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G.I. Joe: Retaliação
G.I. Joe: Retaliação
Adiaram tanto esse filme que esperava uma bomba maior que o primeiro. Talvez a minha expectativa negativa tenha ajudado ser mais condescendente com a trama. Mas, a verdade é que G.I. Joe: Retaliação entrega o que o público espera dele. Um filme de ação adaptado de uma série de bonecos que virou uma animação bobinha.
A trama continua absurda. O grupo de elite da segurança nacional vai em mais uma empreitada quando é covardemente atacado por helicópteros enviados pelo seu próprio presidente. É que o homem que está no comando da Casa Branca não é exatamente o político eleito, mas Zartan, comparsa do vilão Comandante Cobra que é refém do governo. Mestre dos disfarces, Zartan ainda tem os nanomites que o ajuda a ter poderes extras. O plano do presidente disfarçado é reunir todos os chefes de estado de país que tenham armas nucleares para desarmá-los e dominar o mundo.
Descrevendo a sinopse lembrei do desenho Pink e Cérebro. Verdade. Mas, o quase absurdo roteiro, com direito a uma cena "espetaculosa" de demonstração de poder do tal Zeus, acaba não destruindo o filme. Porque apesar dele se levar a sério, tem algo ali que nos entretêm. Muitas cenas de ação são ótimas, assim como os efeitos especiais. Londres que o diga. E, de alguma maneira, tem uma aura envolvente no orgulho de ser um G.I. Joe.
A sequência do quase extermínio do grupo é forte. A trilha pomposa, as imagens, a desolação, a forma como vão sendo massacrados. O sentimento de impotência consegue ser passado na montagem ágil que ao mesmo tempo se alonga em planos-chaves. A construção em paralelo dos três no poço com a declaração do "presidente" é bastante providencial para criar esse sentimento de identificação com o público.
E o que dizer da sequência envolvendo ninjas, montanhas e escaladas espetaculares? Mentira, é verdade. Muita mentira. Mas, também muita adrenalina, construída sob medida para o público. Afinal, que menino nunca brincou com seus bonecos inventando as manobras mais loucas em terrenos menos prováveis? É pura diversão, brincadeira, show de computação gráfica e balé de lutas.
Mas, claro que nem tudo são flores. Há algumas brigas que beiram ao ridículo como Dwayne 'The Rock' Johnson sendo atacado quando iria dar um tiro fatal. Ou mesmo uma certa fuga da cadeia. O que dizer, então, da reunião dos chefes de estado que parece um conto mal contado de aperta botões e caras incrédulas? E nem entrei no mérito da participação de Bruce Willis e sua insistência em diminuir a Lady Jaye.
De qualquer maneira, G.I. Joe: Retaliação cumpre o papel de diversão que o seu público busca. Tem um roteiro absurdo, momentos vexatórios, mas outros muito bem realizados. Pelo menos, busca um aprimoramento técnico e uma evolução dentro da estrutura criada em A Origem de Cobra. Ainda que seja uma evolução mínima. Já é um começo.
G.I. Joe: Retaliação (G.I. Joe: Retaliation, 2013 / EUA)
Direção: Jon M. Chu
Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick
Com: Dwayne Johnson, D.J. Cotrona, Channing Tatum, Bruce Willis
Duração: 110 min
A trama continua absurda. O grupo de elite da segurança nacional vai em mais uma empreitada quando é covardemente atacado por helicópteros enviados pelo seu próprio presidente. É que o homem que está no comando da Casa Branca não é exatamente o político eleito, mas Zartan, comparsa do vilão Comandante Cobra que é refém do governo. Mestre dos disfarces, Zartan ainda tem os nanomites que o ajuda a ter poderes extras. O plano do presidente disfarçado é reunir todos os chefes de estado de país que tenham armas nucleares para desarmá-los e dominar o mundo.
Descrevendo a sinopse lembrei do desenho Pink e Cérebro. Verdade. Mas, o quase absurdo roteiro, com direito a uma cena "espetaculosa" de demonstração de poder do tal Zeus, acaba não destruindo o filme. Porque apesar dele se levar a sério, tem algo ali que nos entretêm. Muitas cenas de ação são ótimas, assim como os efeitos especiais. Londres que o diga. E, de alguma maneira, tem uma aura envolvente no orgulho de ser um G.I. Joe.
A sequência do quase extermínio do grupo é forte. A trilha pomposa, as imagens, a desolação, a forma como vão sendo massacrados. O sentimento de impotência consegue ser passado na montagem ágil que ao mesmo tempo se alonga em planos-chaves. A construção em paralelo dos três no poço com a declaração do "presidente" é bastante providencial para criar esse sentimento de identificação com o público.
E o que dizer da sequência envolvendo ninjas, montanhas e escaladas espetaculares? Mentira, é verdade. Muita mentira. Mas, também muita adrenalina, construída sob medida para o público. Afinal, que menino nunca brincou com seus bonecos inventando as manobras mais loucas em terrenos menos prováveis? É pura diversão, brincadeira, show de computação gráfica e balé de lutas.
Mas, claro que nem tudo são flores. Há algumas brigas que beiram ao ridículo como Dwayne 'The Rock' Johnson sendo atacado quando iria dar um tiro fatal. Ou mesmo uma certa fuga da cadeia. O que dizer, então, da reunião dos chefes de estado que parece um conto mal contado de aperta botões e caras incrédulas? E nem entrei no mérito da participação de Bruce Willis e sua insistência em diminuir a Lady Jaye.
De qualquer maneira, G.I. Joe: Retaliação cumpre o papel de diversão que o seu público busca. Tem um roteiro absurdo, momentos vexatórios, mas outros muito bem realizados. Pelo menos, busca um aprimoramento técnico e uma evolução dentro da estrutura criada em A Origem de Cobra. Ainda que seja uma evolução mínima. Já é um começo.
G.I. Joe: Retaliação (G.I. Joe: Retaliation, 2013 / EUA)
Direção: Jon M. Chu
Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick
Com: Dwayne Johnson, D.J. Cotrona, Channing Tatum, Bruce Willis
Duração: 110 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
G.I. Joe: Retaliação
2013-04-08T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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