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O que há no Cinema: Azul é a Cor Mais Quente

Azul é a Cor Mais QuenteA principal estreia da semana ainda não tive a oportunidade de conferir, é verdade. Mas, não há como negar o lançamento do Palma de Ouro em Cannes deste ano. "Azul é a Cor Mais Quente", cujo nome original é La Vie d'Adèle conta a história da paixão de Adele pela jovem Emma e seus cabelos azuis. Encantou Cannes e é apontado pela crítica em geral como um dos melhores filmes do ano. Abdellatif Kechiche, diretor franco-tunisiano que já havia chamado a atenção com Vênus Negra e O Segredo do Grão, veio ao Brasil para ajudar na divulgação do mesmo. Agora, é ver se o público brasileiro também vai aprovar o filme. Azul é a Cor Mais Quente estreia em 12 cidades brasileiras.

Estreias da semana:


Carrie, a estranha
Carrie, a estranha (EUA, 2013)
Direção: Kimberly Peirce

A nova versão da obra de Stephen King até tenta, mas não consegue superar as escolhas que fizeram do filme de Brian De Palma um clássico. Há uma adaptação para a época atual, com direito a vídeos no Youtube, uma veracidade maior nas personagens secundárias e Julianne Moore, que é sempre um show à parte. Mas, o filme carece de alma.

Thomas: E lá vamos nós para mais um remake ou adaptação. E neste caso, consegue ser as duas coisas, só faltou ser uma continuação para o déjà vu ficar completo. Mas, tem cenas boas, algumas dão até medo, como quando a Hit Girl vampira lá detona tudo. Dá vontade até de chutar o balde no padrão e dar um 2,5, mas como isso começa a ficar muito subjetivo, vai 2 mesmo.

Última Viagem a Vegas
Última Viagem a Vegas (EUA, 2013)
Direção: Jon Turteltaub

Uma grande bobagem, mas uma bobagem divertida com um time de atores para ninguém botar defeito. Ainda que Robert De Niro e Michael Douglas continuem fazendo os mesmos tipos de ranzinza e sedutor, respectivamente. Daqueles filmes inofensivos para uma diversão de fim de dia.

Thomas: Rapaz, tem clichê que não falta mais nesse filme, mas sabe que me diverti bastante? Assim, a gente não dá risadas em muitas cenas, mas fica com um sorriso na cara, fazendo parte daquela trupe de velhinhos atrapalhados em Vegas. Curti. Dentro do que ele parece querer, acho que é um bom filme.

Outras estreias não avaliadas:
Como não perder essa mulher [Don Jon, EUA, 2013], de Joseph Gordon-Levitt
À procura do amor [Enough Said, EUA, 2013], de Nicole Holofcener
Linha de frente [Homefront, EUA, 2013], de Gary Fleder
A floresta de Jonathas [Brasil, 2012], de Sergio Andrade
Anita & Garibaldi [Brasil, 2012], de Alberto Rondalli

O que há de bom no Cinema:

Se ainda não viu, ainda tem chance de conferir.

Thomas
Tatuagem (Brasil / 2013)
Direção: Hilton Lacerda

A estreia de Hilton Lacerda na direção continua em cartaz e é uma boa oportunidade de assistir a uma história sensível e diferente sobre o período da ditadura. Entre a rebeldia do grupo teatral Chão de Estrelas e disciplina do quartel, temos uma espécie de Hair tupiniquim, mas que não se resume a isso, recriando e repensando valores e tabus. Destaque para a atuação de Irandhir Santos.

Thomas
Jogos Vorazes: Em Chamas (EUA / 2013)
Direção: Francis Lawrence

A série adolescente mais consistente desde Harry Potter, o segundo capítulo de Jogos Vorazes consegue expor melhor a sua questão política. A trama envolve e empolga mesmo a adultos que podem construir metáforas com momentos históricos e filosofias. Um filme realmente envolvente.

Thomas
Sobrenatural: Capítulo 2 (EUA / 2013)
Direção: James Wan

Buscando responder e aprofundar os mistérios que envolviam o filme de 2011, o segundo filme consegue trazer um pouco mais de coerência ao drama da família Lambert. Mas, está longe de ser tão bem construído quando o outro filme de terror que o diretor James Wan lançou esse ano: Invocação do Mal. Um bom filme, de qualquer maneira, e tal qual Atividade Paranormal, faz a gente gostar um pouco mais do primeiro capítulo.

Thomas
Blue Jasmine (EUA / 2013)
Direção: Woody Allen

O diretor mantem a sua média assustadora de um filme por ano, e consegue se redimir do irregular Para Roma com Amor. Blue Jasmine fala da crise econômica com uma habilidade única e um humor irônico que só Woody Allen poderia nos proporcionar. Destaque para a interpretação de Cate Blanchett.

Humor
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