O Hobbit – A Desolação de Smaug (EUA, 2013)
Direção: Peter Jackson
A segunda parte da trilogia criada por Peter Jackson para O Hobbit consegue manter um bom nível, fazendo uma adaptação da trama infantil do livro para o clima de tensão e pré-guerra que vemos em O Senhor dos Anéis, a aventura fica coerente, apesar de demonstrar sinais de cansaço. Mas, acaba sendo interessante ver os bastidores de uma luta apenas citada no livro, por exemplo.
Thomas: Paixão platônica entre Elfa e Anão, sério, Peter Jackson? Mas, não vou ser chato e pegar muito no pé dele não, porque apesar da escolha maluca de nos dar três filmes deste livro, ele até está conseguindo não se perder. E mesmo depois de ficar três horas sentado acompanhando a história, não posso deixar de contar as horas para o ano que vem. O momento em que o filme acaba ajuda nessa expectativa, mas, a sensação é mesmo de que valeu.
Outras estreias não avaliadas:
Educação sentimental (Brasil, 2013), de Julio Bressane
Além da fronteira (Israel/Palestina/EUA, 2012), de Michael Mayer
Crônica do fim do mundo (Colômbia, 2012), de Maurício Cuervo Rincón
Doce amianto ([Brasil, 2013), de Guto Parente e Uirá dos Reis
Uma estranha amizade (EUA, 2013), de Sean Baker
Um estranho no lago (França, 2013), de Alain Guiraudie
A filha de ninguém (Coréia do Sul, 2013), de Hong San-soo
Simone (Brasil/Colômbia/Espanha, 2012), de Juan Zapata
Somos o que somos (EUA, 2013), de Jim Mickle
Um toque de pecado (China, 2013), de Jia Zhangke
E estreia em São Paulo e no Rio de Janeiro:
Trampolim do Forte (Brasil, 2013), de João Rodrigo Mattos
Se ainda não viu, ainda tem chances de conferir.
Jogos Vorazes: Em Chamas (EUA / 2013)
Direção: Francis Lawrence
A série adolescente mais consistente desde Harry Potter, o segundo capítulo de Jogos Vorazes consegue expor melhor a sua questão política. A trama envolve e empolga mesmo a adultos que podem construir metáforas com momentos históricos e filosofias. Um filme realmente envolvente.
Tatuagem (Brasil / 2013)
Direção: Hilton Lacerda
A estreia de Hilton Lacerda na direção continua em cartaz e é uma boa oportunidade de assistir a uma história sensível e diferente sobre o período da ditadura. Entre a rebeldia do grupo teatral Chão de Estrelas e disciplina do quartel, temos uma espécie de Hair tupiniquim, mas que não se resume a isso, recriando e repensando valores e tabus. Destaque para a atuação de Irandhir Santos.
Blue Jasmine (EUA / 2013)
Direção: Woody Allen
O diretor mantem a sua média assustadora de um filme por ano, e consegue se redimir do irregular Para Roma com Amor. Blue Jasmine fala da crise econômica com uma habilidade única e um humor irônico que só Woody Allen poderia nos proporcionar. Destaque para a interpretação de Cate Blanchett.
Como não perder essa mulher (EUA, 2013)
Direção: Joseph Gordon-Levitt
Uma versão moderna de Don Juan, Como não perder essa mulher é um filme com um bom ritmo e uma história instigante sobre a visão masculina do amor e do sexo. Uma grata surpresa ver Joseph Gordon-Levitt em uma direção tão segura.
Thomas: O carinha de A Origem virou diretor, né? E dos bons. Gostei do jeito como o filme vai nos envolvendo no ritmo da música e dos cortes. Quase fico tonto no cinema, mas é isso mesmo. Agora, esse negócio de pornô no computador, é meio esquisito mesmo. A beleza da Scarlett Johansson tinha sua razão. Filme bacana, curti.
Azul é a Cor Mais Quente (França, Bélgica, Espanha / 2013)
Direção: Abdellatif Kechiche
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes de 2013, Azul é a Cor Mais Quente é um bom filme, mas é para tanto. O filme é bem construído, tem um cuidado impecável com a direção de arte, os tons de azul que permeiam toda a obra, a interpretação das atrizes. Mas, acaba se alongando demais, não apenas na duração final do filme, mas na maioria das cenas, onde tudo parece querer levar a exaustão.
Thomas: Rapaz, ver esse filme em cinema de shopping foi complicado, viu? Tinha uma turminha boba que dava risadinhas nervosas em todas as cenas quentes. E ainda teve quatro pessoas que saíram no meio, atrapalhando minha visão. Mas, uma beleza ver as duas juntas, pena que o filme parece construir tudo de uma maneira exótica e não natural como acho que deveria.
Classificação: 1 - Péssimo, 2 - Regular, 3 - Bom, 4 - Muito Bom, 5 - Excelente.