Os Miseráveis que vinha em uma leva fraca, conseguiu também algum destaque ao ser escolhido melhor filme de Comédia ou Musical, vencendo uma das sensações do momento, O Lado Bom da Vida. Já A Hora Mais Escura, acabou ficando apenas com o prêmio de Melhor atriz em filme dramático para Jessica Chastain. Bom ver Tarantino como melhor roteiro também, ainda que este não seja o melhor de sua carreira.
Um dos destaques da noite foi a cantora Adele que levou Melhor canção original com "Skyfall", de 007 - Operação Skyfall, e até brincou que estava se sentindo Meryl Streep. Já a grande homenageada da noite, Jodie Foster, fez um discurso longo e, de certa maneira, surpreendente. Falando sobre privacidade, ela tocou em temas polêmicos que sempre a cercam como a questão de sua sexualidade e possível aposentadoria. Emocionou muita gente. Enfim, não tem o mesmo charme da premiação da Academia, mas não deixa de ser uma premiação que chama a atenção. Vocês podem ver todos os vencedores em nossa cobertura no Facebook.
Irã vai subsidiar produção de filme com resposta a Argo
E já que Argo foi o destaque do Globo de Ouro, o Irã está preparando a sua resposta aos Estados Unidos. Segundo o país, a visão do filme de Ben Affleck é deturpada e um roteiro já foi aprovado para um filme que será dirigido pelo iraniano Ataollah Soleimanian (fonte). O filme iraniano irá contar a história da liberação de 20 reféns americanos pelos revolucionários iranianos no início da Revolução Islâmica de 1979.
R.I.P. Nagisa Oshimav
Faleceu essa semana o diretor japonês Nagisa Oshimav, responsáveis por obras como o polêmico Império dos Sentidos, Obsessão Voraz e Furyo, Em Nome da Honra. O diretor já havia sofrido um AVC em 1996, mas sobreviveu, vindo a falecer agora com 80 anos, por pneumonia. Ainda que tenha ficado mais famoso pela polêmica de seu filme "quase" pornográfico, Oshimav era um diretor perspicaz que buscava a essência de seu país, como bem definiu Inácio Araujo. Só nos resta desejar que ele descanse em paz, e que seus filmes possam ser revistos.
Festival de Sundance
E por falar em descobertas, começou ontem o Festival de Cinema Independente de Sundance, com o objetivo de descobrir novos filmes e assinar acordos de distribuição. 119 longas-metragens vindos de 32 países, sendo 51 diretores novos serão exibidos até o dia 27 de janeiro. Um dos mais esperados é o filme Jobs, com o astro Ashton Kutcher, sobre Steve Jobs, criador da Apple. O Festival tem diversos clássicos recentes no currículo como Sexo, mentiras e videotape, Pequena Miss Sunshine e até a surpresa do Oscar desse ano, Indomável Sonhadora. Então, é mesmo bom ficar de olho. (fonte).
Semana de grandes estreias como o filme Amor, sério candidato ao Oscar de Filme estrangeiro, que está indicado ainda em outras quatro categorias. Dirigido por Michael Haneke, Amor traz Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva como um casal de idosos que tem que conviver com as dificuldades da idade, inclusive uma doença incômoda. Um belo retrato de amor e sofrimento.
Chega aos cinemas também o novo e esperado filme de Quentin Tarantino, Django Livre. Uma trama ambientação no velho Oeste que traz elementos próprios da filmografia do diretor, contando a história de um escravo liberto que quer se vingar dos maus tratos vividos por ele e sua esposa. Destaque para o elenco composto por Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson e Christoph Waltz.
Outro filme que estreia essa semana é O Último Desafio, retorno de Arnold Schwarzenegger às telas, em um filme pastelão dirigido por Jee-woon Kim. O filme é uma aventura policial que não se leva a sério e tem várias piadas sobre o gênero. Destaque ainda para a participação do brasileiro Rodrigo Santoro.
E para as crianças, tem a animação Sammy: A grande fuga. Continuação da aventura da tartaruga marinha Sammy, tem do outro filme, a boa construção do 3D e algumas referências, porém, possui uma trama mais simples e infantil, ainda que continue a apelar para a questão da ecologia e cuidado com os animais.
Festival Francês on-line
Até o dia 17 de fevereiro, é possível ver de graça na internet um Festival com obras francesas recentes. É o My French Film Festival, apenas com filmes que não chegarão aos cinemas brasileiros, mas foram sucesso na França. Para assistir às obras, com legendas em português basta acessar o site MyFrenchFilmFestival e se cadastrar. O festival exibe ainda dez curtas-metragens e dois filmes canadenses, além do clássico "Testamento de um Gângster" (1963), de Georges Lautner. Uma boa oportunidade de conhecer novos diretores em obras com menor alcance.