Melhores Filmes Nacionais de 2013
Tenho que confessar, forcei a barra para conseguir manter a lista de 10 melhores filmes nacionais de 2013. Não foi um ano tão feliz para o cinema brasileiro e tiveram alguns que não pude conferir. Então, dentro do que me foi possível, segue os dez que mereceram meu destaque. Até o terceiro são, de fato, grandes filmes que estariam na minha lista de preferidos do ano, independente de país. Os outros entraram pela cota, tem problemas que não os fazem os melhores do ano, ainda que sejam bons filmes.
Fácil escolher o filme de Kleber Mendonça Filho como o melhor nacional do ano. O filme consegue nos envolver de uma maneira incrível, chamando a atenção para o som e costurando micro-histórias que pareciam sem ligação de uma maneira harmônica. E, no final, ainda somos surpreendidos com a informação de que a verdadeira trama estava acontecendo nos bastidores da narrativa.
Elena é um filme que esconde diversos outros filmes. Sensações, emoções, lembranças, receios, traumas. A eterna redescoberta e aprendizado da vida. Um dos que mais me emocionou no cinema este ano.
Tatuagem é um filme poético e belo. Uma fábula delicada sobre o amor, a liberdade e os direitos de cada um que apesar de se situar em um período específico de nossa história, se torna universal e atemporal. Recife nos brinda a cada dia com um cinema que realmente empolga.
Paixão pelo cinema, simplicidade interiorana, o local falando do geral. Assim é Cine Holliúdy, de longe a melhor comédia que o nosso cinema produziu este ano. Aqui podemos rir de maneira sincera.
Um filme sensível sobre uma história de amor tocante. Não é sobre a homossexualidade, mas sim sobre o amor, seus ganhos e suas perdas. Gosto do resultado, ainda que tenha alguns problemas, principalmente de ritmo.
Baseado em uma das mais intensas letras de Chico Buarque, o filme consegue nos envolver no drama da personagem e trazer momentos ímpares. Incomoda a parte final, a forma como Karim Aïnouz tenta inserir a música de qualquer maneira na trama e outros detalhes. Ainda assim, um filme bonito.
Há um componente bem pessoal aqui, já que minha mãe nasceu em Itajuípe e acompanhei parte do drama do cacau e a vassoura de bruxa. Porém, o que me ganhou neste filme foi mesmo a virada final. A reflexão que fica da situação daquela família, tudo que está simbolizado ali e suas consequências.
Uma interessante mistura. Um filme infantil, mas com uma temática adulta, construído em camadas que vão do raso onde crianças se divertem e se emocionam e adultos também podem ser levados por emoções e reflexões maiores.
Uma boa adaptação que busca manter aquilo que é mais importante na trama, a capacidade da imaginação humana e a força de uma verdadeira amizade. Nisso, o filme nos prende, nos emociona e nos faz esquecer qualquer outro problema que possa ter surgido no caminho como a fotografia e a montagem.
Fazer animação no Brasil é difícil, ainda mais uma animação com temática adulta em um país que passa Os Simpsons pela manhã. E Luiz Bolognesi conseguiu nos presentear com uma trama bem trabalhada e interessante, com uma visão crítica e necessária para a história do nosso país.
Fácil escolher o filme de Kleber Mendonça Filho como o melhor nacional do ano. O filme consegue nos envolver de uma maneira incrível, chamando a atenção para o som e costurando micro-histórias que pareciam sem ligação de uma maneira harmônica. E, no final, ainda somos surpreendidos com a informação de que a verdadeira trama estava acontecendo nos bastidores da narrativa.
Elena é um filme que esconde diversos outros filmes. Sensações, emoções, lembranças, receios, traumas. A eterna redescoberta e aprendizado da vida. Um dos que mais me emocionou no cinema este ano.
Tatuagem é um filme poético e belo. Uma fábula delicada sobre o amor, a liberdade e os direitos de cada um que apesar de se situar em um período específico de nossa história, se torna universal e atemporal. Recife nos brinda a cada dia com um cinema que realmente empolga.
Paixão pelo cinema, simplicidade interiorana, o local falando do geral. Assim é Cine Holliúdy, de longe a melhor comédia que o nosso cinema produziu este ano. Aqui podemos rir de maneira sincera.
Um filme sensível sobre uma história de amor tocante. Não é sobre a homossexualidade, mas sim sobre o amor, seus ganhos e suas perdas. Gosto do resultado, ainda que tenha alguns problemas, principalmente de ritmo.
Baseado em uma das mais intensas letras de Chico Buarque, o filme consegue nos envolver no drama da personagem e trazer momentos ímpares. Incomoda a parte final, a forma como Karim Aïnouz tenta inserir a música de qualquer maneira na trama e outros detalhes. Ainda assim, um filme bonito.
Há um componente bem pessoal aqui, já que minha mãe nasceu em Itajuípe e acompanhei parte do drama do cacau e a vassoura de bruxa. Porém, o que me ganhou neste filme foi mesmo a virada final. A reflexão que fica da situação daquela família, tudo que está simbolizado ali e suas consequências.
Uma interessante mistura. Um filme infantil, mas com uma temática adulta, construído em camadas que vão do raso onde crianças se divertem e se emocionam e adultos também podem ser levados por emoções e reflexões maiores.
Uma boa adaptação que busca manter aquilo que é mais importante na trama, a capacidade da imaginação humana e a força de uma verdadeira amizade. Nisso, o filme nos prende, nos emociona e nos faz esquecer qualquer outro problema que possa ter surgido no caminho como a fotografia e a montagem.
Fazer animação no Brasil é difícil, ainda mais uma animação com temática adulta em um país que passa Os Simpsons pela manhã. E Luiz Bolognesi conseguiu nos presentear com uma trama bem trabalhada e interessante, com uma visão crítica e necessária para a história do nosso país.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Melhores Filmes Nacionais de 2013
2013-12-30T08:00:00-03:00
Amanda Aouad
cinema brasileiro|Especial|materias|retrospectiva2013|
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