O curioso é que pude assistir O Hobbit com dois deles após o evento (um contra e outro a favor) e ambos saíram satisfeitos da sessão. Ou seja, O Hobbit, ao contrário do que era esperado, já que virou uma trilogia de um livro simples, agradou a todos. E aumentou a expectativa para A Desolação de Smaug. Resta acompanhar como tudo isso terminará. Quem não teve a oportunidade de conferir o evento, veja abaixo.
Engana-se também quem acha que Peter Jackson vive apenas de adaptações de Tolkien. Elas se tornaram seu maior trunfo, é verdade. Porém, o diretor sempre flertou com a fantasia e o sobrenatural. Talvez, por isso, os Elfos ganhem tanta força em suas adaptações. Um diretor e produtor que sempre busca mergulhar de cabeça naquilo que faz.
Então, tirando a trilogia O Senhor dos Anéis e a trilogia inacabada de O Hobbit, lembremos aqui cinco trabalhos de destaque do diretor em ordem cronológica.
Fome Animal (1992)
Há quem defenda que este é o melhor filme de Peter Jackson. Sério. Uma comédia escatológica, que tem em sua trama zumbis, ou melhor, uma mãe zumbi que gera toda a epidemia ao ser protegida e escondida por seu filho Timothy Balme. Construído com muito humor e ironia, Fome Animal é uma espécie de clássico trash.
Almas Gêmeas (1994)
Primeiro longametragem de Kate Winslet, que interpreta a jovem Juliet Hulme, que junto com Pauline Parker (Melanie Lynskey), vive uma intensa amizade afastada pelos pais. As duas, então, começam a planejar a morte dos mesmos. O filme, que teve o roteiro indicado ao Oscar e deu a Peter Jackson o Leão de Prata em Veneza é baseado em um caso real. Um filme intenso, mas que acabou sendo pouco conhecido do grande público.
Os Espíritos (1996)
Esse filme de 1996 protagonizado por Michael J. Fox mistura suspense e comédia em uma trama divertida. Michael J. Fox é Frank Bannister, que após perder a esposa em um trágico acidente, passa a conviver com dois fantasmas que se comunicam com ele. O rapaz resolve, então, aplicar pequenos golpes com a ajuda dos amigos sobrenaturais. Eles "assombram" uma casa, e ele é contratado para "expulsar" os fantasmas. Até que eles despertam o fantasma de um assassino em série. Pura diversão com a cara dos anos 90.
King Kong (2005)
Mais do que um filme, King Kong é uma realização de um sonho para Peter Jackson. Fã da versão original de 1933, foi aí que ele decidiu que queria ser um diretor de cinema. O filme tem alguns problemas de roteiro e acaba sendo longo demais, são 187 minutos. De qualquer maneira, é um menino brincando com sua fantasia e consegue passar a alma em sua obra.
Um Olhar do Paraíso (2009)
Muitos torcem o nariz para esta obra. Realmente, ela tem problemas e vai caindo a qualidade à medida que o clímax se aproxima. Porém, também tem seus méritos, principalmente na tensão inicial, a fotografia e a direção de arte que são muito bem cuidadas e belas. Apesar de um roteiro mal desenvolvido, a história é boa, nos envolve e nos instiga, mexe com nossas emoções e, por isso, não se torna um desperdício, apesar de ser apenas um filme mediano.