Home
comedia
critica
Isla Fisher
James Marsden
Kirsten Dunst
Leslye Headland
Lizzy Caplan
Rebel Wilson
Quatro Amigas e um Casamento
Quatro Amigas e um Casamento
Sabe aqueles estereótipos de High School? Sempre temos no meio da turma um patinho feio, tanto do sexo masculino, quanto feminino. Aí, aquela garotinha acima do peso, que todos chamavam por trás de "cara de porco", mas por algum motivo estranho andava com três outras garotas que eram bonitas e populares, anuncia que vai ser a primeira da turma a casar. E com um homem bonito e rico. Essa é a premissa de Quatro Amigas e um Casamento.
Diante de uma trama tola, só mesmo uma comédia nonsense para nos divertir por noventa minutos. É preciso desligar um pouco o senso crítico e se deixar levar no meio da balada como bêbados. E com isso, não digo que seja um filme ruim ou para pessoas sem cérebro. É uma diversão, com momentos de puro exagero e outros de piadas engraçadas, boas sacadas e besteiras. Leslye Headland acaba nos envolvendo no meio daquela balbúrdia, vamos nos irritando com cada trapalhada, mas isso porque estamos quase fazendo parte da turma.
O ritmo de Quatro Amigas e um Casamento é ágil. A dinâmica com a qual nos é apresentada a situação é criativa e já nos apresenta as personagens. Becky, o patinho feio interpretado por Rebel Wilson, chama Regan para almoçar. A personagem de Kirsten Dunst demonstra o tempo inteiro na conversa que está apenas fingindo ser legal, suas expressões, suas palavras passam falsidade, mesmo quando ela começa a contar o drama de fazer "quimio" aos doze anos de idade. Mas, a conversa não fica linear, pois em paralelo já a vemos ligando para Gena e Katie, Lizzy Caplan e Isla Fisher, respectivamente, e assim também as duas outras amigas são apresentadas, além, claro de vermos a verdadeira face de Regan.
Tema introduzido, personagens apresentados, o filme segue seu fluxo de atrapalhações diversas em meio aos festejos do casamento. Há situações absurdas desde o discurso do padrinho, passando pela homenagem das primas da noiva, até o que seria um discurso das madrinhas. O circo vai se armando aos poucos, com elas bebendo, cheirando, fumando e claro, fazendo sexo, ou pelo menos insinuando isso a maior parte do tempo. Como uma afirmação da liberdade sexual feminina em um tempo onde elas não precisam mais fingir se importar.
A inveja e a disputa das belas solitárias em relação à garota que consideram feia gera as piadas, a brincadeira sem sentido do stripper e claro, a trama do vestido de noiva. Nesse ponto, um erro de personalidade, pois deveriam ser Gena e Katie a fazer o estrago e não Regan, pela forma como a personagem nos é apresentada, não seria ela a ter a atitude infantil de entrar no vestido começando a saga. De qualquer maneira, pouca coisa faz realmente sentido ali. Mas, acaba se tornando engraçado de tão esdrúxulo. Desde a conversa com a faxineira do hotel, passando pelas investidas pela rua, na boate, na loja, até a estranha solução da ex-futura-sogra.
Em meio a tanta estranheza acabamos conhecendo um pouco mais das três personagens e identificando os pontos humanos nelas. Não são mesmo monstros de estereótipos sem sentido. Só a noiva acaba sendo pouco explorada. A atriz Rebel Wilson que está em alta em comédias americanas, fica completamente apagada nessa trama, quase não aparece em cena e não consegue arrancar risadas. Já Kirsten Dunst após tensões tão fortes em filmes como Melancolia, faz uma general da linha mais dura, controlando festa, organizadores e convidados, mas acaba nos dando sinais da personagem em pequenos detalhes como o noivo que nunca aparece, a questão da bulimia, a tristeza por trás da máscara.
Assim como a Gena que apesar de parecer ser uma maníaca sexual, é apenas uma defesa pelo trauma da adolescência quando foi abandonada por seu primeiro amor. E diante de tantos assombros, a personagem de Lizzy Caplan parece mesmo ser a mais centrada, vide suas caras e bocas a cada situação absurda. Ao contrário da personagem de Isla Fisher, que é a verdadeira tresloucada, sempre se drogando e chorando por não ter um homem para chamar de seu.
Quatro Amigas e um Casamento é isso, uma trama absurda, com personagens que se revelam aos poucos, apesar de utilizarem muitos dos clichês já vistos. Bebidas, drogas, sexo e disputas, tudo em torno de um casamento improvável, pelo menos para as amigas invejosas. Mas, no final, isso parece ser o que menos importa. Boas piadas, engraçado e mais um filme passa-tempo que logo será esquecido, mas foi divertido enquanto durou.
Quatro amigas e um casamento (Bachelorette, 2012 / EUA)
Direção: Leslye Headland
Roteiro: Leslye Headland
Com: Kirsten Dunst, Lizzy Caplan, James Marsden, Isla Fisher, Adam Scott e Rebel Wilson.
Duração: 87 min.
Diante de uma trama tola, só mesmo uma comédia nonsense para nos divertir por noventa minutos. É preciso desligar um pouco o senso crítico e se deixar levar no meio da balada como bêbados. E com isso, não digo que seja um filme ruim ou para pessoas sem cérebro. É uma diversão, com momentos de puro exagero e outros de piadas engraçadas, boas sacadas e besteiras. Leslye Headland acaba nos envolvendo no meio daquela balbúrdia, vamos nos irritando com cada trapalhada, mas isso porque estamos quase fazendo parte da turma.
O ritmo de Quatro Amigas e um Casamento é ágil. A dinâmica com a qual nos é apresentada a situação é criativa e já nos apresenta as personagens. Becky, o patinho feio interpretado por Rebel Wilson, chama Regan para almoçar. A personagem de Kirsten Dunst demonstra o tempo inteiro na conversa que está apenas fingindo ser legal, suas expressões, suas palavras passam falsidade, mesmo quando ela começa a contar o drama de fazer "quimio" aos doze anos de idade. Mas, a conversa não fica linear, pois em paralelo já a vemos ligando para Gena e Katie, Lizzy Caplan e Isla Fisher, respectivamente, e assim também as duas outras amigas são apresentadas, além, claro de vermos a verdadeira face de Regan.
Tema introduzido, personagens apresentados, o filme segue seu fluxo de atrapalhações diversas em meio aos festejos do casamento. Há situações absurdas desde o discurso do padrinho, passando pela homenagem das primas da noiva, até o que seria um discurso das madrinhas. O circo vai se armando aos poucos, com elas bebendo, cheirando, fumando e claro, fazendo sexo, ou pelo menos insinuando isso a maior parte do tempo. Como uma afirmação da liberdade sexual feminina em um tempo onde elas não precisam mais fingir se importar.
A inveja e a disputa das belas solitárias em relação à garota que consideram feia gera as piadas, a brincadeira sem sentido do stripper e claro, a trama do vestido de noiva. Nesse ponto, um erro de personalidade, pois deveriam ser Gena e Katie a fazer o estrago e não Regan, pela forma como a personagem nos é apresentada, não seria ela a ter a atitude infantil de entrar no vestido começando a saga. De qualquer maneira, pouca coisa faz realmente sentido ali. Mas, acaba se tornando engraçado de tão esdrúxulo. Desde a conversa com a faxineira do hotel, passando pelas investidas pela rua, na boate, na loja, até a estranha solução da ex-futura-sogra.
Em meio a tanta estranheza acabamos conhecendo um pouco mais das três personagens e identificando os pontos humanos nelas. Não são mesmo monstros de estereótipos sem sentido. Só a noiva acaba sendo pouco explorada. A atriz Rebel Wilson que está em alta em comédias americanas, fica completamente apagada nessa trama, quase não aparece em cena e não consegue arrancar risadas. Já Kirsten Dunst após tensões tão fortes em filmes como Melancolia, faz uma general da linha mais dura, controlando festa, organizadores e convidados, mas acaba nos dando sinais da personagem em pequenos detalhes como o noivo que nunca aparece, a questão da bulimia, a tristeza por trás da máscara.
Assim como a Gena que apesar de parecer ser uma maníaca sexual, é apenas uma defesa pelo trauma da adolescência quando foi abandonada por seu primeiro amor. E diante de tantos assombros, a personagem de Lizzy Caplan parece mesmo ser a mais centrada, vide suas caras e bocas a cada situação absurda. Ao contrário da personagem de Isla Fisher, que é a verdadeira tresloucada, sempre se drogando e chorando por não ter um homem para chamar de seu.
Quatro Amigas e um Casamento é isso, uma trama absurda, com personagens que se revelam aos poucos, apesar de utilizarem muitos dos clichês já vistos. Bebidas, drogas, sexo e disputas, tudo em torno de um casamento improvável, pelo menos para as amigas invejosas. Mas, no final, isso parece ser o que menos importa. Boas piadas, engraçado e mais um filme passa-tempo que logo será esquecido, mas foi divertido enquanto durou.
Quatro amigas e um casamento (Bachelorette, 2012 / EUA)
Direção: Leslye Headland
Roteiro: Leslye Headland
Com: Kirsten Dunst, Lizzy Caplan, James Marsden, Isla Fisher, Adam Scott e Rebel Wilson.
Duração: 87 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Quatro Amigas e um Casamento
2012-12-06T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
comedia|critica|Isla Fisher|James Marsden|Kirsten Dunst|Leslye Headland|Lizzy Caplan|Rebel Wilson|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais populares do site
-
A cena que vamos detalhar, do filme Tubarão (1975), é um dos momentos mais emblemáticos do filme dirigido por Steven Spielberg. Nessa se...
-
A Princesa Prometida , dirigido por Rob Reiner e lançado em 1987 , é um conto de fadas moderno que encanta o público com sua mistura perfei...
-
Oldboy , dirigido por Park Chan-wook , é um filme sul-coreano que se destaca como um dos grandes tesouros do cinema contemporâneo. Com uma ...
-
Ridley Scott , o visionário por trás de clássicos como Alien e Blade Runner , nos trouxe A Lenda (1985), uma fantasia que se destaca pela ...
-
O Soterópolis programa cultural da TVE Bahia, fez uma matéria muito interessante sobre blogs baianos. Esta que vos fala deu uma pequena con...
-
Cinema Sherlock Homes O filme de destaque atualmente é esta releitura do clássico do mistério pelas mãos de Guy Ritchie. O ex de Madonna p...
-
Venom: Tempo de Carnificina é um daqueles filmes que só faz sentido quando encarado como uma peça de entretenimento ultrajante e autossufi...
-
Eletrizante é a melhor palavra para definir esse filme de Tony Scott . Que o diretor sabe fazer filmes de ação não é novidade, mas uma tra...
-
Hitch: Conselheiro Amoroso é um daqueles filmes que, à primeira vista, parecem abraçar o clichê sem qualquer vergonha, mas que, ao olhar m...