente descartável.
Esse entra na lista pela expectativa que criou. E até levanta algumas questões interessantes sobre política, honestidade e caráter. Mas, acabou se mostrando uma comédia morna, que requenta muitas ideias e logo sai de sua mente.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Piores de 2012
2012-12-28T11:28:00-03:00
Amanda Aouad
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