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Os Smurfs 2
Os Smurfs 2
Se a onda é smurfar, smurfemos. Porque se tem algo que impressiona em Smurfs 2 é a quantidade de piadas infames que o roteiro traz. Ainda assim, a segunda saga dos homenzinhos azuis no cinema consegue ter uma construção de roteiro melhor que o primeiro filme.
Criados pelo cartunista Peyo, Os Smurfs são criaturinhas mágicas que vivem em uma vila. Apenas seres do sexo masculino que tem em seu líder o Papai Smurf. De olho em sua essência mágica, o mago Gargamel sempre tentou pegá-los para descobrir seu segredo e assim criou a Smurfete, um ser parecido com os Smurfs, mas danadinho. Ela deveria ser uma espiã, porém, o Papai Smurf conseguiu ver o bem nela e a transformou em uma verdadeira Smurf, deixando Gargamel sem seu principal trunfo. Agora, o mago criou mais dois "danadinhos" e o plano é trazer a Smurfete novamente para o seu lado, descobrindo a fórmula do Papai Smurf e se tornando o ser mais poderoso do planeta.
É interessante como o roteiro nos passa o passado da Smurfete de maneira didática e, ao mesmo tempo divertida, utilizando o Smurf narrador e algumas brincadeiras na vila. Aliás, a parte da vila sempre traz boas referências dos desenhos como a eterna gag do gênio abrindo o pacote que explode, ou as características de cada um dos Smurfs que os tornam especiais e familiares. É divertido ver algumas piadas e brincadeiras. Assim como é bem construído o drama da Smurfete em mais um aniversário. Ela tem medo de voltar a ser uma danadinha, tornando sua jornada no filme uma espécie de busca interior que sempre funciona. Faz sentido e cria algo mais palpável que a primeira aventura.
Da mesma forma que a ida ao mundo real faz mais sentido. Gargamel ficou preso ali e hoje é um ilusionista de sucesso, realizando shows por todo o mundo. Mas, a essência Smurf está acabando, por isso, ele precisa da Smurfete e ao sequestrá-la, faz com que o Papai Smurf reúna uma equipe de resgate. Claro, que ele irá pedir ajuda aos amigos Patrick e Grace que agora já estão com o filho grandinho e com o nome de Blue (Azul) e Brendan Gleeson como um avô atrapalhado. O jogo é conseguir chegar à Smurfete antes que Gargamel e os dois danadinhos a convençam que ela é um deles e deve entregar a fórmula.
Durante esse percurso, no entanto, diversas piadas infames são construídas, algumas situações, inclusive, não fazem o menor sentido, feitas apenas para isso. Como quando Grace tenta descobrir onde Gargamel está hospedado e entra na recepção do hotel vestida igual a Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo dizendo ser a empresária do mágico. Porque ela precisaria estar "disfarçada" de Audrey Hepburn, a gente não entende, e como teve essa ideia ao ver um panfleto de uma exposição da atriz no hotel, muito menos. Não bastava estar vestida de maneira fina? Mas, quando ela entra no elevador, entendemos a ideia dos roteiristas. Ela não consegue apertar o botão do quinto andar, porque para que o elevador ande, ela tem que colocar o cartão de segurança, dada aos hóspedes. Ela, então, sem graça diz que esqueceu o cartão porque estava tomando café, faz uma pausa e completa: na Tiffany. Para quem não entendeu a piada, Breakfast at Tiffany's é o nome original de Bonequinha de Luxo. Ou seja, o filme está repleto desse tipo de referência infame, como um Smurf olhar para um peixe em uma bandeja e dizer: "oi, peixe, você tá frito, né?" E por aí, vai. Ou quando vêem Gargamel e dizem: "acho que vi um gatinho".
De qualquer forma, a fórmula requentada de jornada interior de busca por si mesmo, acaba funcionando como uma aventura infantil bem feita. Principalmente porque a técnica é bem construída e os Smurfs parecem mesmo estar interagindo com as pessoas e coisas do mundo real. A cena da roda gigante, por exemplo, é muito boa. Uma pena que tanta técnica não tenha feito um 3D tão bom assim. A técnica de projeção é pouco utilizada, seja em profundidade de campo ou na possibilidade de extrapolar a tela. Fica apenas mais uma fórmula para ingressos mais caros, que tem se repetido em nossos cinemas. Uma pena.
Os Smurfs 2 apesar de um roteiro melhor trabalhado que o primeiro filme, acaba sendo, então, um filme mais tolo e cansativo. A novidade e a nostalgia passaram e fica a busca por uma essência, um sentido, uma lógica em tudo aquilo. Não há, ainda mais com tanta piada infame e repetições de situações e fórmulas. Parece que a solução mágica dessas criaturinhas não funciona nos cinemas. Uma pena, os desenhos tinham todo um charme especial. Ah, mas ainda assim, se não tiver pressa de sair dos cinemas verão uma cena pós-créditos que complementa a resolução do vilão Gargamel e seu fiel escudeiro, o gato Cruel.
Os Smurfs 2 (The Smurfs 2, 2013 / EUA)
Direção: Raja Gosnell
Roteiro: J. David Stemm, David N. Weiss
Com: Hank Azaria, Neil Patrick Harris, Jayma Mays e Brendan Gleeson
Duração: 105 min.
Criados pelo cartunista Peyo, Os Smurfs são criaturinhas mágicas que vivem em uma vila. Apenas seres do sexo masculino que tem em seu líder o Papai Smurf. De olho em sua essência mágica, o mago Gargamel sempre tentou pegá-los para descobrir seu segredo e assim criou a Smurfete, um ser parecido com os Smurfs, mas danadinho. Ela deveria ser uma espiã, porém, o Papai Smurf conseguiu ver o bem nela e a transformou em uma verdadeira Smurf, deixando Gargamel sem seu principal trunfo. Agora, o mago criou mais dois "danadinhos" e o plano é trazer a Smurfete novamente para o seu lado, descobrindo a fórmula do Papai Smurf e se tornando o ser mais poderoso do planeta.
É interessante como o roteiro nos passa o passado da Smurfete de maneira didática e, ao mesmo tempo divertida, utilizando o Smurf narrador e algumas brincadeiras na vila. Aliás, a parte da vila sempre traz boas referências dos desenhos como a eterna gag do gênio abrindo o pacote que explode, ou as características de cada um dos Smurfs que os tornam especiais e familiares. É divertido ver algumas piadas e brincadeiras. Assim como é bem construído o drama da Smurfete em mais um aniversário. Ela tem medo de voltar a ser uma danadinha, tornando sua jornada no filme uma espécie de busca interior que sempre funciona. Faz sentido e cria algo mais palpável que a primeira aventura.
Da mesma forma que a ida ao mundo real faz mais sentido. Gargamel ficou preso ali e hoje é um ilusionista de sucesso, realizando shows por todo o mundo. Mas, a essência Smurf está acabando, por isso, ele precisa da Smurfete e ao sequestrá-la, faz com que o Papai Smurf reúna uma equipe de resgate. Claro, que ele irá pedir ajuda aos amigos Patrick e Grace que agora já estão com o filho grandinho e com o nome de Blue (Azul) e Brendan Gleeson como um avô atrapalhado. O jogo é conseguir chegar à Smurfete antes que Gargamel e os dois danadinhos a convençam que ela é um deles e deve entregar a fórmula.
Durante esse percurso, no entanto, diversas piadas infames são construídas, algumas situações, inclusive, não fazem o menor sentido, feitas apenas para isso. Como quando Grace tenta descobrir onde Gargamel está hospedado e entra na recepção do hotel vestida igual a Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo dizendo ser a empresária do mágico. Porque ela precisaria estar "disfarçada" de Audrey Hepburn, a gente não entende, e como teve essa ideia ao ver um panfleto de uma exposição da atriz no hotel, muito menos. Não bastava estar vestida de maneira fina? Mas, quando ela entra no elevador, entendemos a ideia dos roteiristas. Ela não consegue apertar o botão do quinto andar, porque para que o elevador ande, ela tem que colocar o cartão de segurança, dada aos hóspedes. Ela, então, sem graça diz que esqueceu o cartão porque estava tomando café, faz uma pausa e completa: na Tiffany. Para quem não entendeu a piada, Breakfast at Tiffany's é o nome original de Bonequinha de Luxo. Ou seja, o filme está repleto desse tipo de referência infame, como um Smurf olhar para um peixe em uma bandeja e dizer: "oi, peixe, você tá frito, né?" E por aí, vai. Ou quando vêem Gargamel e dizem: "acho que vi um gatinho".
De qualquer forma, a fórmula requentada de jornada interior de busca por si mesmo, acaba funcionando como uma aventura infantil bem feita. Principalmente porque a técnica é bem construída e os Smurfs parecem mesmo estar interagindo com as pessoas e coisas do mundo real. A cena da roda gigante, por exemplo, é muito boa. Uma pena que tanta técnica não tenha feito um 3D tão bom assim. A técnica de projeção é pouco utilizada, seja em profundidade de campo ou na possibilidade de extrapolar a tela. Fica apenas mais uma fórmula para ingressos mais caros, que tem se repetido em nossos cinemas. Uma pena.
Os Smurfs 2 apesar de um roteiro melhor trabalhado que o primeiro filme, acaba sendo, então, um filme mais tolo e cansativo. A novidade e a nostalgia passaram e fica a busca por uma essência, um sentido, uma lógica em tudo aquilo. Não há, ainda mais com tanta piada infame e repetições de situações e fórmulas. Parece que a solução mágica dessas criaturinhas não funciona nos cinemas. Uma pena, os desenhos tinham todo um charme especial. Ah, mas ainda assim, se não tiver pressa de sair dos cinemas verão uma cena pós-créditos que complementa a resolução do vilão Gargamel e seu fiel escudeiro, o gato Cruel.
Os Smurfs 2 (The Smurfs 2, 2013 / EUA)
Direção: Raja Gosnell
Roteiro: J. David Stemm, David N. Weiss
Com: Hank Azaria, Neil Patrick Harris, Jayma Mays e Brendan Gleeson
Duração: 105 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Os Smurfs 2
2013-08-04T08:00:00-03:00
Amanda Aouad
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