Escolhi o filme de Thomas Vinterberg como primeiro da lista porque ele consegue encenar, de uma maneira tão perturbadora, as consequências de um boato e a forma como nossas mentes são manipuladas. Não posso deixar de aplaudir. Um filme que faz pensar, gosto disso.
Um filme de superação. Não tradicional, ainda que com clichês, mas uma trama de resgate do sentido da vida após uma tragédia. Uma busca pela redescoberta dos prazeres e limites do corpo.
Outro filme que nos envolve de uma maneira ímpar. Vamos juntos no cockpit dos dois pilotos, envolvidos com aquela rixa. Um filme realmente impressionante.
Mais que um filme. É uma experiência, uma experimentação que em sua metalinguagem testa os limites entre ficção e realidade, além das diversas possibilidades de interpretação no teatro e cinema. Uma mistura incrível que nos arrebata.
Aqui tem um fator emocional, claro. Afinal, acompanhamos este casal desde o primeiro encontro em Viena. E o melhor é que o terceiro filme consegue manter o nível do bom reencontro. Algo raro em continuações.
Em um mundo politicamente correto, um filme como Killer Joe chega mesmo para sacudir. Não que precisemos rever valores, mas é bom ser lembrado, às vezes, que a vida também tem esses lados obscuros que todos querem esconder.
O que mais impressiona em Gravidade é a capacidade de imersão dentro daquele universo. Todos os detalhes técnicos nos dão uma experiência estética incrível, que nos fazem lembrar que o cinema ainda é capaz de nos surpreender.
Se o terror estava caindo na mesmice, ainda mais quando se falava em filmes de demônios, possessões e exorcismos, Invocação do Mal veio como um bálsamo para nossas esperanças de ainda ser possível ver bons filmes do gênero.
Um filme que lida com o ser humano e suas possibilidades. Sem julgamentos, como pareciam reclamar os seguidores da Cientologia. Mas, O Mestre é apenas uma obra que investiga, de maneira quase científica a condição humana. Nada é taxativo, nada é definitivo.
Um filme reflexivo que se descortina aos poucos aos nossos olhares. Uma pintura bem pensada, com ruídos de motos, paisagens bucólicas, ações ensaiadas. Mas que tem ali pessoas em suas infinitas nuanças e não apenas personagens-peças com funções predefinidas. E exatamente por isso, um filme encantador.
Tabu é um filme que nos envolve e faz pensar. Parte de uma trama simples e até mesmo já bastante explorada do amor proibido, mas a reconstrói. Não apenas pela inversão narrativa, mas pelos detalhes que a compõe.
Os Suspeitos é um filme competente em sua construção de tensão e suspense. Peca na economia narrativa, deixando muitas reviravoltas e explicações para o final, porém, nos deixa envolvidos do início ao fim, com a sensação de que vimos algo intenso.