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Dezesseis Luas
Dezesseis Luas
Anunciado como o novo Crepúsculo, Dezesseis Luas tem suas semelhanças com a saga de Stephenie Meyer. É mais um filme que vem de uma série de livros adolescentes, tem criaturas mágicas e um amor impossível entre um humano e uma delas. Mas, independente de gostar ou não de Bella e Edward, há nessa nova saga também suas particularidades. Duas coisas boas que aponto, o amor dos protagonistas é mais maduro e o elenco de apoio tem tanto peso que vale boa parte da trama.
A história se passa (também) em uma cidadezinha na Carolina do Sul, Estados Unidos. Gatlin. É lá que vive o protagonista Ethan Wate que, entre outras coisas, sonha em fazer faculdade o mais longe possível dali. Só que, no seu último ano, chega em sua turma Lena Duchannes, uma garota misteriosa, sobrinha do recluso Macon Ravenwood, vivido por Jeremy Irons. O amor dos dois não é, à primeira vista, o que é interessante, ambos já sonhavam um com o outro e ambos vão se envolvendo aos poucos. Mas, a garota é uma bruxa, uma conjuradora, como prefere. E está prestes a completar dezesseis anos quando as Trevas ou a Luz irão convocar seus poderes. O medo do que o destino lhe reserva e uma maldição são os empecilhos para esse amor que floresce.
A premissa do filme é construída com todos os clichês possíveis de filmes adolescentes. Ethan é um dos populares da turma, tem uma garota que é apaixonada por ele, mas que ele já cansou, e claro, ela vai morrer de ciúmes de Lena. Tem o seu melhor amigo, que é filho da carola da cidade (vivida por Emma Thompson) que vai perseguir Lena e sua família, porque são "adoradores do demônio". Tem ainda toda a situação de cidadezinha do interior, onde nada acontece e qualquer coisa é novidade.
Mas, Dezesseis Luas não se fixa nessa parte. A partir do momento em que o segredo de Lena é desvendado, a trama cresce, construindo relações com o passado e ajudando nos mistérios. Para isso, os três atores coadjuvantes ajudam e muito a elevar a trama, como o próprio Jeremy Irons, tio de Lena, Emma Thompson que é a senhora Lincoln, mas também é Sarafine. E Viola Davis que se revela um dos pontos-chaves para o desenrolar dos mistérios. Os três ajudam os protagonistas Alden Ehrenreich e Alice Englert, ambos muito simpáticos e com uma boa química. Principalmente o garoto Ehrenreich que já tinha demonstrado o seu talento em Tetro, filme de Coppola.
O ritmo do romance, ainda que proibido e cheio de dor, também não é piegas. Há muito humor nos diálogos e cenas divertidas como ele tentando recitar Charles Bukowski ou ela dizendo que não iria tocar piano porque não estavam em um romance de Jane Austen. Isso sem falar na cena da janela, ambos estão soltos, se divertindo mais do que sofrendo. E o próprio mistério em torno dela e depois da maldição é bem construído, nos deixa curiosos, esperando os novos acontecimentos. A biblioteca secreta, mesmo, é muito bem feita.
Porém, os efeitos especiais e os jogos de magia e realidade são exagerados e se perdem em uma falta de explicação maior de porque e para que existe tudo aquilo. Em uma disputa tola entre Lena e sua prima Ridley, mesas giram. Há uma certa caricatura no poder, principalmente no poder das trevas, vide a própria construção de Sarafine, dentro de sua avatar interpretada por Emma Thompson. Assim como aquela recriação da batalha e a tempestade soam falsas em muitos momentos. Ainda assim, há um visual interessante, mesmo que em um filme regular.
Se pararmos para pensar, Dezesseis Luas é um misto de tramas de sucesso como as mais recentes Harry Potter, com a luta de bem contra o mal em um universo bruxo, e Crepúsculo, com seres mágicos amando pobres mortais. Mas, o próprio passado maldito, as escolhas que não são escolhas e a questão do sacrifício trazem um tempero à mais na trama. É mesmo interessante a forma como tudo se desenvolve e fica uma curiosidade para o que bem depois.
Infelizmente, a bilheteria do filme de Richard LaGravenese não está demonstrando o mesmo sucesso dos livros de Margaret Stohl e Kami Garcia. Fica, então, o suspense de se a saga continuará na tela grande e se os órfãos de Crepúsculo vão abraçar de forma tão entusiasmada a trama, da mesma forma que Jogos Vorazes, por exemplo, que parece se tornar a nova atração adolescente da década.
Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, 2013 / EUA)
Direção: Richard LaGravenese
Roiteiro: Richard LaGravenese
Com: Alice Englert, Viola Davis, Emma Thompson, Jeremy Irons, Emmy Rossum e Alden Ehrenreich
Duração: 124 min.
A história se passa (também) em uma cidadezinha na Carolina do Sul, Estados Unidos. Gatlin. É lá que vive o protagonista Ethan Wate que, entre outras coisas, sonha em fazer faculdade o mais longe possível dali. Só que, no seu último ano, chega em sua turma Lena Duchannes, uma garota misteriosa, sobrinha do recluso Macon Ravenwood, vivido por Jeremy Irons. O amor dos dois não é, à primeira vista, o que é interessante, ambos já sonhavam um com o outro e ambos vão se envolvendo aos poucos. Mas, a garota é uma bruxa, uma conjuradora, como prefere. E está prestes a completar dezesseis anos quando as Trevas ou a Luz irão convocar seus poderes. O medo do que o destino lhe reserva e uma maldição são os empecilhos para esse amor que floresce.
A premissa do filme é construída com todos os clichês possíveis de filmes adolescentes. Ethan é um dos populares da turma, tem uma garota que é apaixonada por ele, mas que ele já cansou, e claro, ela vai morrer de ciúmes de Lena. Tem o seu melhor amigo, que é filho da carola da cidade (vivida por Emma Thompson) que vai perseguir Lena e sua família, porque são "adoradores do demônio". Tem ainda toda a situação de cidadezinha do interior, onde nada acontece e qualquer coisa é novidade.
Mas, Dezesseis Luas não se fixa nessa parte. A partir do momento em que o segredo de Lena é desvendado, a trama cresce, construindo relações com o passado e ajudando nos mistérios. Para isso, os três atores coadjuvantes ajudam e muito a elevar a trama, como o próprio Jeremy Irons, tio de Lena, Emma Thompson que é a senhora Lincoln, mas também é Sarafine. E Viola Davis que se revela um dos pontos-chaves para o desenrolar dos mistérios. Os três ajudam os protagonistas Alden Ehrenreich e Alice Englert, ambos muito simpáticos e com uma boa química. Principalmente o garoto Ehrenreich que já tinha demonstrado o seu talento em Tetro, filme de Coppola.
O ritmo do romance, ainda que proibido e cheio de dor, também não é piegas. Há muito humor nos diálogos e cenas divertidas como ele tentando recitar Charles Bukowski ou ela dizendo que não iria tocar piano porque não estavam em um romance de Jane Austen. Isso sem falar na cena da janela, ambos estão soltos, se divertindo mais do que sofrendo. E o próprio mistério em torno dela e depois da maldição é bem construído, nos deixa curiosos, esperando os novos acontecimentos. A biblioteca secreta, mesmo, é muito bem feita.
Porém, os efeitos especiais e os jogos de magia e realidade são exagerados e se perdem em uma falta de explicação maior de porque e para que existe tudo aquilo. Em uma disputa tola entre Lena e sua prima Ridley, mesas giram. Há uma certa caricatura no poder, principalmente no poder das trevas, vide a própria construção de Sarafine, dentro de sua avatar interpretada por Emma Thompson. Assim como aquela recriação da batalha e a tempestade soam falsas em muitos momentos. Ainda assim, há um visual interessante, mesmo que em um filme regular.
Se pararmos para pensar, Dezesseis Luas é um misto de tramas de sucesso como as mais recentes Harry Potter, com a luta de bem contra o mal em um universo bruxo, e Crepúsculo, com seres mágicos amando pobres mortais. Mas, o próprio passado maldito, as escolhas que não são escolhas e a questão do sacrifício trazem um tempero à mais na trama. É mesmo interessante a forma como tudo se desenvolve e fica uma curiosidade para o que bem depois.
Infelizmente, a bilheteria do filme de Richard LaGravenese não está demonstrando o mesmo sucesso dos livros de Margaret Stohl e Kami Garcia. Fica, então, o suspense de se a saga continuará na tela grande e se os órfãos de Crepúsculo vão abraçar de forma tão entusiasmada a trama, da mesma forma que Jogos Vorazes, por exemplo, que parece se tornar a nova atração adolescente da década.
Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, 2013 / EUA)
Direção: Richard LaGravenese
Roiteiro: Richard LaGravenese
Com: Alice Englert, Viola Davis, Emma Thompson, Jeremy Irons, Emmy Rossum e Alden Ehrenreich
Duração: 124 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Dezesseis Luas
2013-03-02T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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